[QUADRINHOS] “As Empoderadas”, primeiro quadrinho do selo Pagu Comics (resenha)

[QUADRINHOS] “As Empoderadas”, primeiro quadrinho do selo Pagu Comics (resenha)

O selo Pagu Comics já chegou assim, na voadora. “As Empoderadas” é um rebento de Germana Viana, autora do sci-fi “Lizzie Bordello e as Piratas do Espaço”, com capa de Erica Awano, coordenação editorial de Ana Recalde e direção editorial de Jean Cândido Brasileiro. O quadrinho está disponível na plataforma de streaming de HQ, Social Comics.

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Sinopse

Uma misteriosa tempestade solar provoca uma descarga que atinge diversos lugares do Brasil, inclusive a cidade de São Paulo. Muitas pessoas desmaiam e acordam pouco depois aparentemente sem problemas. Entre elas estão Li, Daniela e Fabi, que com a bizarrice do momento acabam puxando conversa e se tornam amigas. Mais tarde as três descobrem que todos os atingidos pela descarga adquiriram super poderes, incluindo elas. [OMG!] Com um monte de gente desaparecendo ou sem saber lidar com os poderes, Li, Daniela e Fabi se tornam “As Empoderadas” para descobrir o que está acontecendo. *insira trilha sonora de ação*

Comentários sem spoilers

Pela sinopse dá pra perceber que “As Empoderadas” começa como uma boa e velha história de origem heroica, o que faz todo sentido, já que Germana Viana é uma declarada fã de quadrinhos (filmes e séries…) do gênero. Ou seja, pra quem curte super heróis, já pode se sentir em casa: tem jornal alarmando a cidade, gente em pânico, oportunistas, poderes malucos… E uma coisa muito importante: a Li se transforma em um dragão. Sim, ela vira um-fucking-DRAGÃO! Por favor, melhor poder. <3

Claro, esse poder maravilhindo não é a única novidade da HQ. A história ambientada em São Paulo vai fazer muita gente reconhecer os cenários. Explorar cenários reais gera uma identificação de cara com o leitor, o que é genial. Principalmente considerando que não acontece com frequência no Brasil. O número 1 de “As Empoderadas” é mais introdutório, então não dá pra saber realmente o quanto isso estará presente nos próximos números, mas já estou curtindo. 

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Agora o ponto mais diferencial da HQ é a representatividade. Germana já falou o quanto acha importante esse ponto nos seus quadrinhos e o cuidado especial que costuma ter (você pode ler sobre isso aqui). As três protagonistas são bem diferentes entre si, tanto na vida social, como no estilo e físico, nada que atrapalhe a amizade. Uma nipônica baixinha nerd, uma mãe negra gorda e uma branca baladeira altona: três heroínas brasileiras. Girl power!

Além isso, a HQ tem uma narrativa bem dinâmica, bastante cor, o que dá um tom bem divertido. A história acaba rapidinho, já que são 25 páginas contando com apresentação das personagens e introdução da trama. Dependendo do ponto de vista, isso pode ser negativo, mas quem está acostumado com quadrinho de super herói publicado em revistas como a Vertigo, provavelmente não vai estranhar. A boa notícia é que o número 2 vai ser lançado agora em setembro, então quem está conhecendo agora não vai ter que esperar muito.

Por falar em número 2, Germana Viana criou 3 uniformes para cada uma das heroínas e deixou que o público escolhesse os preferidos. Nada de salto alto, usando luvas para esconder as digitais, cabelos escondidos só pra despistar e esse estilo ninja-irado-incrível. Já queremos, obrigada, de nada.

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No geral, a avaliação é positiva com uma certa ansiedade pelo desenvolvimento, já que ainda não deu pra conhecer muito bem a trama. Mas setembro está logo aí, oremos. Enquanto isso, vai lá conhecer o Social Comics e o selo Pagu.

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39 Textos

Bagunceira e bagunçada, por dentro e por fora. Prefere ver séries em maratonas, menos Game of Thrones, porque detesta spoiler. Totalmente apaixonada por desenho e animação. Tem mania de citar filmes em conversas, conselhos, brigas ou onde couber uma referência. Prefere gastar dinheiro com quadrinhos do que com comida, sendo muito entusiasta do quadrinho nacional e graphic novels em geral. Formada em Jornalismo, mas queria mesmo trabalhar com roteiro e ilustração.
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