Rogue One: estamos com a Força e a Força está com todas nós!

Rogue One: estamos com a Força e a Força está com todas nós!

No último dia 15 de dezembro estreou nos cinemas brasileiros Rogue One: Uma História Star Wars e, se você está aqui, cara leitora (ou leitor) pode ficar despreocupada com spoilers. No máximo encontrará algumas frases mega empolgadas, já que o filme de Gareth Edwards tirou meu fôlego em diversos momentos (cadê ar depois de uma sequência de explosões e de lutas logo no começo?), mas nada que comprometa a sua experiência com a obra quando também chegar seu momento de apreciá-la na telona.

Fui introduzida de fato ao universo de Star Wars um pouco tarde, mais precisamente no ano passado quando O Despertar da Força estreou. Sempre me senti um pouco “peixe-fora-d’água” por saber o mínimo do mínimo sobre cada personagem e encarei a maratona que fiz com todos os episódios como algo sagrado e sério. E não me arrependi em nenhum minuto em ter passado uma semana inteira mergulhada nesse mundo tão plural e fantástico – e consegui compreender a magnitude de tal história e o impacto que causa no coração de cada um de seus fãs (e no meu também, que foi fisgado já nas primeiras cenas de O Império Contra-Ataca).

E ontem foi dia de contemplar um novo filme, com novos personagens, mas com a mesma essência e “carão” da velha guarda de Star Wars. Rogue One não decepciona: tem aventura, ação, intrigas e representatividade na medida certa. Jyn Erso, interpretada por Felicity Jones (A Teoria de Tudo), é extremamente ativa do início ao fim e cumpre com maestria o nosso desejo de ver personagens femininas fortes entrando em cena e mandando ver num cenário predominante masculino – e machista. Particularmente, consegui me arrepiar mais em suas cenas de luta do que nas de Rey (Daisy Ridley) no Episódio VII (e olha que eu também me empolguei MUITO neste último).

Jyn Erso

E, ainda falando sobre representatividade, o elenco apresenta uma pluralidade étnica que me deixou verdadeiramente orgulhosa (fator este que se sobrepõe aos demais filmes da franquia).  

Pôster de Rogue One

Outros dois personagens novos também me cativaram e ganharam meu coração: K-2SO e Chirrut Îmwe (Donnie Yen). Este primeiro, fazendo parte do “Núcleo dos Robôs Maravilhosos que Amamos Amar” e, o segundo, o guia espiritual que entra em cena não apenas para lutar e resolver a problemática central da trama, mas também para relembrar o tempo inteiro a importância e a necessidade d’A Força dentro de cada um dos personagens (e de cada espectador).

Darth Vader

Confesso que estava preocupada com a aparição de Vader (muito se questionou acerca de sua participação no filme, se apenas para agitar os fãs ou se haveria algo relacionado a ele que fosse realmente importante), mas devo dizer que uma das melhoras sequências no final (e a que mais me deixou aflita e com um sorriso imenso estampado no rosto, por conta da beleza da dinâmica envolvida) é total e inteiramente dele. Obrigada por tudo, mas especialmente por isso, Gareth Edwards!

Em tempos como o que vivemos hoje, nos quais lutamos diariamente para sermos salvadores de nossas próprias causas, “rebeldes” dentro de nossos próprios mundos, ver estampada em cada cena a mensagem clara de que nenhuma luta é em vão e que se ainda há esperança, há salvação, é no mínimo emocionante e reconfortante. O filme não é feito apenas para fãs, mas para todos aqueles que também buscam tão arduamente seu lugar de direito neste planeta azul.

Rogue One

E, por último, mas não menos importante:

Rogue One

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Formada em Letras, pós-graduada em Produção Editorial, tradutora, revisora textual e fã incondicional de Neil Gaiman – e, parafraseando o que o próprio autor escreveu em O Oceano no Fim do Caminho, “vive nos livros mais do que em qualquer outro lugar”.
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