Mais um ano chega ao fim, e com ele são lançados os comerciais natalinos das mais diversas marcas. O comercial em questão é da cadeia de supermercados britânica Sainsbury’s, que fecha 2016 com uma mensagem não só de união (como é típica dessa época do ano), mas de diversidade e aceitação.
O comercial curta-metragem tem como protagonista um homem branco (Dave), que pensa em como aproveitar o máximo do Natal com sua família; família esta, que é apresentada logo no início do curta e é descoberta como inter-racial.
Dave é mostrado como muito atarefado e sufocado em seu trabalho, não tendo tempo para desfrutar da companhia de sua família, já que ele sai cedo para trabalhar e quando volta seus filhos já estão dormindo. Apesar disso, é mostrado que o protagonista ama a sua família e por isso quer dar o melhor presente possível para ela, o que é difícil de achar em meio ao trabalho, as grandes filas de Natal e em voltar para casa. Se apenas houvesse um jeito de ele poder estar em mais de um lugar ao mesmo tempo, certo?
É desse questionamento que Dave tem a ideia de produzir “clones” dele mesmo nos brinquedos da fábrica em que trabalha, pensando que assim teria tempo para procurar o melhor presente possível para sua família.
Chegando a conclusão, porém, que o melhor presente para a sua família é ele mesmo.
A mensagem de união familiar é, com certeza, importante, mas o que chama a atenção é a diversidade de etnias e cores mostrada no desenho. Dave faz parte de uma família inter-racial (sendo sua mulher negra), em seu ambiente de trabalho são mostrados colegas negros, árabes e latinos, e ao longo de todo o curta há a representação de pessoas não brancas nas mais diversas situações e profissões.
Além disso, no fim do curta, aparecem mais famílias além da de Dave: uma família com duas mães, com um pai e uma mãe brancos e com um pai e um avô indianos.
O ano de 2016 foi um de retrocessos, principalmente no Brasil, mas o comercial da Sainsbury’s dá a esperança de que nem tudo está perdido ao demostrar diversidade e aceitação ao longo de seus 3 minutos e 35 segundos de duração. Esperemos que ele sirva de modelo, não apenas para resoluções de ano novo, mas para um 2017 mais diverso culturalmente.