[WEB SÉRIE] Vixen: A “Pantera Negra” da DC

[WEB SÉRIE] Vixen: A “Pantera Negra” da DC

Desde o início da cultura pop, os super-heróis estão presentes. Super-Homem, Batman e Homem-Aranha se tornaram ícones de heroísmo para seus respectivos fãs, marcando não só a infância, mas a própria vida de seu público alvo. Eles tratam de histórias tão interessantes e atemporais que conseguiram permanecer até hoje, trazendo não só desenhos novos, mas filmes e séries de televisão. O interessante, porém, é ver como os produtores – tanto da DC quanto da Marvel – estão se preocupando em trazer personagens “esquecidos” e menos famosos a superfície. A mais recente “vítima” desse ressurgimento é a super-heroína da DC, Vixen.

Sua história se assemelha a de “Pantera Negra” (Marvel Comics) já que ambos vêm de aldeias situadas no continente africano e se ligam a deuses para conseguirem seus poderes. No caso de Vixen, entretanto, seu poder se liga a um totem antigo que carrega uma ligação ao deus Anansi (tal como no livro “Os Filhos de Anansi”, de Neil Gaiman), que dá poderes de usar as habilidades de qualquer animal que já habitou a Terra, àquele que o possuir.

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Segundo a web série, Mari Jiwe McCabe é uma jovem mulher negra que foi adotada por um casal americano após a morte de seus pais, sendo levada de sua aldeia situada na nação africana fictícia de M’Changa para a cidade de Detroit, Michigan nos Estados Unidos. Antes de ir para os Estados Unidos, porém, ela herda o totem mágico. E é esse o mote de sua história. Ao começar a perambular por aí usando os poderes do totem e combatendo uns criminosos pelo caminho, ela chama a atenção de Arrow e The Flash, que se propõem a ajudá-la em sua jornada.

A diferença dela para heroínas como Supergirl e Batgirl, entretanto, é que Vixen não existe como contraparte de um herói masculino, ela não é como se fosse uma extensão de algum herói do qual veio a variante de seu nome, mas é uma heroína por si só.

Ela traz não apenas o fator mágica ao universo DC, mas também contribui na diversidade do mesmo. Ela foi a primeira negra da DC a ter sua própria série de quadrinhos, e agora será representada não apenas nos quadrinhos e em desenho, mas também em live-action – participando em “DC’s Legends of Tomorrow”.

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Megalyn Echikunwoke interpreta Vixen na versão live-action

Essa web série não é a primeira aparição de Vixen nos desenhos televisivos – ela já passou brevemente por “Liga da Justiça” e “Teen Titans” – mas é sua primeira aparição no papel de protagonista, estando a frente de sua própria série.

Além disso, Vixen apresenta uma cultura diferente da branca oriental (que é a regra nos conteúdos culturais). A web série pega emprestado a antiga lenda africana de Anansi, o Deus Aranha (ou Homem Aranha) e adiciona a ela a história de um guerreiro chamado Tantu, que pediu a Anansi o totem que, mais tarde, é dado à Mari.

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Talvez isso seja um indício de maior visibilidade, tanto para as heroínas, quanto para os heróis e heroínas não-brancos, quebrando (ou pelo menos tentando) a hegemonia de protagonismo branco e masculino do mundo dos super-heróis.

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