5 personagens femininas nos jogos que nunca foram donzelas

5 personagens femininas nos jogos que nunca foram donzelas

Quem possui o hábito de jogar ou já jogou algum game na vida, possivelmente se deparou com um cenário de exclusão dentro dos jogos. Uma exclusão de mulheres e personagens femininas.

Por muito tempo os jogos foram tratados e produzidos de maneira exclusiva para homens, homens que são fortes, inteligentes e salvam a “donzela”. Quando existe uma representação feminina, nos deparamos com estereótipos ou traços e roupas que realizam uma objetificação da mulher. Esta lista é para você que está cansada de não se ver representada nos games e que sabe que  ser mulher vai muito além do que se pode dizer.

Samus Aran – Metroid

Personagens Femininas

Samus Aran é a melhor caçadora de recompensas da galáxia e consegue derrotar os Metroids como ninguém! A franquia Metroid, lançada pela Nintendo em 1986, ganhou notoriedade por ser um dos primeiros games de sucesso a colocar uma mulher como protagonista da história. Por usar uma armadura que abrange todo seu corpo, o gênero da personagem era desconhecido, porém no final do primeiro jogo descobrimos que quem salvava as galáxias era uma mulher! Diferentemente de outras mulheres quando retratadas em jogos, não havia um apelo sexual nas vestimentas da protagonista. Samus destruía diversos monstros e nunca precisou ser salva por ninguém.

Jade – Beyond Good and Evil

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Beyond Good and Evil nos apresenta Jade, uma repórter de investigação que é Expert em artes marciais e ainda participa de um movimento de resistência! Jade é responsável por sustentar um orfanato sozinha e utiliza seu salário recebido de suas fotos para isto. No cenário do jogo encontramos alienígenas do mal, missões em cavernas, um governo totalitário no comando e muita ação! O primeiro jogo foi lançado em 2003 pela Ubisoft e em 2011 ganhou uma versão full HD para Xbox e PlayStation.

Ellie – The Last Of Us

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Em 2013 a Sony Computer Entertainment lança um fenômeno com o nome de: The Last Of UsEm um futuro pós-apocalíptico norte americano, uma adolescente de 14 anos, chamada Ellie, começa a ser escoltada por Joel, um cinquentão que realiza “serviços” em troca de grana. O jogo é conhecido por possuir protagonistas marcantes e essa personagem inesquecível. A história da menina já começa pesada.Tem os pais falecidos, cresceu em uma zona de quarentena, recebeu educação em um colégio militar, vive em uma época de caos e ainda passa sua adolescência lidando com perigos constantes. Ellie é um exemplo de força e coragem em tempos sombrios. Em 2016 foi anunciada a produção de The Last Of Us 2 que terá como personagem principal uma Ellie mais velha que é cercada de raiva. 

Nilin – Remember Me

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Quem é fã de ler distopias, precisa conhecer e jogar Remember Me. Desenvolvido pelo estúdio Dontnod Entertainment e lançado em 2013 pela Capcom, o jogo é um prato cheio para referências que vão de romances como Neuromancer (que fazem uma homenagem ao cyberpunk) até para fotografias que lembram Matrix. Encontramos uma Paris futurista, que está sob o comando de Memorize, uma empresa responsável por desenvolver uma tecnologia que permite que as pessoas salvem, deletem e compartilhem suas memórias.

Com essa possibilidade de “controlar” as memórias, memórias começam a ser comercializadas e apagadas em massa (por exemplo, algum trauma emocional). Nesse cenário surge um grupo responsável por aniquilar os planos e o controle hegemônico da empresa Memorize. Este grupo, conhecido como Errorists, é composto por pessoas que “caçam memórias”, e aí encontramos Nilin, a maior caçadora de memórias. Nilin é uma revolucionária, luta pelo fim de um sistema de controle, ajuda as pessoas ao seu redor e ainda consegue transmitir força em tempos difíceis

Max – Life Is Strange

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Nessa lista não poderia ficar de fora o incrível Life Is Strange (falamos sobre ele aqui), com sua protagonista cativante, Maxine Caufield. Lançado em 2015 pela Square Enix, o jogo retrata a história de Max, uma adolescente que descobre possuir a habilidade de voltar ao tempo e mudar os acontecimentos, isto é, refazer decisões já feitas.

Ao mesmo tempo em que voltar no tempo é um super poder irado, torna-se também uma responsabilidade muito grande, já que a cada ação escolhida ocorre uma espécie de efeito borboleta sob esta. O jogo é repleto de monólogos da protagonista, onde ela começa a questionar a natureza das suas ações escolhidas, o que faz com que sejamos levadas a um diálogo existencial em frente ao monitor. Max é uma personagem repleta de personalidade e sensibilidade. No decorrer da história fica claro como ela batalha para proteger as pessoas que ama.

Além disso, durante os episódios (o game é dividido por episódios) acompanhamos de perto a evolução pessoal da protagonista e o desenvolvimento de seus relacionamentos com outras personagens. Life Is Strange é um jogo girl power e que trata de uma maneira delicada a questão da empatia, tão necessária em todos os tempos.

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Feminista e estudante de serviço social. Ama Star Wars e é viciada em gatos. Adora conversar sobre gênero e brinca de ser gamer nas horas vagas. Nunca superou o fim de The Smiths.
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