Mulher-Maravilha: A Verdadeira Amazon - Jill Thompson

Estamos cheias de expectativa para ver a Mulher-Maravilha na telona, ainda mais com tantas críticas positivas saídas da pré-estreia. Para saciar um pouco da ansiedade pela nossa heroína, vamos apresentar a fantástica graphic novel Mulher-Maravilha – A Verdadeira Amazona. A obra está na lista de Best-sellers no New York Times, e foi lançada pela Panini por aqui, em fevereiro de 2019. Sendo uma das personagens mais icônicas da DC, já teve sua tradicional história contada por muitos autores, mas se engana quem acha que vai encontrar mais do mesmo nesta edição, escrita e ilustrada por Jill Thompson.

Jill Thompson

A autora possui uma longa carreira como quadrinista, iniciando seus trabalhos nos anos 80, também escrevendo para teatro, cinema e televisão. Ganhadora de vários Eisner Awards, entre outros prêmios proeminentes da área, teve participação em grandes títulos, como Sandman, Monstro do Pântano, Fábulas, e agora, Mulher-Maravilha. Em 2015, Thompson foi selecionada para a lista “Top 50 – Quadrinistas Mulheres”, conduzida pelo Comic Book Resources, ficando em quarto lugar.

Mulher-Maravilha – A Verdadeira Amazona

Com um foco muito mais humano para a nossa clássica personagem, Thompson traz uma jovem Diana mimada e tola, muito distante da conhecida faceta de guerreira inabalável. Belamente ilustrada em aquarela, a história referencia mais diretamente a mitologia grega, que normalmente possui uma apresentação visual e de roteiro muito vaga nos quadrinhos da Mulher Maravilha, como também acontece nas histórias seriadas do Thor, da Marvel.

Mulher-Maravilha – A Verdadeira Amazona se inicia apresentando a Rainha Hipólita e a razão das amazonas se tornarem o poderoso exército de Hera, isolado e protegido na ilha de Themyscira. Como parte da introdução da história, os personagens masculinos trazem o conflito, com muitos deles incomodados com a cultura amazona, seja por inveja do seu poder ou indignação por sua atitude nada submissa perante os homens.

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Embaladas por uma série de guerras, as amazonas são levadas ao isolamento na ilha, e a partir daqui, toda a interação se dá entre as próprias amazonas, que logo são presenteadas com a tão esperada princesa Diana. A HQ vai apresentando ao leitor o crescimento mimado da heroína, que vai conquistando com bravura e inconsequência suas clássicas armas de guerra. Nesse ponto, podemos apresentar um dos grande méritos da história, que é a de trazer novas motivações de crescimento dos personagens sem a necessidade de dramas românticos. Steve Trevor não aparece nessa HQ, não sendo, então, a razão para Diana sair da ilha Paraíso.

Apesar de ser uma história de origem diferente da clássica, nada impede que todo o arco tenha sido construindo muito antes da origem que envolve o eterno amor da Mulher-Maravilha. Os acontecimentos se passam dezenas de séculos antes do fatídico encontro, com pouca interferência nessa parte da origem canônica.

Por fim, recomendamos Mulher-Maravilha – A Verdadeira Amazona tanto para as fãs que já acompanham a série há anos, quanto para as novas interessadas que começaram a se animar em saber mais de Diana por causa de sua apresentação no novo universo cinematográfico da DC. É uma leitura rica em todos os sentidos.