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DELIRIUM NERD
Instrumentistas brasileiras
MÚSICA

[MÚSICA] 3 Instrumentistas brasileiras para conhecer: BRVNKS, Bruna Mendez e MMGL

por Maria Luísa Lopes · 19 de junho de 2017

O crescimento de visibilidade da cena musical brasileira nos últimos anos foi marcado pelo destaque de polos além do tradicional circuito São Paulo – Rio de Janeiro, como demonstram os gigantes festivais Bananada, em Goiânia, e DoSol, em Natal. O rock nacional está passando por um movimento de reinvenção nestas capitais e a assumindo essa identidade própria, como na consolidação do rock psicodélico em Goiânia através de bandas como Boogarins e Carne Doce. Outro destaque importante nesse movimento é a presença de mulheres.

O rock tradicionalmente se firmou como um gênero de apagamento de artistas mulheres, especialmente de instrumentistas. Em entrevista ao Noisey, a baterista Larissa Conforto (do incrível trio Ventre) relata ter sido questionada diversas vezes sobre a forma como tocava e se tinha força suficiente para a bateria, narrando também a descredibilidade de mulheres em questões técnicas n o meio da música.

As três artistas destacadas neste texto não apenas se inserem nesse movimento de visibilidade da cena em outros eixos regionais, como também impressionam por serem mulheres instrumentistas que compuseram seus trabalhos de estreia em grande parte sozinhas. A experiência destas artistas tem sido marcante para definir os novos contornos do rock brasileiro, estimulando mais iniciativas de mulheres na música.

Bruna Guimarães, da Brvnks (Goiás)

O primeiro EP da banda, Lanches (2016), foi composto inteiramente por Bruna. Disso resultou um trabalho que reflete o cotidiano de sua geração de forma despretensiosa, como na faixa Harry (Você não me conhece mas eu te amo, eu te persigo, eu pergunto de você/e eu quero casar com você, Harry). As letras simples e divertidas são acompanhadas de uma sonoridade de rock ensolarado e lo-fi, com ótimo uso da guitarra. A banda foi muito comparada a experimentos gringos semelhantes no gênero do dream pop, como Best Coast e Alvvays, mas se destaca pela grande autenticidade transmitida nas canções.

O ponto de destaque do EP é a fluência entre as faixas, apresentando um trabalho coeso e com identidade própria em pouco mais de onze minutos de duração. Além disso, as quatro músicas também demonstram um potencial de amplitude da sonoridade da banda, indo de canções elétricas como Bunch of Fries (Não temos esperanças/Não temos mentiras/Vou parar de te amar quando Dr. Manhattan morrer/Você é o alien da minha vida), com um som mais sujo, e Freedom Is Just A Name (For What I Want You To Be), até a mais sensível e melódica Don’t (Eu queria que você estivesse morto ou nunca nascido/Eu te queria aqui pra me esquentar).

O trabalho da Brvnks se apresenta como mais uma promessa goiana e um exemplo de banda comandada por uma mulher instrumentista e compositora, como vêm sendo apontado pela mídia especializada. Mais do que isso, contudo, também se apresenta como um EP que deve ser apreciado pelo excelente trabalho que é, seguindo sua linha despretensiosa.

Bruna Mendez (Goiás)

Bruna Mendez retrata em seu maravilhoso primeiro álbum O Mesmo Mar que Nega a Terra Cede à Sua Calma (2016) a vivência de Goiânia, os movimentos da juventude e de relacionamentos, sendo também uma obra pautada pelo cotidiano. Aqui isso se apresenta de forma mais reflexiva, como um longo pensamento sobre um “movimento de onda de ir e vir – ou negar e ceder”, como dito pela artista em entrevista ao Noisey.

Leia também:
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>> Ana Cañas: Respeita as mina!
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Sendo assim, o álbum se caracteriza por uma sonoridade fluída de rock suave que realmente remete a um movimento tranquilo de ondas, com destaque para o trabalho de voz incrível de Bruna. A sensação é de uma artista que parece ter encontrado paz no constante movimento da vida após muito tempo, resultando em um álbum que reflete essa jovem maturidade também em letras sensíveis que criam imagens maravilhosas, como em Tô Aqui (Quando te vejo existir/Meu corpo se acha/No fim de mim/Sei que sou travessia) e em Agradecer (Eu só tenho a agradecer Iemanjá/Por toda cura, todo sal cicatrizar/E a manha desse mar/Que arreda os nervos e acalma a vida/Nesses seus olhos de quase tocar/Me vi afim e em paz).

Destaque também para as faixas Sorte, Esses Seus Olhos Têm Força de Terra e Calor, Sol e Sal por mostrarem a diversidade sonora que a artista conseguiu expressar em um álbum que se desenrola à ouvinte como um longo pensamento. Isso também está presente na recém lançada faixa Licença (2017), que conta com uma sonoridade mais sintetizada, com a participação do produtor Vitor Brauer, sem perder a identidade do primeiro álbum, apontando para novas direções de crescimento da compositora.

Gabriela Deptulski, da My Magical Glowing Lens (Espírito Santo)

Instrumentistas brasileiras

MMGL com Larissa Conforto na bateria – 15/06/17 no Centro Cultural São Paulo

Gabriela vem apresentando seu rock psicodélico completamente autora desde 2014, com o lançamento do ótimo EP My Magical Glowing Lens. Com o recém lançado primeiro álbum Cosmos (2017), a banda se consolida no cenário musical brasileiro como uma referência no gênero.

A proposta parece ser de uma viagem lisérgica que se concretiza através de distorções interessantes na sonoridade, transmitindo a sensação de voz e instrumentos derretendo e se fundindo. É também uma viagem reflexiva, como na ótima faixa Tente Entender (Tente entender o amor/Do infinito concreto vai descendo do espaço/Da distância do perto viajando no aberto) e em Supernova (Eu vou voar daqui pra me lembrar/Eu vou me afastar pra me aproximar de mim).

A experiência de ver a banda ao vivo (na foto acima, com Larissa Conforto na bateria) reforça essa sensação introspectiva, mesmo com o som potente e cheio de energia. Fica aparente como a viagem proposta é também para dentro de si, como em Não Há Um Você no Seu Interior e em Portal (E eu sei que sou louca/E eu sei que não tem cura/E eu sei que estou com medo/E eu sei que só estou aqui), – que tem uma performance incrível ao vivo, indo muito além da já ótima gravação do disco – usando a sonoridade como forma de expressão de questões existenciais de forma brilhante, principalmente com o uso de distorções na guitarra.

Créditos das imagens da capa: Brvnks/Tenho Mais Discos Que Amigos/Monkeybuzz

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Maria Luísa Lopes

Estudante de Direito que gosta de criar tempo pra escrever e ouvir música. Adora ler, admirar cachorros e plantinhas, bordar e conhecer lugares novos. Ainda vai aprender a tocar muitos instrumentos.

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