Estreou no Reino Unido, no dia 18 de janeiro, e chegará na Amazon Prime Video nesta sexta-feira (26), a nova série de fantasia épica, Britannia. Uma parceria da Amazon com a emissora britânica Sky, criada por Jez Butterworth, Tom Butterworth e James Richardson, promete um enredo para agradar aos fãs do mundo de fantasia, e produções como Vikings e Game of Thrones. Conferimos o piloto da série e contamos um pouco do que você pode esperar, sem spoilers, é claro!
A trama se inicia em 43 A.C. com a chegada de navios romanos, liderados pelo general Aulus Plautius (David Morrissey – The Walking Dead) as praias inglesas, em uma tentativa de remediar a falha de Julius Cesar e conquistar Britannia em nome do Império Romano. Desta vez as tribos celtas estão divididas e não parecem oferecer grande resistência á invasão. A guerra eminente entre celtas e romanos – e também entre celtas e celtas – é o motor de Britannia. Com um pé na fidelidade histórica e outro no extraordinário e mistico, homens e deuses lutarão pelo controle da ilha.
Cerca de cinco núcleos distintos são apresentados ao espectador, contextualizando o cenário e apresentando os personagens centrais da trama. Um druida exilado, uma jovem órfã, uma princesa guerreira, um general romano, uma jovem em cativeiro, um líder druida. Para citar apenas os principais. A diferença cultural entre os dois povos já se faz sentir e parece ser um dos pontos chave do conflito. Porém, ainda é cedo para dizer até aonde a série pretende manter-se fiel à história ou explorar a mitologia rica destes povos.
Estas histórias espalhadas devem se juntar eventualmente, mas a forma rápida com que a maioria das personagens são introduzidas nos dá pouco tempo de, realmente, nos importarmos com eles, e quando o episódio chega a seu fim é difícil escolher por quem torcer. O general romano – um clássico anti-herói – recebe grande destaque durante o primeiro episódio, fazendo com que seja mais fácil se identificar com ele do que os pressupostos “mocinhos”, o povo dominado, celta.
As personagens femininas apresentadas até o momento são distintas e aparentemente fogem de estereótipos do gênero fantasia-histórica. Podemos esperar jornadas interessantes e bem aproveitadas no contexto da história. Ainda é cedo para dizer se alguma delas terá um papel central no conflito. Apesar do rosto de Kelly Reilly (True Detective) estar em destaque na promoção da série, vimos uma introdução muito breve sobre sua personagem neste piloto.
Se os nove episódios restantes serão suficientes para aprofundar adequadamente estes personagens, e realmente nos abalar com o desfecho dessa história, é difícil dizer. Nem mesmo o tema de abertura da série evoca qualquer sensação de grandiosidade e expectativa – o que em muito difere de outras aberturas magníficas que encontramos em produções deste gênero. Se Britannia não se esforçar mais e mostrar para o que veio, uma segunda temporada dificilmente sairá do chão. Batalhas sangrentas, cenas de sexo e plantas alucinógenas não seguram uma boa série de fantasia histórica.
