10 cantoras LGBT+ que você precisa conhecer! (+ Playlist)

10 cantoras LGBT+ que você precisa conhecer! (+ Playlist)

Recentemente a cantora Janelle Monáe assumiu ser Queer no mesmo período em que Hayley Kyoko lançou o seu aclamado álbum “Expectations”, onde narra a sua vida como uma jovem mulher lésbica. Além delas, outros nomes da cena LGBT+ estão deixando a sua marca na cultura pop, quebrando barreiras, estereótipos e se tornando referência para vários jovens que se identificam fora dos padrões de sexualidade heteronormativa representados pela mídia.

De olho em alguns dos principais nomes da cena musical atual o Delirium Nerd fez uma lista com 10 cantoras LGBT+ que você precisa conhecer. São mulheres negras, asiáticas, lésbicas, trans, drags e que fogem dos padrões e das normas, fazendo além de tudo boa música, seja ela pop ou de protesto, por que uma coisa não exclui a outra e há espaço para todxs.

Janelle Monáe

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Janelle Monáe/ Foto: Reprodução.

Janelle Monáe lançou o seu primeiro álbum em 2007, chamado “Metropolis: Suite I (The Chase), em que dava início ao sua estética afrofuturista e a história da androide Cindi Mayweather, que evoluiria para a Eletric Lady nos outros trabalhos. Ao longo de dez anos a cantora desenvolveu uma estética e uma sonoridade própria com influências do cantor Prince. Além de cantora, ela também é atriz, atuando em filmes como Estrelas Além do Tempo e Moonlight: sob a luz do luar.

Seu trabalho mais recente, “Dirty Computer”, lançado em abril de 2018, é uma ode ao feminino e a sexualidade da mulher negra. Recentemente a cantora se assumiu pansexual, o que fez com que a procura pelo significado do termo disparasse nas ferramentas de busca.

Janelle disse em uma entrevista recente que o seu álbum “Dirty Computer” é para todos aqueles que estão passando por dificuldade, lidando com as suas sexualidades e sentindo-se excluídos ou sofrendo chacota apenas por serem eles mesmos.

Hayley Kiyoko

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A cantora de 27 anos, dona de hits como “Girls Like Girls”, “Pretty Girl” e “Curious”, fala abertamente em suas canções sobre as suas relações com garotas e sobre a sua vida como uma garota lésbica de 20 e poucos anos. Ela já chegou ser criticada por só fazer músicas com essa temática. No que ela respondeu muito bem, criticando o fato de Taylor Swift falar direto em seu trabalho sobre os seus relacionamentos com homens e não receber as mesmas críticas; sendo defendida mais tarde pela própria Taylor Swift.

Hayley lançou esse ano o seu primeiro álbum chamado Expectations” e o trabalho foi celebrado como um dos melhores lançamentos pop do ano.

Beth Ditto

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Beth Ditto começou a fazer sucesso nos anos 2000, como vocalista da banda Gossip. Com a banda gravou o hit “Standing in The Way of Control”, música de protesto contra a não aprovação do casamento gay, pelo então presidente dos EUA, George W. Bush.

Além de ser uma mulher queer no rock, Beth Ditto também quebrou barreiras por ser uma mulher gorda, virando símbolo fashion e a queridinha das revistas e estilistas de moda com o seu corpo fora dos padrões. Na época ela dominava as rádios com a sua voz poderosa e toda a sua atitude.

O Gossip não existe mais, porém Ditto agora segue em carreira solo. Seu trabalho mais recente é o álbum “Fake Sugar“, de 2017.

St. Vincent

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Anne Erin Clark é o nome de batismo da cantora St. Vincent. Ela iniciou a sua carreira em 2003, trabalhando com nomes como David Byrne e Sufjan Stevens. A cantora e multi-instrumentista mescla influências de jazz com electropop e rock. Durante uma entrevista à revista Rolling Stone a cantora afirmou que acredita na fluidez de gênero e da sexualidade. Quando questionada se ela se considera homossexual ou heterossexual, ela respondeu “Não penso nesses termos. Não me identifico com nenhuma categorização. Podemos nos apaixonar por qualquer pessoa.” 

O seu álbum mais recente é “Masseduction”, de 2017. O trabalho traz faixas como “Los Angeles” e “New York”. St. Vincent é uma talentosa musicista que está na vanguarda da música pop atual.

Ellen Oléria

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Ellen começou a sua carreira aos 16 anos, cantando em bares e casas de show. Em 2012, venceu a primeira edição do reality show The Voice. Além de cantora e compositora, ela também é atriz e atuou com Elisa Lucinda na peça “L, o musical”, peça teatral sobre um romance lésbico.

Oléria também apresenta o programa Estação Plural, na TV Brasil, ao lado do jornalista Fernando Oliveira (Fefito) e da integrante da Banda Uó, Mel Gonçalves. O programa trata de temas da atualidade e todos os seus apresentadores fazem parte da comunidade LGBT+, aumentando a participação de outras minorias na TV e levando temas importantes para a TV aberta.

Ellen lançou o seu álbum mais recente “Afrofuturo”, em 2016, esse trabalho bebe nas influências do afrofuturismo e da ancestralidade brasileira.

Emmily Barreto – Far From Alaska

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Emmily Barreto é vocalista de uma das bandas de rock brasileiras mais interessantes da nova geração. Junto com Cris Botarelli, as duas fundaram o Far From Alaska, em 2012, em Natal, no Rio Grande do Norte, após teriam saído da banda Talma & Gadelha.

O seu primeiro disco “modeHuman” (2014) foi muito elogiado na época e a banda chegou abrir shows do extinto Festival Planeta Terra, após terem vencido um concurso na época. A banda também tocou, em 2015, no Festival Lollapalooza em São Paulo.

Com o Far Form Alaska, Emmily gravou dois álbuns, o já citado “modeHuman” e o mais recente “Unlikely”, lançado em 2017.

Adore Delano

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Adore Delano ficou conhecida quando participou da 6ª temporada do reality show RuPaul’s Drags Race, ficando entre as três melhores participantes. Antes disso, ela já havia participado de outro reality, o American Idol, programa de competição musical que fez muito sucesso nos anos 2000. Na época, ela disse que nunca pode ser quem realmente queria, porque os produtores e amigos viviam falando para ela esconder a sua sexualidade e mudar o seu jeito, se quisesse ganhar o programa, ainda que a sua voz fosse ótima. Somente como Drag Queen ela conseguiu encontrar a sua voz e o seu caminho na música. Quando não está toda montada como Adore, ela atende pelo nome de Danny Noriega e se identifica como uma pessoa não-binária.

Após o sucesso em RuPaul’s Drag Race, ela lançou três álbuns de estúdio, “Till Death Do Us Party” (2014), “After Party” (2016) e “Whatever” (2017) e segue firme forte com a sua carreira. O seu álbum mais recente, “Whatever”, representou uma mudança de estilo com uma pegada mais rock’n roll, estilo musical que ela sempre se identificou.

Luana Hansen

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Luana Hansen já tem mais de 18 anos de carreira e resistência dentro da cena do rap nacional. Ela já sofreu no ostraciosmo pela falta de oportunidades, em um meio ainda dominado pelos homens e muito machista. Mas a rapper não tem medo de tocar em temas importantes, como a resposta que deu para uma letra machista de um famoso rapper brasileiro, com a sua música “Flor de Mulher”.

Luana também fala em suas letras de temas como a legalização do aborto e não tem medo das represálias que o seu trabalho sofre.

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Linn da Quebrada

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Linn da Quebrada é dona de músicas como “Bixa Preta” e “Mulher”, mas antes disso fez sucesso com a sua primeira música “Enviadescer”. Nascida na periferia de São Paulo e criada no interior do estado, ela cresceu em um lar religioso e aprendeu que era errado ser gay. Quando finalmente entendeu quem ela era e se assumiu gay – e posteriormente uma mulher trans – ela se mudou para a capital paulista para seguir carreira nas artes.

Seu primeiro álbum visual “Pajubá” (2017) é fruto de um crowdfunding que rendeu bem mais do que a meta esperada. Linn também é atriz e estrelou o documentário Meu Corpo é Político, em que acompanha a vida de quatro militantes LGBT. No início de 2018 foi lançado o documentário Bixa Travesty, que conta a história de sua vida. O longa levou o Prêmio Teddy no Festival de Berlim.

Liniker

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A cantora Liniker despontou na cena musical nacional, em 2015, com a sua banda Liniker e os Caramelows. Com o seu primeiro single “Zero”, ela conseguiu destaque nos meios, e os vídeos da banda conquistaram milhões de visualizações. Posteriormente, em 2016, ela lançou o seu primeiro álbum intitulado “Remonta”com ajuda de um financiamento coletivo. Rapidamente ela despertou o interesse do público, não só brasileiro como estrangeiro também.

No começo, Liniker se identificava como um homem gay e aos poucos foi se percebendo não-binário, até se entender como uma mulher trans atualmente, tendo que lidar com todas as implicações que isso traz.

“O preconceito está em todos os lugares. Sou uma mulher trans e negra. Sair de casa, que é algo simples para as pessoas, parece ameaçador para gente. Isso dá medo! É como se estivéssemos fazendo algo de errado! Por isso, temos que ocupar os espaços, os programas, os palcos… A sociedade invisibiliza a gente.”

– Liniker em entrevista para a revista Glamour

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Formada em artes visuais e apaixonada por arte, música, livros e HQs. Atualmente pesquisa sobre mulheres negras no rock. Seu site é o Sopa Alternativa.
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