O que “Guerreiras Mágicas de Rayearth” tem de tão sensacional?

O que “Guerreiras Mágicas de Rayearth” tem de tão sensacional?

Para mulheres que gostam de ler mangás e HQ’s, quando nos deparamos diante de uma leitura com a qual nos identificamos não só pelo enredo e construção das personagens, mas também pelo fato de que, pasmem, há mulheres como protagonistas, é um momento único. Não preciso dizer aqui que nós, mulheres, quase nunca somos bem retratadas nas histórias, geralmente escritas por homens. E mais, que quase nunca ganhamos espaço e visibilidade neste ramo, que assim como todos os outros, possui em sua grande maioria homens como protagonistas. Sempre que embarcamos numa nova leitura, não conseguimos deixar de fazer um recorte de gênero, independente de qual seja o tema em questão, e com o mangá “Guerreiras Mágicas de Rayearth” não foi diferente.

Para começo de conversa, o mangá é excelente, principalmente porque ele possui o que mais é mais atrativo nos mangás, que é a característica de que, apesar das histórias versarem sobre aventuras/suspenses/ação, há sempre aquele humor delicioso para quebrar a tensão, o que torna a leitura mais descontraída e faz com que tudo flua melhor.

Em Guerreiras Mágicas curtimos cada personagem e a história em si nos deixa bem intrigadas:

Anne, Lucy e Marine eram três colegiais normais. Pelo menos até o dia que se conheceram na Torre de Tóquio enquanto estavam em uma excursão escolar.

Durante o passeio, as meninas ouvem uma voz enigmática. Eis que surge uma luz forte e elas, subitamente, se vêem flutuando sobre um lugar estranho.
Esse local é Zefir. Lá, as garotas ficam sabendo que são as lendárias Guerreiras Mágicas e que sua missão é salvar a Princesa Esmeralda, responsável por manter a paz e o equilíbrio desse mundo. O vilão Zagard a raptou e agora Zefir corre perigo.

Cada uma das meninas ganha um poder mágico ligado a um elemento da natureza. Elas precisam despertar um mashin, gênio protetor de Zefir, que as ajudará a cumprir sua missão. Só assim conseguirão voltar para casa. (fonte)

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Como falamos anteriormente, encontrar histórias onde as mulheres são protagonistas é um acontecimento raro. Encontrar histórias criadas, desenhadas e dirigidas por mulheres, é como zerar a vida. E até neste quesito Guerreiras Mágicas surpreende por ser uma arte “das minas”.

No final do mangá você poderá saber um pouco mais sobre as autoras no “jornal CLAMP”, mas mesmo assim segue abaixo algumas informações bem legais sobre elas:

Com traços rebuscados e rico em detalhes, layout inovador e enredo envolvente, o CLAMP formou uma legião de fãs no mundo todo. Mais do que isso: apesar de fazer quadrinhos voltados para o público feminino, os mangás acabaram caindo também no gosto dos meninos.

Como todo mangaka, o CLAMP começou seus trabalhos fazendo dojinshis em 1984. Há quem diga que, nessa época, o grupo era formado por 11 pessoas.

O número de integrantes diminuiu com passar do tempo até ficar reduzido a um núcleo de quatro produtoras: Ageha Ohkawa (ex-Nanase Ohkawa), a líder do grupo, responsável pelo design, argumentos e roteiros; Mokona (ex-Mokona Apapa), a desenhista; Satsuki Igarashi, que cuida do design, desenvolvimento e, às vezes, faz ilustrações; e a também desenhista Tsubaki Nekoi (ex-Mick Nekoi). Os pseudônimos entre parênteses são os nomes pelos quais elas eram conhecidas até 2004, quando mudaram de pseudônimos.

O Quarteto de Osaka publicou em 1989 a história RG Veda na revista Wing Comics. Foi o primeiro trabalho profissional. E não parou mais! Depois de RG Veda vieram: Tokyo Babylon (1991), Clamp Campus Detective (1992), X (1992), Guerreiras Mágicas de Rayearth (1994), MiYuki-chan in Wonderland (1995), Wish (1996), Sakura Card Captors (1996), Clover (1997), Angelic Layer (1999) e Chobits (2001). (fonte)

 

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Feminista e membra da União de Mulheres de São Paulo, onde é coordenadora adjunta do Curso de Promotoras Legais Populares, projeto voltado para a educação popular e feminista em direitos. É viciada em Lego, apaixonada por ficção científica/terror/horror, apocalipse zumbi e possui sérios problemas em procrastinar vendo gif’s e não lembrar o nome das pessoas. No mundo real é advogada.
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