Depois de muita espera e expectativa, Deadpool finalmente estreou aqui no Brasil na última quinta-feira (11), e já conquistou a maioria dos espectadores. O que não foi exatamente o meu caso…
Antes de qualquer coisa, deixo claro que não sou expert em super-heróis e seus quadrinhos, e meu conhecimento baseia-se somente nos filmes e em marketing/notícias (que foi bem pesado, nesse caso).
Deadpool foi dirigido por Tim Miller, numa parceria entre Marvel e Fox Filmes, onde o super-herói Wade Wilson (Ryan Reynolds) – que como o próprio personagem diz, só tem de “super”, e nada de “herói” – é um ex-militar e mercenário, que sofre uma mutação na tentativa de se livrar do câncer, e acaba com drásticas sequelas físicas.
A trama do filme é envolta na busca de Wade por vingança contra Ajax/Francis (Ed Skrein), o responsável pelos experimentos mutantes, que obviamente usa a antiga namorada do mercenário, Vanessa (Morena Baccarin) como isca para o confronto – aquela velha história do herói salvando a mocinha.
Pela sinopse já percebemos que até então, nada de novo. Se Deadpool inova em algo, é no quesito comédia. Recheado de referências aos universos Marvel e Fox, e com muito (mas muito mesmo) humor negro, o filme é uma ótima recomendação para quem busca algo para puro divertimento.
Quanto as cenas de ação, vou confessar, que esperava mais do filme. Não sei se pela expectativa, ou se pela diversas notícias de classificação indicativa alta e proibição em alguns países, mas eu esperava muito mais cenas de “pancadaria”, o que não rolou tanto.
Além desses fatores, ainda senti uma falta de aprofundamento em alguns personagens, como Colossus (Andre Tricoteux), Negasonic Teenage Warhead (Brianna Hildebrand), Angel Dust (Gina Carano), e até mesmo em Vanessa, que aparentemente servem apenas para ajudar DP a conquistar seus objetivos, e são descartados quando deixam de ser convenientes.
Eu mentiria se dissesse que não gostei do filme – eu ri muito, principalmente com as referências, que para mim, foram as melhores até agora – mas sinto que este foi apenas um teste introdutório (e também de remissão), para um personagem que pode ser muito melhor trabalhado nos filmes subsequentes!
Para maior entendimento das problematizações do filme, confiram também a crítica da Rebeca Puig no Collant sem Decote.