Lizzie Borden – suspense macabro com protagonismo feminino

Lizzie Borden – suspense macabro com protagonismo feminino

 

Lizzie Borden possui um filme (Lizzie Borden took na Ax) e uma série (The Lizzie Borden Chrinicles) ambas produzidas pelo Lifetime, canal por assinatura americano (ambos podem ser vistos na Netflix). O filme estreou em 2014 no canal, e no ano seguinte a série foi lançada. Infelizmente não foi renovada para uma segunda temporada. Mas se você gosta de filmes de suspense, recomendo!

[NÃO CONTÉM SPOILER]

A história conta o terrível acontecimento que ocorreu na casa dos Borden, onde o senhor e a senhora Borden são brutalmente assassinados a machadadas e a principal suspeita era sua filha caçula Lizzie. O filme trata exatamente do assassinato, a repercussão na mídia e o julgamento de Lizzie Borden.

Sem você saber se Lizzie é realmente culpada ou não, os fatos são contados através das descobertas das pistas da polícia e até o final do filme você fica na dúvida de quem foi realmente o culpado. Não vou me aprofundar muito na história para não dar spoiler. O mais interessante é que se trata de uma história baseada em fatos reais.

“Lizzie Borden foi uma estadunidense de Nova Inglaterra, de Fall River. Ela, sua irmã mais velha, seu pai e a madrasta viviam na Second Street, 92, numa boa casa para época. E num fatídico dia quente de verão em 04 de agosto de 1982, o Senhor e a Senhora Borden foram assassinados. Lizzie Borden foi a julgamento, mas por falta declarada inocente a arma do crime nunca foi encontrada. Acredita-se que a arma do crime foi um machado. O caso virou parte do folclore americano, ficou tão famoso que foi escrito uma rima de pular corda.”  (Tradução livre)  (Fonte: Wikipedia)

“Lizzie Borden took an axe

(Lizzie Borden pegou o machado)

And gave her mother forty whacks.

(E deu 40 machadadas em sua mãe)

When she saw what she had done,

(Quando ela viu o que fez)

She gave her father forty-one.

(Ela deu 41 machadadas em seu pai)”

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Mas voltando ao filme, Lizzie Borden took na Ax é um dos poucos filmes que a maior parte do elenco principal é feminino e as principais falas e ações estão com elas. A equipe da investigação é masculina, mas suas falas são curtas. Lizzie Borden é interpretada por Christina Ricci (A Wandinha dos filmes da Família Addams) que dá um show de interpretação. A maioria dos diálogos são composto por falas dela e de Emma Borden (Clea DuVall, Wendy Peyser em American Horror Story, 2012). Infelizmente ele teve muitas críticas negativas.

Mas sendo um filme psicológico, que conta a história de mulheres contadas por mulheres, infelizmente ainda recebe muito crítica negativa. Mas achei tanto o filme quanto a série muito bons. A história é bem construída e cada parte do filme tem ligação com a próxima cena, deixando você querendo ver o que vai acontecer mais para frente. Você quer saber quem é o culpado o que vai acontecer com as irmãs Borden.

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Lizzie Borden

A série The Lizzie Borden Chrinicles conta o que acontece com as irmãs após o julgamento. São as mulheres que comandam a ação e que correm atrás para descobrir a verdade atrás dos acontecimentos durante a série. É uma séria muito boa para se ver o poder feminino, tanto para o bem quanto para o mal. A série mostra – de forma as vezes visceral – que todos têm um lado bom e outro ruim. A construção das personagens, suas fragilidades e como encontram força para ir atrás do que querem é um ponto forte da série. Mas esteja preparado para ver sangue, porque nenhuma das cenas foi censurada.

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Emma Borden

Então se você estiver perdido pela Netflix, não esqueça de dar uma olhada! Não é sempre que temos séries com essa temática. Ver mulheres em filmes de suspenses de forma empoderada, com a trama voltada para suas conquistas, ao invés de retratá-las como o ápice da sensualidade e fragilidade para agradar ao público masculino, é realmente raro. Então pegue a sua pipoca e vá assistir um pouco de suspense e terror com mulheres incríveis!

Escrito por:

Ilustradora, quadrinista, colorista, amante da arte tradicional. Fã de mangá e anime desde a infância, gamer e rpgista. Amante de livros e viciada em seriados. Seus gêneros favoritos de filmes inclui thriller psicológico e animação. Curte rock alternativo, rock clássico, indie rock, metal (folk, viking e heavy). Sente-se determinada como sua heroína Mulan, mas gosta de abraços quentinhos igual o Olaf.
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