[MÚSICA] O novo álbum de “Carne Doce” é visceral, feminista e lindo

[MÚSICA] O novo álbum de “Carne Doce” é visceral, feminista e lindo

Carne doce é uma banda de Goiânia formada por Salma Jô, Macloys Aquino, Ricardo Machado e Anderson Maia. Após o ep. “Dos Namorados” e seu primeiro álbum autointitulado, é lançado “Princesa“.

Quando se abre na busca de se entender ou aceitar contradições, e por que não os dois? O primeiro disco foi um soco, “Princesa” é produto desse choque mecânico, do amadurecimento fruto do tempo e das mulheres em Salma Jô.

O álbum mescla entre o privado e o público. Dos sussurros políticos aos gritos mais internos, Carne Doce carrega não só o produto de um trabalho em conjunto, mas também as contradições do que é ser mulher e estar na frente em um palco, se afirmando e/ou se desconstruindo.

Em canções como “Cetapensâno”, “Falo” e “Artemísia”, Salma não só reitera essa ideia, mas também inclui fragmentos de um todo que perpassam o universo feminino- como também em “Eu te Odeio”. “Cetapensâno” é uma afronta de verdades; “Falo” bem que poderia ser um hino com seus versos “eu não sou histérica, eu só to histérica/eu não sou neurótica, eu só to neurótica”. Artemísia” resgata uma das lutas mais antigas e importantes do movimento feminista e emociona com sua força. A simplicidade de cada um de seus versos trazem algo que deveria ser óbvio para todas as mulheres e para todos os governos.

Escrito por:

6 Textos

17 anos, procurando saber o que fazer. Enquanto isso, dorme, escreve e problematiza umas coisinhas.
Veja todos os textos
Follow Me :