Quer ver mais mulheres protagonistas na frente das telas? Faça Você Mesma é um documentário de longa metragem que busca pelos desdobramentos do movimento punk feminista Riot Grrrl a partir da trajetória de mulheres que foram e são atuantes na cena brasileira, e em paralelo resgata a história do movimento através de imagens de arquivo de diferentes épocas e entrevistas com diferentes mulheres que viveram na cena punk desde a década de 90.
O projeto
Este é um filme sendo feito por uma equipe majoritariamente de mulheres, investindo seu tempo e força em algo que nós acreditamos e acreditamos que quando fazemos história podemos mudar realidades. Estas histórias até hoje não possuem um registro, sabemos que há milhares de mulheres no meio da música mas, quando surgem nomes para referências quais vem primeiro em sua mente? Este é um inédito registro de mulheres e garotas fazendo uma cena musical desde o início dos anos 90. Quer ver mais mulheres protagonistas nas histórias? Vem com a gente conhecer este projeto que envolve empoderamento feminino e música com muita sororidade.
Faça Você Mesma acredita que é criando cada vez mais narrativas de mulheres onde elas são protagonistas de suas próprias histórias é que iremos ampliar o reconhecimento das mesmas. E reconhecer estas histórias é trazer a tona a importância delas e saber que existe uma lacuna quando falamos em história das mulheres, especialmente na cultura. Quantas mulheres protagonistas vemos sendo retratadas? Quantas histórias das mulheres são resgatadas no Audiovisual e são vistas?
A história de Faça Você Mesma começa com garotas fazendo música em meados da década de 90 em São Paulo. Elas conviviam na cena punk underground e eventualmente se uniram para começar a cena Riot Grrrl. Riot Grrrl quer dizer, na língua norte americana, garota em revolta, o grrrl é uma menção a angry girls ou garotas raivosas. Elas começaram a formar bandas, criando uma cena então só com bandas de garotas, onde o público em sua maioria também era basicamente feminino.
Nos anos 90 e 00’s um número considerável de bandas surgiram como: Lava, The Biggs, Pin Ups, Cosmogonia, Kaos Klitoriano, Dominatrix, Kolica, Same, Hitch Lizard, No Class, Bulimia, Hats, Dog School, Hidra, Wee, Santa Claus, The Dealers, Cínica, Miss Junkie, Go Hopey, Biônica, Las Dirces, Siete Armas, Anti-Corpos, TPM, Lamina, Baby Scream, entre outras, e o que elas tinham em comum é que todas elas queriam fazer parte de algo maior que elas mesmas, e queriam mudar o mundo em volta através de políticas feministas.
https://vimeo.com/221422853