[MÚSICA] Festival Sonora: O som que nasce delas e a união das mulheres na música

[MÚSICA] Festival Sonora: O som que nasce delas e a união das mulheres na música

A primeira edição do Festival Sonora aconteceu entre os dias 29/09 e 02/10, em São Paulo. Ambientado entre o Centro Cultural São Paulo – CCSP, a Red Bull Station, o bar Jazz nos Fundos e até mesmo a estação de metrô São Bento, os quatro dias de evento contaram com a participação de mulheres e artistas de diversas faixa-etárias e atrações inesquecíveis. 

Através de nossa parceria com a produção do evento, preparamos para vocês a cobertura completa das atividades que acompanhamos por lá!

SÁBADO ☾ 29/09

• Debate – Gestão de Carreira com Tiê + As Bahias

Mediado por Tiê e com participação de Assucena Assucena e Raquel Virgínia, do grupo As Bahias e a Cozinha Mineira, o debate levantou questões como a importância do produtor como gestor de carreiras, a necessidade da inovação e tópicos sobre autogestão.

Foto: Fusca Azul Coletivo (reprodução)

• Workshop – Produção: Da ideia à realização com Kátia Abreu + Silvia Ramalhete

Contando com mulheres de todas as idades e promovido no subsolo do CCSP, o workshop tratou de forma abrangente e didática assuntos relacionados à produção executiva, indo da definição da ideia à planejamento e organização, com a presença de Kátia (Dia da Música, Festival Fora da Casinha) e Silvia (Ramalhete Produções), permitindo que o público expressasse suas dúvidas e opiniões, o que trouxe um debate sobre o tema, relato de vivências e até mesmo a formação de parcerias entre participantes.

Foto: Fusca Azul Coletivo (reprodução)

• Show – Karina Buhr

Sob o selo “Máquina Produções”, Karina Buhr deu um espetáculo de voz, performance, sonoridade e até mesmo percussão, colocando os presentes na sala Adoniran Barbosa para dançar, e muito! Confira um trecho da apresentação da música “Eu Sou Um Monstro” aqui.

Nascida em Salvador/BA, em 20 de maio de 1974, Karina Buhr Magalhães mudou-se para Recife/PE aos oito anos, e lá iniciou sua carreira musical em 1992, em grupos de maracatu. Radicada em São Paulo desde 2003, integrou a companhia Teatro Oficina Uzina Uzona, com quem participou de peças, gravações de DVDs e abertura de eventos, o que resultou no Prêmio Shell São Paulo de Teatro em 2002, por melhor trilha sonora.

Após participar de outros projetos, lançou os trabalhos solo “Eu Menti Pra Você” (independente, 2010), “Longe de Onde” (Coqueiro Verde Records, 2011) e “Selvática” (YB Music, 2015). Autora do livro “Desperdiçando Rima” (Fábrica 231, 2015), Karina Buhr é um must para quem gosta da nova música brasileira.

Foto: Fusca Azul Coletivo (reprodução)
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DOMINGO ☾ 30/09

• Debate – Onde Estão as Produtoras Musicais? com Claudia Assef + BadSista + Gabi Lima + Jesus Sanchez

Trazendo à tona questões como machismo e silenciamento no meio de produção musical, a atividade discorreu também sobre gestão de carreira, vivências, sororidade e a dificuldade de encontrar mulheres para a primeira premiação musical exclusivamente para mulheres, promovido entre o Women’s Music Event e a VEVO. Você pode conferir parte do debate aqui.

Foto: Fusca Azul Coletivo (reprodução)

• Show – Soledad Soledad + Marcelle Equivocada

Num duo cheio de voz, presença de palco e um figurino marcante, Marcelle e Soledad (Ramalhete Produções) iniciaram os shows do dia trazendo muita dança para a sala Adoniran Barbosa. Acompanhe um trecho do show aqui.

Marcelle – que se assina Equivocada – nasceu em Sergipe e veio para São Paulo em 2010 estudar Direito. Após transitar para a área de publicidade, produção musical e finalmente cantora, lançou-se no mundo da música com  álbum “One Oh 1” (2010), com produção de Dustan Gallan (do Cidadão Instigado) e o baterista Bruno Buarque. Em seu segundo trabalho, “Equivocada” (2017), se arrisca pela primeira vez como compositora, motivada pelo fato do primeiro álbum contar apenas com composições de outras pessoas, às quais apenas interpretava.

Nascida em Fortaleza, Soledad desenvolve um trabalho híbrido misturando diversas vertentes de produção e indo da performance à composição poética. Buscando descobrir e resgatar estilos sonoros distintos, a cantora executa com maestria e faz com que o resultado final “chegue gostoso no ouvido”. Seu primeiro trabalho, “Soledad” (2017) traz psicodelia, rock e pode ser baixado gratuitamente através das redes sociais da artista.

Foto: Vivian Fernandes

• Show – Badi Assad + Liniker

Encerrando a noite do festival com chave de ouro, Badi Assad se juntou a Liniker num show que lotou a sala Adoniran Barbosa. Entre músicas dos dezoito anos de carreira de Badi e arranjos novos feitos para músicas de Liniker, a parceria fluiu bonito e foi perceptível a comoção tanto da equipe quando da plateia.

Badi Assad (nome artístico de Mariângela Assad Simão) é violonista, cantora, percussionista e compositora nascida no interior paulistano. Tendo iniciado sua carreira já na adolescência, ganhou o prêmio de melhor violonista brasileira no “Concurso Internacional Villa-Lobos”, aos 19 anos, e lançou seu primeiro álbum, “Dança dos Tons” (1989), aos 23. Seu último trabalho, “Singular” (2016) conta majoritariamente com regravações de canções do pop internacional, que foi bem recebido pela crítica.

Também do interior paulistano, Liniker é vocalista da banda Liniker e os Caramelows. Tendo lançado o ep “Cru” (2010) ganhou destaque com a música “Zero” e seguiu para “Remonta” (2010), primeiro álbum do grupo financiado coletivamente através do Catarse, que recebeu elogios da mídia nacional e destaque na imprensa internacional. Atualmente, aos 22 anos, é um dos maiores nomes da chamada “mpb trans“.

Foto: Fusca Azul Coletivo (reprodução)

E foi assim, estourando o tempo do show, que Badi Assad finalizou a última atração do Festival Sonora, que reuniu e uniu mulheres, compositoras, artistas, produtoras, jornalistas e artistas para um final de semana de aprendizado na capital paulista, deixando gosto de “quero mais”.

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Estudante de Produção Cultural, social media na Cérebro Surdo Produções e colunista no portal Timbre. Também proprietária das melhores fotografias em cafés.
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