8 séries de época com personagens femininas marcantes

8 séries de época com personagens femininas marcantes

Por um certo tempo encontrávamos predominantemente séries com homens no papel principal, mas esse cenário mudou. Atualmente temos diversas séries que contam com personagens femininas multifacetadas. E ao acompanhar algumas séries de época vemos personagens que se destacam, são mulheres que lutam por suas crenças e conseguem transformar parte da sociedade ao seu redor. 

Demelza – Poldark

De origem pobre, Demelza (Eleanor Tomlinson) sempre se mostrou como uma mulher decidida e independente. Após seu casamento com Ross, o trabalho dele sempre o deixou fora de Namparra, então ela passa a ser a responsável pela mina, pela fazenda e por sua família, causando muitas intrigas entre a rica sociedade. Por muitas vezes ela é mencionada como a “meretriz de Poldark” ou “mulher da vida”, com quem Poldark casou, apenas por comandar os negócios de seu marido e manter uma boa relação com os trabalhadores do local. A série aborda de forma sucinta as mulheres de diferentes classes sociais do século 18, e como algumas já buscavam a independência sem precisar de um casamento.

Lagertha – Vikings

Sempre criada para ser uma guerreira, ao se casar com o fazendeiro Ragnar, ela colocou em prova o seu espírito guerreiro ao embarcar em suas crenças. Lagertha (Katheryn Winnick) é uma mulher que luta não apenas por sua família, mas também por sua vida e honra. Após vários acontecimentos, ela se torna Earl Ingstad. E devido alguns relacionamentos tristes e abusivos, Lagertha redescobre o amor através de sua relação com outra guerreira, Astrid. Tal relação passa a estabelecer um círculo de confiança e sororidade com as demais guerreiras. A série gira em torno da comunidade viking e mostra como as mulheres eram tratadas no meio daquela sociedade.

Kizzy Kinte – Raízes

A minissérie começa quando o guerreiro Kunta Kinte (Malachi Kirby) é capturado de sua tribo na África e é trazido para a América. Após o nascimento de sua filha, ambos são separados e a história acompanha a jornada de sua filha Kizzy (Anika Noni Rose), que vive os abusos horríveis da escravidão, enquanto luta pela liberdade dos demais escravos. A forma de sua luta e como ela se mantém sã com todos os acontecimentos, é apenas uma parte do que a comunidade negra, que foi sequestrada e capturada de sua terra, sofreu com a escravidão. A força de Kizzie não é apenas de uma sobrevivente guerreira, mas também a força de uma mãe.

Kerra – Britannia

Princesa da tribo celta Cantii, Kerra (Kelly Reilly) sonha com uma vida livre e longe das crenças druidas, que via o casamento arranjado como uma forma de unir tribos rivais. Ao se ver presa após a invasão romana a Britannia, ela junta forças com o reino inimigo da Rainha Atendia dos Regni, para lutar contra a invasão romana. Kerra foge do estereótipo da princesa ao fugir de casamentos e desejar uma vida livre daquela sociedade machista. Sua força de vontade e o seu espírito guerreiro são os propulsores para lutar em nome do seu povo. 

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Frankie Drake – Frankie Drake Mysteries

Ambientada no século 20, Frankie Drake (Lauren Lee Smith), uma ex-oficial do exército, junto com sua amiga Trudy (Chantel Riley), abre um escritório de detetives particulares. A dupla feminina, além de resolver mistérios perigosos, também lida com o machismo que circula na profissão, pois elas ousam desafiar a sociedade daquela época. Enquanto Frankie luta pelos seus casos para se sustentar, Trudy se depara com o desafio da sua mãe não aceitar seu trabalho.

Uma das personagens mais exploradas da série é a oficial Mary Shawn (Rebecca Liddiard). Ela trabalha no departamento da polícia cuja função é sair nas ruas para medir o tamanho das saias e trajes de banhos das mulheres, com intuito de verificar se seguiam o tamanho “adequado” para época, que não mostrasse “demais”. Vendo que não iria crescer muito ali, Mary usa do seu acesso na polícia para ajudar Frankie e Trudy a resolverem seus casos.

Rainha Vitória – Vitória: A Vida de Uma Rainha

Nascida para se tornar rainha, Vitória, por sua vez, é obrigada a se submeter a certas coisas apenas por ser mulher. A forma que a série aborda o assunto da maternidade compulsória se torna muito singela e a espectadora só percebe quando a mesma se diz culpada por não gostar de ficar grávida, odiar amamentar e não gostar dos filhos. E mesmo sendo a Rainha, sua liderança é questionada diversas vezes por ser mãe e mulher.

Anne – Anne with an E

Com uma grande imaginação, Anne consegue enxergar o mundo de uma forma colorida, apenas questionando papéis e formas que o indivíduo está inserido na sociedade. A série também explora vários assuntos, como a sexualidade, casamento, machismo, preconceito e a escolha individual da mulher. Além da sororidade, a série aborda temas ainda considerados tabus para se conversar.

Claire Beauchamp – Outlander

Depois de viajar no tempo, indo parar na Escócia do século 18, Claire (Caitriona Balfe) se vê presa em uma sociedade machista onde mulheres inteligentes eram facilmente subjugadas e julgadas pela sociedade, inclusive condenadas por bruxaria e assassinadas por isso. Ela se depara, ao longo da série, com diversas escolhas difíceis que são intensificadas quando se apaixona, e passa a ficar dividida entre voltar ao século que pertence ou continuar no século 18, passando por várias situações onde sua vida corre risco e o seu conhecimento é utilizado como arma e tentativa para se defender do perigo e do machismo daquela época.

Autora convidada: Taynah Barros é formanda em Dança pela UFRN, graduanda em Letras, mulherista africana, amante do cinema e fã de Star Wars. 

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