“Pixel Ripped 1989” foi lançado em julho de 2018 e é, sem sombra de dúvidas, um dos melhores jogos em realidade virtual já produzidos. Por trás do conceito e do desenvolvimento do game está a maranhense Ana Ribeiro, que contou com o apoio da desenvolvedora brasileira ARVORE Immersive Games Inc para transformar suas ideias em realidade. Fã declarada de Mega Man, Ana Ribeiro conta que o jogo surgiu como um projeto para o mestrado.
Formada em psicologia, em 2009 ela decidiu mudar de vida e trabalhar com algo que realmente a encantava desde a infância: o universo gamer. A partir de então mudou-se para Londres, estudou programação de games e investiu pesado no desenvolvimento desta obra de arte!
O jogo
Desde o início do processo de desenvolvimento, em 2014, “Pixel Ripped 1989“ já se destacava no cenário independente, ganhando a atenção do público e da crítica especializada. Dentro dos gêneros de aventura e de ação, a produção se destaca pela inovação no uso de realidade virtual (VR) mesclada a mais pura nostalgia.
Levando a jogadora para um mundo multidimensional situado entre o fim da década de 80 e início dos anos 90, também traz várias referências aos primórdios da história gamer, em um momento em que os consoles portáteis já despontavam como sucesso.
Em “Pixel Ripped 1989“ você controla a personagem Nicola, interagindo com o cenário 3D que representa ambientes como o quarto e a sala de aula. Inclusive, é na escola que ela tenta finalizar mais uma missão em seu portátil, com todo o cuidado para não ser pega pela professora.
Mas neste jogo você também é Dot, a protagonista do game favorito de Nicola, intitulado Pixel Ripped. Assim como os jogos da época, este também é em 2D e conta com funcionalidades muito mais simples do que estamos acostumadas. No entanto, a graça está justamente em conquistar a jogadora pela experiência de voltar no tempo.
As protagonistas de Pixel Ripped 1989
Nicola é uma garotinha de apenas 9 anos e não precisamos dizer que é viciada no jogo Pixel Ripped. Quando vê o mundo de Dot ameaçado por Cyblin Lord, um super vilão capaz de atravessar o game para invadir o mundo real, sua missão fica clara: ela precisa salvar os dois mundos!
Assim, a protagonista encarna a heroína Dot para resolver puzzles 2D que saltam da tela do seu portátil e se misturam à sua realidade, seja na sala de aula, na escola ou em casa. Tudo isso enquanto tenta viver sua vida como se nada de extraordinário estivesse acontecendo.
Nostalgia e imersão em “Pixel Ripped 1989”
Esse é um dos pontos que garante imersão à jogadora, tanto quanto as funcionalidades de realidade virtual. Quando o vilão invade o mundo real, todo o ambiente chega a escurecer, dando destaque apenas aos elementos do jogo Pixel Ripped, agora no mundo de Nicola.
Outros recursos como o teto mais alto, ou a forma como sempre olhamos para cima quando interagimos com adultos, também reforçam a sensação de estar no controle de uma criança. A trilha e os efeitos sonoros também garantem a viagem no tempo, trazendo boas recordações para quem passou as décadas de 80 e 90 jogando videogame.
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Ao combinar as funcionalidades 2D dos minigames, a interação com o cenário 3D e a imersão naturalmente proporcionada pela realidade virtual, “Pixel Ripped 1989“ consegue reunir a nostalgia da infância ao que há de mais inovador no momento quando se trata de VR. E esta sensação é ainda maior entre aqueles que passaram dos antigos fliperamas para os consoles portáteis, como o Game Boy, até chegar aos computadores e smartphones específicos para a comunidade gamer.
Cativante e premiado
“Pixel Ripped 1989“ já ganhava prêmios desde 2014, mas foi a partir de 2017 que o jogo começou a brilhar de verdade, sendo muito elogiado em eventos brasileiros como a BGS 2017 e a Game XP 2018, onde a desenvolvedora Ana Ribeiro pode compartilhar sua experiência com o público.
No Big Festival 2019, além das indicações a Melhor Jogo e Melhor Jogo Brasileiro, saiu vencedor da categoria Jogo Inovador. Na SBGames, venceu nas categorias Melhor Tecnologia e Melhor Game pelos Desenvolvedores, em 2018. Também passou por eventos internacionais, como PAX EAST, GDC, E3, Berlin Festival e Japan Media Arts Festival.
Homenagem à história dos videogames
A sequência “Pixel Ripped 1989“ já está em produção e conta com a volta do vilão Cyblin Lord e da heroína Dot, retratando o momento de transição dos jogos em ambientes 2D, ainda em 16 bits, para a era 3D, já com 32 bits. A título de curiosidade, 1989 é o ano de lançamento do primeiro Game Boy da Nintendo, então podemos esperar mais easter eggs do novo jogo da franquia que se passa no ano de 1995. E Pixel Ripped é, de fato, um projeto que pretende homenagear a cultura gamer, trazendo títulos que façam esta retrospectiva do desenvolvimento de jogos.
O jogo está disponível para Play Station VR, Oculus Rift e Steam VR. E para quem curte acompanhar o dia a dia em uma desenvolvedora de jogos, as redes sociais do jogo são simplesmente sensacionais! No facebook, no instagram e no twitter, Ana Ribeiro e equipe mostram para o público as novidades, as etapas de desenvolvimento do jogo e a jornada de Nicola e Dot enquanto Pixel Ripped faz história e ganha o mundo!