Os jogos têm estado cada vez mais presentes nas vidas dos brasileiros. Segundo a última Pesquisa Game Brasil (PGB), realizada em 2022, cerca de 74,5% da população brasileira estava jogando em alguma plataforma. Isso significa um aumento de 2,1 pontos percentuais, se compararmos com o mesmo número de 2021.
Esses números revelam que grande parte da população está jogando videogame, então por que não os implementar no plano educacional de jovens e crianças?
A ideia de alguns educadores é implementar a tecnologia que os pequenos já têm em mãos e convertê-las para o aprendizado. Segundo o estudo “Growing Up in Australia: The Longitudinal Study of Australian Children”, crianças que praticam jogos de duas a quatro horas por semana tiveram um melhor desenvolvimento em matemática e inglês na escola.
Essa ideia da educação, aliada à tecnologia, não se restringe somente aos pequenos, mas ela se expande também para universidades e até o ensino médio. Isso porque incentivar competições em jogos educacionais pode acabar servindo como um motivador maior para o interesse nos estudos.
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Atualmente, essa tese já tem sido defendida em algumas salas de faculdade de pedagogia, e inclusive já existem professores ao redor do mundo fazendo uso dessa ferramenta, mas não do jogo em si, e sim do que ele pode oferecer para os alunos.
Um dos melhores exemplos que podemos citar é o de Regina Natacci, professora de Matemática do Ensino Fundamental II e de Biologia do Ensino Médio do Colégio Beka, que utiliza o jogo The Sims nas aulas de desenho geométrico.
Ela comenta que alguns elementos lúdicos do jogo despertam interesse nos alunos, melhorando seu aprendizado, ajudando a superar suas dificuldades em matérias como matemática, por exemplo.
Isso também pode se mostrar útil para alunos mais velhos, que estão se preparando para o vestibular, que podem acabar aprendendo matemática, raciocínio lógico e até mesmo literatura com os games.
Obviamente que tudo isso tem que estar implementado junto de um plano de ensino calibrado para, ao invés de desviar o foco de atenção do aluno, direcioná-lo. Com isso, inúmeros benefícios podem ser vistos no aprendizado.
Desenvolvimento de habilidades criativas
Os jogos eletrônicos que trabalham habilidades artísticas e criativas, como desenhos, pinturas, animações, composições musicais, são importantes para ajudar na formação do aluno. Eles ajudam no desenvolvimento de projetos autorais, e com isso, exploram suas capacidades, e quem sabe não acabam resultando em um interesse em alguma profissão relacionada?
Jogos eletrônicos estimulam o raciocínio lógico
Os jogos auxiliam os gamers a analisarem o cenário, e qual é a melhor decisão tomar para vencer um chefe de fase, ou até mesmo para chegar ao próximo nível. Além disso, também mostra a importância da causalidade, ao respeitarem determinadas regras impostas a eles dentro daquele universo, e acaba ajudando muito na vida real também.
Melhoria da comunicação e interatividade
Além de o aluno possuir um assunto em comum com os colegas, existem alguns tipos de jogos eletrônicos que incentivam o trabalho em equipe para a conquista de determinados objetivos. Esse tipo de atividade pode ajudar na comunicação entre os jogadores e também como trabalhar de forma coesa e respeitosa junto de outras pessoas.
Desenvolvimento no aprendizado
A capacidade de aprender dos alunos é impactada diretamente pelos jogos. Alguns aplicativos usados para aprender a ler, escrever, fazer contas, etc., podem ajudar na produtividade do aluno e na resolução de problemas mais complexos.
