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Efeito Scully: os efeitos de uma personagem na escolha de mulheres cientistas

por Adriana Ibiti · 3 de abril de 2018
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Parecia só uma brincadeira, algo que as pessoas comentavam por aí: muitas mulheres tinham escolhido ser cientistas depois de assistirem e admirarem a personagem Dana Scully (Gillian Anderson) da aclamada série Arquivo X. Aliás, Arquivo X é uma das séries de televisão mais duradouras da história. Está no ar desde 1993, com um intervalo entre 2002 e 2016.

Na trama, Scully é uma médica e agente do FBI que junto com seu parceiro Fox Mulder (David Duchovny) investiga casos inexplicados que envolvem eventos paranormais ou extraterrestres. No entanto, a agente Scully é sempre cética em relação as chamadas “teorias da conspiração”, enquanto Mulder crê piamente que a verdade que podemos comprovar não é a única que existe. É nesse ponto que os dois agentes diferem dos típicos personagens com características masculinas e femininas.

Scully é a racional, a que planeja, calcula, raciocina com a lógica – atributos considerados dos homens. Já Mulder, é mais emocional, se deixa levar por sua intuição e acredita em muito do que não vê – características atribuídas às das mulheres.

Scully

Scully é considerada um dos primeiros exemplos de uma protagonista forte, determinada e independente e, por isso, inspirou uma geração de mulheres a seguir carreiras relacionadas à ciências, tecnologia, engenharia e matemática. É o chamado “Efeito Scully”. E não é brincadeira, não. Faltava comprovar cientificamente, como faria a nossa heroína. Foi por isso que a Fox (produtora da série) se uniu com o Instituto Geena Davis, especializado em pesquisas e ações para impulsionar o protagonismo feminino nas telas.

Para comemorar o último mês de março, considerado histórico para as mulheres, a parceria rendeu uma interessante pesquisa: foi encontrado uma correlação entre as mulheres que assistiam Arquivo X e as escolhas que elas fizeram para as carreiras delas. E é verdade. Elas queriam ser Dana Scully.

Scully

Os números são impressionantes:

1) quase dois terços das mulheres que trabalham nas áreas citadas, dizem que a agente Scully serviu como modelo e aumentou a crença de cada uma na importância dessas ciências exatas;

2) as mulheres que assistiram regularmente Arquivo X têm 50% mais possibilidades de trabalhar nessa área que as mulheres que assistiram menos ou que nunca assistiram à série;

3) as mulheres que assistiram têm 42% mais probabilidade de encorajar filhas ou netas a seguirem estas carreiras que as mulheres que não assistiram.

Scully

A importância dessa pesquisa resulta justamente no fato de ressaltar a importância da visibilidade positiva de personagens femininas e protagonistas na cultura popular, o que comprova o lema do Instituto Geena Davis: “If she can see it, she can be it” (Se ela pode ver, ela pode ser).

É claro, se uma garota nunca viu um exemplo de uma mulher cientista, médica, política, lutadora, heroína, como ela vai imaginar que este pode ser seu lugar no mundo? Os homens têm esses exemplos a toda hora, em todos os lugares da vida social deles, e nós precisamos ter as mesmas oportunidades.

É uma pena que a atriz Gillian Anderson tenha decidido não mais interpretar a agente Dana Scully. Ela pretende seguir outros caminhos. Mas, não importa. Scully já mostrou do que somos capazes e seguirá inspirando outras meninas e mulheres. Afinal de contas, a verdade está lá fora… ou nas telas.

Scully

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Adriana Ibiti

Apaixonada por tudo relacionado ao cinema e ao audiovisual. Gosta principalmente de ver mulheres fortes e felizes nas telonas e nas telinhas. Por isso, depois de trabalhar muitos anos em televisão, decidiu estudar mais sobre o assunto e fez um doutorado no tema pra ajudar na reflexão do papel da mulher no cinema, e poder dividir opiniões e pensamentos com mais apaixonadas/os como ela.

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