Destino: quando Dalí encontra Disney

Destino: quando Dalí encontra Disney

Talvez você já tenha ouvido falar de Destino, curta-metragem perdido que o falecido artista Salvador Dalí produziu em parceira com Walt Disney, em 1945, mas que se tratava de algo tão ambicioso que só veio a ser concluído totalmente em 2003. Bem, o trabalho de 58 anos com certeza valeu a pena, resultando em uma obra prima de efeitos e gráficos espetaculares.O curta se passa em um cenário semelhante ao da obra A Persistência da Memória (1931), apresentando a história do amor que o deus Chronos nutre pela mulher mortal Dahlia.

Destino
Quadro A Persistência da Memória

Embora, vendo pela sinopse, pareça que o personagem principal seja Chronos, Dahlia se mostra como a protagonista desta história. Em meio a cenários surrealistas inspirados nas pinturas de Dalí, Dahlia dança – não sendo sexualizada em nenhum momento – e, com isso, o deus se apaixona pela mesma, inclusive saindo de sua figura inerte para tentar ficar com ela.

Destino

Diante disso, não é incômoda – ou sequer notada – a falta de diálogos do desenho, sendo a trilh sonora, os gráficos (uma mistura de animação tradicional e computadorizada) e as referências artísticas constituintes do curta, suficientes para seu entendimento. A música, inclusive, é uma obra de arte a parte. Com composição de Armando Dominguez e interpretação de Dora Luz, consegue complementar o curta de forma magistral.

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