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[GAMES] GTA: Como a franquia do jogo retrata as mulheres

por Isabel Lima · 28 de março de 2017
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Vamos lá. Todo mundo já jogou ou conhece alguém que tenha jogado a franquia de jogos Grand Theft Auto, ou simplesmente, GTA. Cada jogo da série possui histórias e missões diferentes, mas no geral o jogo obedece a um mesmo padrão que vai apenas se repetindo. Controlamos um personagem, que deve realizar algumas ações para atingir determinados objetivos e ganhar dinheiro. Diversas das ações que são demandadas para o personagem realizar envolvem desde assaltar, furtar carros, fugir da polícia e até mesmo transar com a namorada para conseguir fazer com que esta tenha um orgasmo (sério!).

Além disso, o jogo também é bastante conhecido por sua lista de xingamentos racistas, homofóbicos e claro, machistas. Não viemos falar (hoje) sobre o caráter de conteúdo presente no game, mas de que maneira as mulheres são retratadas na franquia. Primeiramente, é importante ressaltar que GTA é uma série de jogos conhecida e jogada mundialmente, ou seja, exerce uma influência tremenda em públicos de diversas idades, especialmente com o público jovem.

Muita gente reclama que “hoje em dia tudo é problematização”, que não pode existir algo imparcial ou alguma “piadinha”, mas a verdade mesmo é que qualquer conteúdo (inclusive jogos) são repletos da mensagem que querem transmitir. E afinal, como GTA, em toda sua franquia, retrata as mulheres?

GTA

Para começar, a maior representação feminina no jogo ocorre através da prostituição. Possuímos um cenário aberto, onde é possível andar de uma ponta até a outra da cidade, ver as pessoas na rua e os carros em movimento. Ou seja, vemos mulheres na rua, mas não possuímos interação com estas (a menos que seja para bater ou furtar). Desta maneira, a maior participação feminina ocorre quando o protagonista contrata alguma profissional do sexo para satisfazê-lo.

Em GTA San Andreas existia um mod de jogo chamado Hot Coffee, onde o personagem levava as mulheres para seu quarto e tudo que se ouviam eram gritos e gemidos. Porém, com modificações feitas, podia-se controlar como o sexo era feito, o ritmo, as posições. Após isso a empresa produtora, Rockstar, recebeu diversos processos.

GTA

Já em GTA V  ocorre um estereótipo de que mulheres não sabem dirigir. O protagonista do jogo está um estacionamento e fica observando uma mulher tentando estacionar o seu carro, ela tenta várias vezes e não consegue. A mulher faz algumas “barbeiragens” e acaba desistindo. Já não basta na vida onde nós, mulheres, somos taxadas como motoristas ruins (porque só homem sabe dirigir), ainda temos um game que diz a mesma coisa.

Também em GTA V existe a possibilidade de fazer sexo em primeira pessoa. Além dos gráficos serem melhores que dos jogos antigos e de possuir muito mais realismo, as mulheres são ainda mais fetichizadas. O que já entra em outro problema: GTA sempre resumiu mulher em “peitão e bundão”.

GTA

Vale lembrar que a figura do homem é o central de toda a franquia, tanto que em todos os jogos os protagonistas são homens. E só para terminar, já dissemos que GTA permite com que se assassine a profissional do sexo para pegar o dinheiro novamente após transar? (Apologia ao feminicídio, quem sabe?)

Enfim, ao consumirmos um conteúdo, seja qual for, devemos ter consciência do que está sendo transmitido e em como estamos recebendo. Incentivar o assassinato de mulheres, “brincar” com imagens pejorativas atribuídas às mulheres, utilizar o corpo feminino apenas para o prazer do falo e somente, não é uma maneira correta e nem agradável de se transmitir um conteúdo.

GTA é um jogo que nos agride enquanto mulheres.

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Isabel Lima

Feminista e estudante de serviço social. Ama Star Wars e é viciada em gatos. Adora conversar sobre gênero e brinca de ser gamer nas horas vagas. Nunca superou o fim de The Smiths.

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