Com a participação da professora e presidenta da ONG Transvest Duda Salabert, da diretora Galba Gogóia, do diretor Ariel Nobre e mediação da curadora Tatiana Carvalho Costa, o debate “Corpos Políticos” da 22ª Mostra de Cinema de Tiradentes partiu dos dados sobre o extermínio da população trans e travesti, cuja expectativa de vida é de apenas 35 anos no Brasil (e em alguns outros países o número é ainda mais baixo, a despeito de nosso país ser recordista de homicídios de pessoas trans e travestis).
“Precisamos criar imagens trans afirmativas: de pessoas trans e travestis em cargos de chefia, contratando outras pessoas trans e travestis, etc…” — fala do diretor Ariel Nobre. Enquanto não tivermos isso como política pública, não conseguiremos mudar esta realidade absurda e criminosa. — “cotas foram o que auxiliaram na minha transição de personagem de documentário para documentarista” — completa Ariel.
“Quantas pessoas trans e/ou travestis você já contratou? Quantas chamou para trabalhar junto contigo?”, Duda Salabert convida a plateia à reflexão. Palavras ecoadas nas falas de Galba Gogóia. E que todos precisamos ecoar também.