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Twin Peaks
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[SÉRIE] Twin Peaks: 7 curiosidades sobre a série

por Maíra V. · 21 de maio de 2017
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Twin Peaks está de volta neste 21 de maio, mais de duas décadas após o encerramento da segunda temporada. A série é apontada por ser um marco importante no mundo televisivo por conta de uma cinematografia que era incomum para as telinhas. Além disso, a mescla de um universo onírico, bucólico e altamente experimental (lembrando que seu lançamento foi na década de 90) com uma trama seriada envolvendo uma narrativa clássica (“vamos solucionar um mistério”) e personagens complexos, multidimensionais – e um tanto quanto esquisitos – com certeza foi uma fórmula que ajudou a consolidar o posto de ícone pop que Twin Peaks conquistou.

Tudo isso mesmo com alguns percalços durante a segunda temporada, que talvez tenha sido desnecessariamente alongada: segundo David Lynch disse ao New York Times semana passada, ele – que já não estava mais participando da direção e roteiro de todos os episódios – achou bem ruim. A nova temporada será exibida pela Showtime e, aqui no Brasil, estará disponível pela Netflix a partir de segunda-feira, dia 22 de maio. A equipe foi proibida de discutir os rumos dos novos episódios com jornalistas, bem como Lynch e o companheiro de jornada Mark Frost são constantemente evasivos nas entrevistas que dão. Lynch, aliás, contou ao Hollywood Reporter que isso vem de sua própria vontade de não saber nada antes de assistir algo, para não estragar a experiência. Portanto, enquanto ainda é possível apenas imaginar como se dará a recepção da série em tempos de mídias sociais, nativos digitais sedentos por novidades e grandes expectativas do fandom, confira 7 curiosidades sobre Twin Peaks e vá entrando no clima:

1) Uma doença rara atrapalhou a carreira da intérprete de Laura Palmer

Sheryl Lee, a atriz que interpreta Laura Palmer e sua prima Maddy Ferguson, alcançou o estrelato graças à série. Em 2007, foi diagnosticada com uma rara doença sanguínea que faz com que a contagem de glóbulos brancos sejam baixas e deixe a pessoa bastante vulnerável. Além dos danos à saúde da atriz, a doença atrapalhou a carreira e a vida financeira dela – em 2014, precisou vender a casa e sua memorabilia do Twin Peaks, por exemplo. No entanto, ao falar publicamente sobre o assunto, acusou os jornalistas de promoverem sua história com base em sensacionalismo, mais interessados em “vender jornais do que falar a verdade”. Obviamente estará na nova temporada de Twin Peaks e, durante todos esses anos, continuou atuando, sempre que possível. Entre seus trabalhos mais recentes estão participações na série “Rebirth” e um pequeno papel no filme “Café Society“, do Woody Allen.

Twin Peaks

“Te vejo de novo em 25 anos”

2) Coincidentemente, o homem de vermelho já sabia falar “ao contrário”

No episódio “The Path to the Black Lodge”, lá pro final da segunda temporada, os personagens se encontram no ambiente que aparece constantemente nos sonhos do agente Dale Cooper. Várias frases enigmáticas são ditas de trás pra frente, mas de forma “rebobinada”, o que torna os diálogos inteligíveis e assustadores. Sem que ninguém soubesse, o ator Michael J. Anderson, que interpreta o “Man from another place” – o misterioso e pequenino homem vestido de vermelho – coincidentemente já possuía essa habilidade. Ele aprendeu a falar as palavras de trás pra frente ainda na escola, como uma forma de se comunicar com os amigos por meio de códigos secretos. Sendo assim, o que era pra ter sido algumas poucas falas, acabou se tornando conversas maiores – e Anderson foi o responsável por ensinar a técnica para a equipe. Ele, aliás, não está na nova temporada e parece bem bravo com isso, segundo posts raivosos que tem feito pelas redes sociais.

Michael J. Anderson ensina a falar de trás pra frente em um bônus de um DVD do Twin Peaks (em inglês) 

3) O pavoroso Bob era figurinista da série

Frank Silva, figurinista e ator ocasional, estava trabalhando nos bastidores de Twin Peaks quando, acidentalmente, uma câmera pegou o seu reflexo no espelho, segundo contou David Lynch em entrevista a uma edição especial da série em DVD. A partir daí, começou sua história como parte importante daquele universo no papel de Bob, um espírito maligno e possessor. A caracterização do personagem foi feita basicamente com a própria forma de se vestir de Silva, que precisou apenas incluir os trejeitos horripilantes e… Voilà! O ator morreu em 1995.

Twin Peaks

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4) O MIDI de “Laura Palmer’s Theme” tem o formato de Twin Peaks

A música do compositor Angelo Badalamenti, responsável pela trilha sonora da série, é um componente fundamental no tom etéreo de Twin Peaks. De acordo com matéria recente do site Vulture, o “Laura Palmer’s Theme” foi escrito rapidamente e em uma tacada só, no meio de uma floresta, com David Lynch sentado perto dele. O supervisor musical de Lynch, Dean Hurley, afirmou ao site que a simbiose entre o diretor e o compositor é tão grande que o MIDI do tema tem a forma de Twin Peaks. “Toda a série e todo o conceito estão literalmente no DNA da música que foi escrita antes mesmo das filmagens”, disse. Ainda que não seja novidade que melodias “subam” e “desçam”, não deixa de ser uma coincidência muito interessante.

Twin Peaks

MIDI de “Laura Palmer’s Theme”

5) Rainha Elizabeth II estava entre os fãs famosos da série

No livro “Twin Peaks – Arquivos e Memória”, o escritor Brad Dukes afirma, com base em depoimento de Badalamenti, que a Rainha Elizabeth II era fã da série. O compositor disse que recebeu um telefonema de Paul McCartney, que também era fã e queria contar de um “bolo” que tomou da rainha em um dia que um episódio inédito iria ao ar. De acordo com a resenha do Adoro Cinema, o então presidente da União Soviética, Mikhail Gorbachev, era um outro fã famoso e tentou “mexer uns pauzinhos” para descobrir quem matou Laura Palmer, chegando até mesmo a ligar para o presidente George H. W. Bush, que governava os Estados Unidos naquele momento, para pedir uma ajudinha na investigação.

Twin Peaks

“- Ai, que desculpa vou dar pra ir pra casa correndo ver Twin Peaks?”

6) O Japão também entrou na febre “Twin Peaks”

O seriado foi um sucesso no Japão, talvez extrapolando o período de fama que teve nos Estados Unidos, segundo o site Nerdist. O filme “Twin Peaks: Fire Walk With Me”, que não recebeu boas críticas de festivais e grande público, e teve aceitação mais restrita a quem realmente se tornou fã da série, também caiu no gosto dos japoneses. Em 1993, o Georgia Coffee, tipo de café vendido por lá, contratou Lynch para dirigir uma série de comerciais envolvendo os personagens e a atmosfera de Twin Peaks. Confira aqui:

7) A intérprete de Audrey Horne trabalhou também com Jennifer Lynch

A atriz Sherilyn Fenn ganhou o público de Twin Peaks no papel de Audrey Horne, filha do trambiqueiro e alucinado Ben Horne, um dos empresários mais ricos da cidade fictícia. No entanto, o sucesso da personagem não foi apenas por corresponder a um ideal de beleza padrão – inclusive, fugir do papel de apenas “musa” parece ter sido uma batalha pessoal da atriz durante a carreira – e sim por mesclar diferentes nuances, boas e ruins, em uma garota inteligente, manipuladora, doce e complexa. Jennifer Lynch, filha de David, colaborou com o caráter transmidiático da série escrevendo o livro “O diário secreto de Laura Palmer”, na década de 90. Em 1993, dirigiu o controverso filme “Encaixotando Helena”, que nada tem a ver com a série, mas tem Fenn no papel principal, como uma mulher que é amputada por um cirurgião obcecado que a mantém prisioneira em uma mansão. A obra, de modo geral, não foi muito bem recebida.

Twin Peaks

Sherilyn Fenn como Audrey Horne

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Maíra V.

Brasiliense, jornalista e especialista em gênero, sexualidade e direitos humanos pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Adora internet, bandas de minas, livros, ideias novas, lugares diferentes e comidas deliciosas. É autora do blog Vulva Revolução e colabora em diversos projetos legais por aí.

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