Entre clássicos e lançamentos, longas e curta-metragens, a temporada natalina ainda nos toca e é esperada anualmente. Os desenhos dessa lista trazem diferentes olhares sobre o Natal, seja em histórias mais tradicionais ou em tramas modernas e dinâmicas, o espírito natalino se faz presente em todas. Esperamos que as sugestões sejam úteis ao maior aproveitamento do Natal pelas leitoras, principalmente após o difícil ano que nós passamos tanto no Brasil quanto no mundo, e desde já lhes desejamos boas festas. Aproveitem!
Neo Yokio: Natal Cor de Rosa (Neo Yokio: Pink Christmas, 2018)
O anime original da Netflix volta com um especial de Natal bem leve e curioso. Nele, acompanhamos uma história natalina – nos padrões de Neo Yokio – contada pelo mordomo robô Charles a Kaz, enquanto este está de cama na véspera de Natal.
O conto apresenta as peculiaridades da cidade e de seus habitantes, que nos conquistou na 1ª temporada, bem como apimenta a trama com novos personagens e situações de enredo inesperadas. A crítica cômica à elite e seu mundo, porém, continua, de forma que o DNA do anime não se perde nesse especial de Natal, garantindo uma rápida diversão a telespectadora.
O Natal de Angela (Angela’s Christmas, 2017)
Como o próprio narrador diz, às vezes pequenas ideias são as sementes de grandes problemas e que o grande problema é pegar o Menino Jesus da manjedoura da Igreja, não é? Claro que, a princípio, Angela não vê nada de errado, apenas desejando aquecer o bebê exposto ao frio.
O desenrolar da história mostra pequenas gentilezas que, na atual conjuntura, tornaram-se quase irreais para nós, mas que ainda devem e podem ocorrer. O amor familiar também é mostrado no desenho, cabendo a nós ressaltar que ele vai além de simples laços sanguíneos, como demonstrado pela atitude da própria Angela. Um bela história para nos lembrar da facilidade que é ser gentil.
O Grinch (The Grinch, 2018)
A nova versão cinematográfica do livro de Dr. Seuss, “Como o Grinch roubou o Natal” (“How the Grinch Stole Christmas!”) chega como uma versão animada e digitalizada e, para sorte de quem escolhe ver dublado, com a voz de Lázaro Ramos.
A história não muda: o Grinch, em um acesso de amargura e mesquinharia, decide pegar os presentes de Quemlândia para, assim, “roubar” o Natal e acabar com a irritante felicidade dos Quem, mas no fim, ele se arrepende e seu coração cresce, tornando-se ele gentil. Nessa versão, o fato de ser um desenho permite que as partes cômicas sejam incrementadas com maiores engenhocas e interação com os animais, sendo ainda mais divertida do que a versão de 2000.
O Natal de Charlie Brown ou Feliz Natal, Charlie Brown (A Charlie Brown Christmas, 1965)
Para muitos “O” filme de Natal é, na verdade, um curta-metragem. Escrito pelo próprio Charles M. Schulz (criador da série) e dirigido por Bill Melendez, a trama é uma crítica direta ao significado atual do Natal.
Antes uma festa familiar e emocional, o sentido materialista da data incomoda muitas pessoas, inclusive Charlie Brown, motivo pelo qual o mesmo começa a ficar depressivo próximo a data natalina. Lucy então, sugere que ele dirija uma peça teatral, mas a experiência torna-se frustrante, sendo ainda mais difícil para Charlie Brown (re) encontrar o verdadeiro significado do Natal. Além da bela mensagem, é bom, pelo menos uma vez por ano, matarmos as saudades da velha turma.
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O Estranho Mundo de Jack (The Nightmare Before Christmas, 1993)
Apesar de estar em uma lista natalina, é certo que esse filme é a cara de outra grande época comemorativa: o Halloween. Inclusive, este é o principal mote do filme, não é mesmo?
Uma cidade tipicamente halloweenesca, em um determinado ano, decide comemorar o Natal, seguindo a determinação de seu líder não-eleito, Jack. Ele, então, resolve que a melhor opção para reproduzir a data festiva é sequestrar Papai Noel (ou Papai Cruel) e, depois, substituí-lo.
A animação, escrita por Tim Burton, se tornou um clássico cult automático, trazendo personagens peculiares como apenas Burton parece produzir, bem como uma surpreendente história de amor. A história de Natal se mescla ao Halloween dos personagens e do local, o que consegue trazer ambos os sentimentos a telespectadora. Resumindo, uma obra prima.
Alma (2009)
Esse curta metragem espanhol de 2009, nos assombra em apenas 5 minutos com a história agridoce da menina Alma. A menina andava sozinha em uma rua deserta e coberta de neve (sendo esta a única explicação para o curta ser considerado apropriado ao clima natalino) até que, após escrever seu nome em um muro, se depara com uma boneca parecida com si em uma vitrine do outro lado da rua. Ao entrar, vemos que a loja possui várias outras bonecas, mas curiosamente nenhum vendedor, nada que, porém, assuste a pequena Alma.
Um curta metragem ao mesmo tempo sombrio e cativante, que nos lembra de tomar cuidado, mesmo com simples brinquedos, evocando o medo humano do Gótico e do Estranho, e mesmo do mistério do Duplo, como já teorizado por Freud e relembrado por Victoria Nelson. Ora, um terror no Natal não dói, né?
O Expresso Polar (Polar Express, 2004)
Um dos primeiros longa-metragens natalinos da era digital e o primeiro, segundo o próprio Guinness Book de 2006, em que todas as partes do filme foram feitas totalmente com captura digitalizada, traz a história de uma menino, inicialmente, descrente sobre o Papai Noel.
Contudo, na véspera de Natal, um misterioso trem o pega em sua porta, levando-o até o próprio Pólo Norte. Além dos gráficos incríveis e realidade de animação impressionante, a trama e mensagem do filme emocionam. O desejo de manter a inocência infantil, ao menos em relação ao Papai Noel, torna-se um grande objetivo das telespectadoras enquanto assistem, sendo uma distração leve e necessária ao mundo real.
O Boneco de Neve (The Snowman, 1982)
Inspirado no livro de Raymond Briggs, esse desenho esquecido dos anos 80 conta a história da experiência do menino James com um boneco de neve que ganha vida à meia-noite.
Os dois brincam noite adentro, com James mostrando ao boneco as curiosidades dos apetrechos usados pelas pessoas, ao que o boneco retribui ao levar James em uma pequena viagem mágica até outros, também vivos, bonecos de neve, bem como ao próprio Papai Noel.
A pequena aventura de James, apesar de curta, consegue trazer a conhecida magia natalina em seus menos de 30 minutos, além de ser primorosamente dirigida por uma mulher, Dianne Jackson.