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My Roommate is a Cat: emoção e leveza para sua quarentena
MANGÁS/ANIMES, QUADRINHOS, SÉRIES

My Roommate is a Cat: emoção e leveza para sua quarentena

por Juliana Penna · 23 de abril de 2020
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Gatinhos fofos e pessoas introvertidas, duas criaturas feitas uma para outra. Mas será que é assim mesmo? No anime recém lançado em janeiro deste ano, “My Roommate is a Cat“, a relação entre um escritor ermitão (alguém aí ainda usa essa palavra? rs) e a gatinha Haru – que ele encontrou no cemitério e decide levar para sua casa – coloca à prova essa premissa inicial.

De uma maneira bem-humorada e leve, a série desenvolve a relação entre gato e ser-humano sem perder o norte emocional da narrativa: mas afinal, quais as razões e nuances da mente de um introvertido? Um mistério que muitas vezes acomete a eles próprios.

O melhor amigo dos introvertidos

Subaru e Haru em cena de “My Roommate is a Cat”.

Subaru e Haru em cena de “My Roommate is a Cat”. (Imagem: divulgação)

No caso de Subaru, o escritor protagonista desta história, a introspecção se apresenta de forma clássica, indiscutível e, às vezes, extrema. Ele é profundamente antissocial, não gosta de sair de casa (hello, quarentener nato alert!), é desajustado socialmente e gosta mais de viver no mundo dos livros do que na vida real. Um exemplo perfeito de personagem hikikomori. Sua inabilidade e preguiça para com outros seres humanos é tanta, que até com os próprios pais ele tinha dificuldade de conviver, preferindo ficar sozinho em casa do que viajar com eles. Até que numa dessas viagens, eles não voltaram mais.

A morte de seus pais é claramente o que guia grande parte de suas ações e é muito do que alimenta, por incrível que pareça, sua própria introspecção. Ao mesmo tempo em que ela é a causa, pois já estava presente antes do acidente de seus pais, ela é retroalimentada em sua recusa em buscar novos relacionamentos. Ou seja, a introversão é a causa da sua culpa e, ao mesmo tempo, seu mecanismo de defesa. Doido, né?

A gatinha Haru está rodeada por cerejeiras em “My Roommate is a Cat”.

Haru em cena de “My Roommate is a Cat”. (Imagem: divulgação)

Culpa e redenção em “My Roommate is a Cat”

Não é a toa que ele achou Haru, a gatinha que resolveu levar para casa, num cemitério. O encontro meio ocasional (e fruto de leves arrependimentos depois) tem tudo a ver com o seu relacionamento com seus falecidos pais. Suas interações com a gatinha, meio desajeitadas e mal compreendidas, funcionam como um belo microcosmos que reflete sua comunicação com outros seres humanos. Arisca e desconfiada, Haru parece ao início querer recuar de toda e qualquer manifestação de afeto. Sem saber o que o outro está pensando, ambos se manifestam de maneira ininteligível entre si. Diversas vezes, ele confunde desconfiança com agressividade, quando na verdade tudo o que Haru quer é protegê-lo e compensar pela generosidade que recebeu. 

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GIF da gatinha Haru se espreguiçando em cima de um notebook

Cena de “My Roommate is a Cat”. (Imagem: divulgação)

De fora, nós conseguimos enxergar esse impasse graças à versão de Haru que é contada em um segmento separado. Ou seja, vemos exatamente os mesmos acontecimentos do ponto de vista dela e do escritor – e suas hilárias contradições. Esse é o toque de gênio desse anime e de onde vem seus melhores momentos. À medida em que ele descobre como cuidar e se “comunicar” com Haru, ele também vai se tornando uma pessoa melhor e estabelecendo melhores relacionamentos com as pessoas que restam ao seu redor.

Adaptado do mangá homônimo escrito por Minatsuki e ilustrada por Asu Futatsuya, este anime é um exemplo perfeito de slice of life raiz. As peripécias de Subaru e Haru, embora feitas para desanuviar e trazer leveza para o seu dia, carregam emoção o suficiente para nos despertar interesse e nos manter engajados com os personagens. Além disso, a arte e o estilo da obra original foram bem adaptadas para as telas, mesmo sem apresentar nada de muito especial nesse quesito. 

Subaru e Haru em "My Roommate is a Cat".

Subaru e Haru em “My Roommate is a Cat”. (Imagem: divulgação)

Em resumo, este é um ótimo programa para trazer emoção e leveza para sua quarentena. Diversão sem culpa e sem perigo. Talvez só o risco de querer adotar um gatinho depois!


Edição/revisão por Mariana Teixeira.

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Juliana Penna

Criança que queria ser bailarina, depois foi querer virar oceanógrafa, que depois sonhou em ser fotógrafa da National Geografic, para depois querer ser escritora. Acabou virando jornalista (no diploma) e professora (na carteira de trabalho – RIP). Adulta, só daqui uns anos.

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