Frustrada com a rotina, a advogada Luisa decide tirar férias na pequena cidade de Hinterberg para se reencontrar. Lá, ela aprecia belas paisagens, conhece novas pessoas e, o mais importante, caça monstros. Dungeons of Hinterberg é um jogo que mistura exploração de masmorras, relações sociais e combate hack’n’slash. Desenvolvido pelo estúdio independente austríaco Microbird Games, está disponível para PC e Xbox Series, e faz parte do Game Pass.
Uma cidade mágica em Dungeons of Hinterberg
Três anos atrás, Hinterberg passou por uma grande transformação. Surgiram portais mágicos em diversas regiões, transportando para masmorras repletas de monstros e quebra-cabeças. Acostumada a um turismo voltado às belezas naturais, a cidade se viu abarrotada de pessoas de todo o mundo que queriam conhecer a magia. A jogadora controla Luisa, uma dessas turistas, determinada a completar todas as 25 masmorras.
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Durante a travessia da Masmorra dos Iniciantes com o guia turístico Klaus, um terremoto abala a região, levantando questionamentos sobre a segurança da magia como atração turística. Assustada, Luisa é convencida por Alex a perseverar e continuar explorando.
Mecânicas do jogo e regiões
Todo dia, Luisa pode visitar uma de quatro regiões, que são liberadas no decorrer do jogo. Cada região, portanto, está situada em um bioma diferente e possui masmorras, que são descobertas ao explorar a superfície.
No entanto, há duas magias exclusivas para cada região, usadas tanto para resolver quebra-cabeças nas masmorras quanto durante o combate. Em Kolmstein, por exemplo, Luisa recebe um raio de luz e uma prancha de energia que permite surfar na neve e realizar um grind em corrimãos mágicos.
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Um caldeirão de referências
É difícil falar de Dungeons of Hinterberg sem apontar as referências claras dos desenvolvedores. Assim como os games da série Persona, o jogo apresenta um loop com diferentes atividades durante cada momento do dia.
Por exemplo, de manhã, Luisa toma café, frequentemente em uma conversa que avança a narrativa. No começo da tarde, ela vai para uma das regiões disponíveis, onde pode escolher entrar em uma masmorra ou passar a tarde em um local pitoresco para aumentar seus atributos.
À noite, o jogo incorpora social links, diretamente inspirados por Persona. Hinterberg é habitada por influenciadores digitais, vendedores locais, turistas antigos que sentem falta dos tempos pré-magia e caçadores dedicados a vencer as forças do mal. Luisa pode conversar com essas pessoas, que revelam complexidade ao longo das interações.
Temáticas abordadas no jogo
Temas como saúde mental, ambientalismo e as consequências da apropriação capitalista dos bens naturais são abordados em Dungeons of Hinterberg. Avançar nos relacionamentos com essas pessoas traz recompensas que ajudam na exploração e no combate.
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Além disso, o verdadeiro trunfo do jogo está no design de nível de suas masmorras. Fortemente inspiradas na franquia Zelda, cada masmorra apresenta mecânicas, quebra-cabeças e formas únicas de utilizar as magias da região. Em uma delas, os quebra-cabeças estão reunidos em uma única sala, resolvidos para chegar a uma sala no topo.
Outra apresenta uma série labiríntica de portas. Algumas masmorras, aos moldes de Nier: Automata, mudam a perspectiva do jogo de câmera clássica em terceira pessoa para uma visão isométrica ou de rolagem lateral em 2D. Essas mudanças, no entanto, trazem possibilidades únicas de jogabilidade, como em uma masmorra que parece uma sequência de obras de M. C. Escher.
Mecânicas de combate
Dungeons of Hinterberg vale a pena?
Por fim, Dungeons of Hinterberg é uma experiência que agrada em diversos aspectos: paisagens surpreendentes, combinação de ação, puzzles e interação social, design de nível inventivo e combate divertido. A história traz à tona debates importantes, mesmo que não se aprofunde muito neles. Com suas masmorras incríveis, não é surpresa que tanta gente queira passar as férias na pequena cidade no interior da Áustria.