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DELIRIUM NERD
Negras no Rock
MÚSICA

[MÚSICA] Mulheres Negras no Rock: De Sister Rosetta Tharpe ao esquecimento

por Tânia Seles · 17 de julho de 2017

Qual é o papel das mulheres negras no rock? Que destaque elas têm? Quantas mulheres negras que fazem rock você conhece? Elas são reconhecidas e respeitadas?  Vamos falar das mulheres que foram pioneiras e que não receberam o devido reconhecimento sendo, muitas vezes, apagadas da história, mesmo que elas tenham servido de alicerce e influência para nomes que seriam considerados grandes, mas que sem elas teriam uma história muito diferente para contar.

Começando nos anos 1930 e seguindo até a atualidade, vamos conhecer grandes mulheres negras, artistas, cantoras e influenciadoras, que merecem ser muito mais celebradas e respeitadas pelo trabalho que fizeram.

O nascimento do Rock com Sister Rosetta Tharpe

Negras no Rock, Sister Rosetta Tharpe

Para muitos, Elvis Presley é o rei do rock e inventou o negócio quando misturou o blues com o seu balançar de quadris, mas duas décadas antes Sister Rosetta Tharpe já começava a definir o que para muitos seria o embrião do rock, misturando o gospel com o blues. Filha de uma pastora evangélica, ela nasceu em 20 de março de 1915 em Cotton Plant, no Arkansas. Nos anos 1920 já cantava música gospel e tocava guitarra. Ela era uma das poucas guitarristas negras da época, mas foi nos anos 1930 que ela despontou com a sua guitarra em punho e com hits como Rock Me e The Lonesome Road.

Ela foi a primeira artista gospel a assinar com uma grande gravadora, em 1938, e fez muito sucesso nas décadas seguintes. Percorreu os Estados Unidos e levou o seu som para o Reino Unido quando começou a perder espaço nos EUA. Ela influenciou nomes como B.B King, Chuck Berry, Little Richard e o próprio Elvis, abrindo caminho para o que seria o tal do “Rock’n’Roll”.

Bob Dylan já chegou a afirmar que ela é a essência do Rock. Muitos a chamam de “Madrinha do Rock”, “Avó do Rock”, “Mãe do Rock”, mas a verdade é que foi ela quem criou o estilo, ela que influenciou os que vieram depois. Quem veio depois que tenha respeito!

 

Veja o documentário sobre a vida de Sister Rosetta Tharpe:

 LaVern Baker e o “whitewashing” de seus sucessos

Negras no Rock, LaVern Baker

LaVern Baker, 1957 – Foto por Jerry Schatzberg (Reprodução)

Já nas décadas de 1950 e 1960 podemos citar LaVern Baker e Big Mama Thornton tocando o seu Blues e R&B e influenciando grandes nomes no processo. Nos anos de 1950 o Rock and Roll emergiu como um dos gêneros dominantes do momento e LaVern Baker se tornou uma das primeiras divas do rock, com os sucessos Jim Dandy, Jim Dandy Got Married e Humpty Dumpty Heart.

Ela nasceu em Chicago, em 11 de novembro de 1929, e foi uma das pioneiras do R&B, ficando famosa na década de 1950 com a música Tweedle Dee. Ela também trabalhou na televisão, participando de filmes como Rock, Rock, Rock e Mr. Rock & Roll.

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LaVern Baker sofreu em sua carreira com o roubo e o “whitewashing” de alguns de seus maiores sucessos, o que impediu o reconhecimento do seu talento. Na época era comum que cantores brancos regravassem músicas de artistas negros sem permissão para tocarem em rádios brancas, fazendo sucesso em cima do talento de artistas negros e, ao mesmo tempo, apagando a história e o trabalho dos mesmos, impossibilitando que eles alcançassem o sucesso.

Georgia Gibbs, uma cantora branca que fez carreira roubando músicas de artistas negros, regravou Tweedle Dee apenas algumas semanas depois de LaVern Baker lançá-lo e vendeu milhões de discos, mais tarde também roubou as músicas Tra La La e Jim Dandy. A coisa era tão descarada que Baker, decepcionada com a atitude de Gibbs, enviou uma apólice de seguro de vida para ela com uma nota que dizia: “Se alguma coisa acontecer comigo, você está fora desse negócio.”

Big Mama Thornton e o apagamento de sua história

Negras no Rock, Big Mama Thornton

Big Mama Thornton (em torno de 1950)

Big Mama Thornton nasceu “Willie Mae Thornton”, em 11 de dezembro de 1926 em Montgomery/Alabama. Assim como muitas cantoras de sua época, começou a cantar na igreja Batista; ela era filha de um pastor e uma cantora. Aos 14 anos, após a morte de sua mãe, começou a trabalhar em um bar, onde conheceu Sammy Green e entrou para o Hot Harlem Revue. Ela trabalhou com eles por sete anos e em 1948 foi para Houston, no Texas, seguindo em carreira solo. Assinou contrato com uma gravadora e em 1952 gravou Hound Dog, hit que lançou Big Mama ao sucesso.

Em 1956 Elvis regravou Hound Dog e a levou para uma audiência branca, fazendo muito mais sucesso e ganhando muito mais dinheiro que Big Mama Thornton recebeu pelo trabalho. Contudo, a versão de Big Mama é muito melhor que a do tal Rei do Rock. Big Mama, com a sua voz forte e pesada e com as suas performances no palco criou os alicerces para Janis Joplin e muitas outras cantoras. Joplin regravou Ball ‘n’ Chain de Thornton e o tornou o seu cartão de visitas quando ela alcançou a fama.

Ela influenciou inúmeros cantores e cantoras com a sua voz única, mas nunca recebeu o devido crédito pelo seu talento. Ball ‘n’ Chain foi eleita pelo Rock and Roll Hall of Fame uma das 500 canções que moldaram o Rock and Roll, porém Big Mama Thornton morreu sozinha, esquecida e pobre em 1984.

Até aqui falamos de mulheres que foram fundamentais para que o Rock and Roll tomasse o formato que tem hoje, mas que tiveram suas histórias apagadas, suas músicas roubadas e o seu talento esquecido pelo simples fato de serem mulheres negras. Na segunda parte seguimos para os anos 1960, com o furacão Tina Turner.

Ouça a nossa playlist especial Mulheres Negras no Rock:

“Julho é o mês da celebração da luta e da resistência da mulher negra. Marcadamente, o dia 25 representa o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha. Durante todo o mês, núcleos e coletivos articulam entre si campanhas de cultura, identidade e empoderamento dessas mulheres.” #JulhodasPretas

Fontes:
Sister Rosetta Tharpe: the godmother of rock’n’roll
Mulheres que Fizeram História – Sister Rosetta Tharpe: A Madrinha do Rock’N’Roll 
LaVern Baker Biography.com 
Before Elvis and Janis there was Big Mama Thornton

Texto originalmente publicado em Sopa Alternativa.

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Tânia Seles

Formada em artes visuais e apaixonada por arte, música, livros e HQs. Começou escrevendo sobre música e se apaixonou pela escrita. Atualmente pesquisa sobre mulheres negras no rock. Seu blog é o Sopa Alternativa.

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