[MÚSICA] PWR Records: elas querem dominar o mundo!

[MÚSICA] PWR Records: elas querem dominar o mundo!

Formada por Letícia Tomás, Hannah Carvalho e Bells Delfiol (a parte paulista do selo), a PWR Records teve seu início há um ano atrás, depois de Letícia, Hannah e Nanda Loureiro, integrante do selo cearense Banana Records, terem criado uma planilha colaborativa com o objetivo de mapear bandas que tivessem ao menos uma mulher na sua composição. A planilha pode ser acessada aqui e continua aberta recebendo nomes, servindo de fonte para muitas descobertas musicais interessantes. 

Letícia conta que no início “aceitávamos todas as bandas, queríamos trabalhar com todos os projetos que tivessem ao menos uma mulher”, mas com o tempo as PWR girls notaram que não é possível trabalhar com todo mundo. “Somos apenas três”, ela justifica. Portanto, desde setembro de 2017, a postura tem mudado quanto às bandas que entram para o time do selo: “a gente tá dando preferência para bandas do nordeste e, apesar do critério inicial de ter ao menos uma mina na banda, a gente espera que ela tenha um papel de destaque nisso, esperamos que ela dê entrevistas e fale em nome do projeto”.

A PWR é faz-tudo, desde booking, produção artística e fonográfica, assessoria de imprensa, até o merchandising, e se necessário, trabalho em rede social também. “Se precisar, é só chamar”, diz Letícia.

Além disso, o selo já ofereceu quatro oficinas ensinando como tocar alguns instrumentos musicais, e um dos planos para o futuro é a expansão das oficinas para o campo do audiovisual. Também acontece, esporadicamente, a Jam das Minas, ocasião em que meninas são convidadas a participarem da apresentação de músicas em uma espécie de show coletivo improvisado.

PWR
Hannah Carvalho e Letícia Tomás. Imagem: Reprodução

Balanço de um ano de (r)existência e perspectivas para o futuro

Letícia conta que a PWR pretende ainda oferecer mais oficinas, pois diz ter notado que “muita menina não tá na música porque não foi incentivada a aprender a tocar nenhum instrumento”. As gurias ainda querem fazer mais eventos no nordeste, aumentando sua presença na cena musical local: “apesar da maioria das nossas bandas ser do nordeste, fizemos apenas quatro eventos por aqui, até porque o sudeste acaba sendo mais financeiramente rentável, mas queremos mudar isso e fazer as coisas acontecerem aqui”.

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O selo PWR Records foi responsável pela organização de 5 turnês, lançou cerca de 16 bandas e ofereceu quatro oficinas, mas as gurias não estão nem pensando em parar por aí: “nosso objetivo é dominar o mundo!”, Letícia fala o que parece até uma piada interna, mas é de toda a seriedade possível. “No início, não éramos levadas a sério, mas agora todo mundo já viu que não estamos aqui de brincadeira”.

Quando perguntada sobre o que ela diria para quem quer começar agora, seja na área musical ou não, Letícia é rápida: “encontra amigas e faz! A internet tá aí pra isso, é tudo de graça”.

Veja mais sobre o selo aqui: PWR Records Bandcamp / Facebook

Foto destacada: Reprodução do Facebook da PWR Records.

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Gaúcha moradora do Recife. Estudante de jornalismo com um pé (ou quase o corpo todo) nas artes. Acha que falar sobre si mesma na terceira pessoa é muito estranho.
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