[MÚSICA] Em 5 dias, SIM São Paulo mostra porquê é uma das maiores feiras latino-americanas do meio musical

[MÚSICA] Em 5 dias, SIM São Paulo mostra porquê é uma das maiores feiras latino-americanas do meio musical

A quinta edição da SIM São Paulo – Semana Internacional de Música, que ocorreu na capital paulista entre os dias 6 e 10 de dezembro, teve números expressivos e participação feminina marcante – com 50% de presença na programação. Foram 5 dias, 50 palestras/debates/workshops, 27 artistas e bandas no palco do Centro Cultural São Paulo, 130 em outras localidades, 40 eventos distribuídos por São Paulo e 24 lugares diferentes.

A equipe da Delirium participou de algumas das atividades e agora compartilha com vocês o parecer sobre as que mais chamaram nossa atenção, vem com a gente!

SIM São Paulo
Foto: SIM São Paulo

Logo na primeira atividade a SIM São Paulo deixou o recado: valia a pena estar participando de algo tão importante. A noite de abertura, que ocorreu na Casa Natura Musical, contou com discotecagem de DJ Donna, shows de Ava Rocha, Jards Macalé e presença de nomes do meio musical brasileiro e internacional – produtores de grandes festivais nacionais e representantes de países como Canadá, México e Argentina não deixaram o evento passar batido.

Além de iniciar a nova edição, a noite também teve o propósito de celebrar a própria SIM São Paulo que, com Fernanda Batistela (Inker Agência) na direção, passou por notável crescimento e atingiu neste ano sua quinta edição, trazendo o tema “O Futuro na Música”.

SIM São Paulo
Foto: SIM São Paulo

Na quinta-feira (07/12) a equipe participou do workshop “Produtor não é canivete suíço! Para cada função, um profissional especializado”, que contou com a presença de Verônica Pessoa, Rafael Erdei, Carol Pascoal, Débora Campos, Marcello Lobatto e mediação de Ricardo Rodrigues. Tema indispensável para iniciantes na produção, o workshop abordou a importância de termos profissionais com funções bem definidas de acordo com suas capacitações para que o projeto se desenvolva com sucesso.

Às 20h foi a vez da Noite PWR Records, com shows de My Magical Glowing Lens (ES), Musa Híbrida (RS) e Winter (LA/California), foi hora das minas tomarem conta da Breve. O selo independente PWR records existe desde 2016 e sua proposta é trabalhar com projetos que tenham mulheres na formação – você pode ler mais sobre nesta matéria publicada em outubro.

SIM São Paulo
Foto: Filipa Andreia

A sexta-feira (08/12) foi dia de participar do painel “Por elas e pra elas. Os festivais das mulheres.”, com Claudia Assef, Camila Garófalo, LaBaq, Aíla, Karol Zingali e mediação de Maithe Bertolini. Dessa vez o assunto foi festivais produzidos por mulheres para mulheres e a importância de termos um segmento do gênero no de produção, seja como forma de empoderamento, seja como forma de resistência.

Mostra SÊLA, que ocorreu sábado (09/12) na Casa Natura Musical, pode ser considerada um dos pontos altos no quesito protagonismo feminino. Reunindo dez artistas femininas – Nina Oliveira (SP), Luana Hansen (SP), Luedji Luna (BA), Camila Garófalo (SP), Ana Larousse (PR), Letrux (RJ), Luiza Lian (SP), Maria GadúAna Cañas (SP) e Ekena (SP) – numa mesma noite, contou com público diversificado e muita emoção! Saiba mais sobre a Sêla aqui.

SIM São Paulo
Foto: Sêla Musical (Facebook)
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Também com line-up totalmente feminino, domingo (09/12) nos presenteou com a Noite Feminine Hi-Fi no Mundo Pensante, apresentando Laylah Arruda (SP), Dj Donna BSB (BSB) e Thabata Lorena (MA) e trazendo uma discotecagem que abrangeu todas as fases da música jamaicana. Saiba mais sobre o projeto paulistano Feminine Hi-Fi aqui.

Além da programação recheada com as mais diversas atividades, a SIM São Paulo chama atenção por uma das diretrizes da music convention: 50% da programação deve ser feminina. Em entrevista à revista Claudia, Fabiana Batistela (diretora do evento), explica que a regra foi aplicada a partir da quarta edição, já que segundo a mesma “basta pensar um pouco mais para encontrar um bom nome feminino para aquilo que se procura, essa regra é para prestarmos atenção não só no primeiro nome que vem à nossa cabeça, que normalmente é masculino”.

A SIM São Paulo não é apenas uma feira do mercado da música. Em cinco dias, a Semana Internacional de Música provou ser uma oportunidade para novas relações, experiências, conhecimento, oportunidades profissionais e também de muita resistência feminina: cada momento vivido no evento é único!

Confira a programação completa do que rolou aqui!

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Estudante de Produção Cultural, social media na Cérebro Surdo Produções e colunista no portal Timbre. Também proprietária das melhores fotografias em cafés.
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