Sakura Clear Card-hen: A sequência que não sabíamos precisar!

Sakura Clear Card-hen: A sequência que não sabíamos precisar!

Quando a sequência dos amados mangá e anime shoujo Sakura Card Captors foi anunciada, em meados de 2016, a animação do público fã da série original foi evidente. Tendo sua publicação iniciado em julho de 2016, com um total de 5 volumes, e a adaptação em um anime de 22 episódios sido transmitida entre janeiro e julho de 2018, a continuação da história da nossa caçadora de cartas mágicas favorita apresentou novos personagens e elementos e, assim, incrementou e aprofundou uma trama inicial, por si só, envolvente.

A história retoma de onde o mangá – e anime – original parou. Agora na sétima série (o antigo colegial), os conhecidos protagonistas retomam a caçada às cartas mágicas após um evento estranho que, de uma tacada só, faz as Cartas Sakura ficarem transparentes – e sem poderes mágicos – e desencadeia o surgimento de eventos muito parecidos àqueles comuns das antigas Cartas Clow. Sakura então passa a enfrentar tais forças de origem – inicialmente – desconhecidas, tendo como apoio os personagens antigos e especialmente Syaoran Li, que retornou ao Japão.

Sakura
De volta aos velhos tempos

Quanto aos personagens, não houve muitas mudanças. As personalidades de Sakura, Tomoyo, Syaoran, Toya, Yukito, Meiling, Kero e companhia permaneceram, o que não é muito surpreendente, já que o grupo CLAMP ainda é o responsável pelo mangá, bem como que a equipe do anime, que terminou em 2000, retornou para a sequência. Assim, a princípio, não eram esperadas mudanças ou grandes diferenças de animação e construção narrativa para a sequência, sendo o principal fator de ansiedade – e preocupação – o enredo.

Afinal, o fim apresentado em 2000, em suas diversas plataformas, não deixou muitos espaços para novas suposições ou mesmo uma nova história. A origem dos personagens e das Cartas Clow haviam sido satisfatoriamente explicados, bem como a parte do romance entre Sakura e Syaoran havia terminado de forma coerente para duas crianças de 11 anos. Então, o que exatamente seria essa nova proposta de enredo da sequência?

Bem, para a nossa surpresa, o mistério mágico em volta das Cartas Clow e Sakura, inclusive da própria dimensão do poder das mesmas, ainda tinha mais a nos mostrar, como a sequência bem nos provou.

Sakura
Sakura, Kero e uma nova Carta
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Apesar de, sim, haver uma explicação na série original da origem do poder das Cartas (sejam elas Clow ou Sakura), bem como do poder de Sakura, não nos foi explicado a dimensão desse poder. Além disso, só é efetivamente mostrado uma organização mágica conhecedora do poder das Cartas, aquela comandada pelo clã Li. Ora, na sequência é realizado – parcial e integralmente – um aprofundamento acerca de ambos os assuntos, porém, adiantamos, apresentando majoritariamente mais perguntas do que respostas.

Acontece que, aparentemente, existem diversas organizações mágicas ao redor do mundo, divididas majoritariamente entre Hong Kong, Japão e Inglaterra (para onde Eriol retornou no fim do arco clássico). Na história, conhecemos mais sobre uma em particular – além de um pouco mais sobre àquela que Syaoran herdará um dia – que tem relação direta com a mudança física e mágica das Cartas Sakura, bem como com o surgimento de novas Cartas. Tal evento tem raízes e motivos mais profundos e sombrios do que pensávamos ser possível no universo de Sakura, levando a trama à um novo patamar narrativo.

Sakura
Sakura e Akiho, uma das novas personagens

Ora, o poder da Lua e do Sol tratado na história como um todo se revela de capacidades maiores do que mostrado na série original, sendo certo que poderão servir para atos além dos controlados e relacionados às Cartas. Assim sendo, o desenvolvimento do enredo é indiscutível, havendo elementos claros de mistério e suspense ao longo dos episódios e volumes. No anime, as dicas acerca do motivo e objetivo final da trama são indicados, inteligentemente, ainda pelos títulos dos episódios, que são, curiosamente, parecidos com aqueles do anime original.

Apenas no fim do anime, mais ou menos no episódio 20, que nos é confirmado o motivo para tanto, estando este diretamente relacionado não com as Cartas, mas com a própria Sakura. Afinal, o nome da série não leva o nome dela à toa.

A protagonista surge como um fator essencial ao seu próprio crescimento, seja ele como pessoa ou como caçadora de Cartas. Agora que tudo está mais claro, e não há realmente um mistério em relação a maioria dos personagens, o andamento do anime permite o maior foco no desenvolvimento dos poderes de Sakura e o que isso significa não apenas para a temporada, mas para o universo mágico abordado. Universo este que é muito mais intrincado e amplo do que indicado no arco original, havendo um crescimento proporcional aos poderes de Sakura.

Os poderes, as Cartas, os magos, as sociedades e as criaturas mágicas, além da beleza já conhecida da animação, nos convidam a essa nova aventura sem haver muitas chances de negativa. No mais, para melhorar ainda mais, a trilha sonora é o complemento perfeito da nova empreitada de Sakura, tal como foi feito anteriormente há pouco mais de oito anos.

Sakura

Dito isso, não há dúvidas da qualidade da sequência, seja quanto ao enredo, a trilha sonora ou a animação. A única parte ruim, que serve para nos incitar mais do que qualquer coisa, é o fim incompleto da nova trama, terminando de uma forma completamente aberta a previsões e – por que não – chutes.

Não há confirmação de uma segunda temporada para as telinhas ainda, apesar da história ter continuado no mangá (ainda que com diversos fios soltos a amarrar, a propósito), mas por certo a transição para animação é algo que vale a pena esperar e desejar!

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