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[GAMES] Dandara: conheça o game brasileiro que traz uma mulher negra como protagonista!

por Letícia Motta · 1 de fevereiro de 2018
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Dandara é o mais recente projeto do estúdio mineiro Long Hat House, formado apenas por João Brant e Lucas Mattos. Finalista do Big Festival de 2016 e com outras importantes nomeações no cenário, como destaque e também finalista na SB Games como melhor jogo, a experiência que os desenvolvedores buscaram oferecer é a de um metroidvania, isto é, um famoso subgênero de jogos de ação e aventura, inspirados em conceitos das famosas séries Metroid e Castlevania, onde há um enfoque baseado na navegação de espaços em 2D.

Composto por um charmoso visual em 2D e uma estética em 16-bit, Dandara também conta com uma mulher negra como protagonista e um enredo bastante influenciado por produtos histórico culturais. Dandara dos Palmares, personalidade histórica que viveu em Alagoas durante o durante o século XVII e lutou contra a escravidão, é uma das principais referências. Outra referência bastante presente na arte do game é a obra “Abaporu”, de Tarsila do Amaral.


Os desenvolvedores afirmaram que cogitaram tratar sobre a escravidão no Brasil, com Dandara como principal referência para a protagonista. No entanto, deram conta que não tinham a proximidade necessária para falar sobre um assunto tão complexo, visto que se classificam como ”dois homens brancos formados em ciência da computação”. Afirmaram também que não possuem um vasto conhecimento em história e sociologia, muito menos o entendimento sobre o preconceito e a dor enfrentada pela população negra. Sendo assim, Dandara não é guiado pela história escrita por dois homens que não tem experiência sobre o assunto.

Outro ponto a ser mencionado é que a Dandara do jogo não representa a Dandara dos Palmares, e sua história busca recriar ou se relacionar com os fatos históricos do Quilombo dos Palmares. O fato de a personagem ostentar um belo black power apenas deixa claro que a equipe teve liberdade artística de criação, buscando criar uma protagonista fora do padrão e estereótipo atual.

Dandara

Apesar disso, a luta pela liberdade é o principal tema que direciona o enredo, assim como a figura da própria Dandara, uma guerreira que busca libertar seu povo em Sal, um mundo oprimido pelo tirano Eldar e seu exército. Para guiar essa narrativa, uma das principais inspirações para os desenvolvedores foi a obra “A Revolução dos Bichos”, de George Orwell. Ambas as produções tratam de casos em que há oprimidos e opressores, mas também há muita resistência para combater essa situação.

Alguns comentários no twitter elogiam a representatividade presente no game: ”Minhas filhas podem ver a si próprias nos videogames. Eu estou feliz.”

A jogabilidade em Dandara funciona de uma maneira bastante simples. Como jogadora, você deverá explorar o mundo de Salt por meio de saltos rápidos e fluidos de qualquer superfície, sem as restrições da gravidade e em ambientes criados cuidadosamente. As mecânicas funcionam com base em uma combinação de velocidade e habilidade, e, principalmente, reflexos para solucionar quebra-cabeças, conquistar power-ups e acessar áreas antes inacessíveis.

Dandara dá um show de representatividade e é certamente um dos jogos que devemos ficar de olho esse ano. O lançamento está  previsto para  6 de fevereiro para PC, Playstation 4, Xbox One, Nintendo Switch e mobile. Enquanto o jogo não sai, você pode conferir o trailer abaixo.

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Letícia Motta

Hardcore gamer, punk e antissocial. Fã de RPG's de fantasia, ficção científica e quadrinhos independentes. Passa as horas vagas e as não vagas com seus consoles e PC.

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