Treze painéis, sete workshops e quatro shows gratuitos. Esses foram os números do Women’s Music Event no Centro Cultural São Paulo, nos dias 16 e 17 de março. Expandindo-se também para o Jazz nos Fundos, o evento teve seu encerramento dia 18, na House of Bubbles.
Em síntese, empoderamento feminino e música. É disso que se trata o WME, que em 2018 atingiu com sucesso sua segunda edição. Reunindo quase 100 mulheres e tendo mais de 1.000 espectadores, o projeto definitivamente não passou batido na festinha.
Dividindo-se por quatro ambientes do CCSP, foram promovidos vivências que foram desde uso de tecnologias na contemporaneidade, marketing cultural, técnica, gestão de carreira, leis de incentivo e até mesmo beatmaking/discotecagem. No lounge era possível interagir com estandes dos patrocinadores do evento, promovendo um ponto de integração entre pessoas de diversas vivências.
Dia 1 | 16/03
Primeiramente, tivemos o painel “Hashtag Publi: os limites do casamento entre marcas e influenciadores”. Com Raquel Virgínia e Assucena Assucena (As Bahias e a Cozinha Mineira), Bia Granja (YouPix), Mariana Aydar e Fátima Pissarra (VEVO Brasil). Abordando a relação entre publicidade e artista, pontuou o fato de marcas estarem buscando cada vez mais abraçar uma representação plural para melhor atingir seus clientes.
Também pudemos conferir o workshop de beatmaking com Rafa Jazz (BeatBrasilis). Posteriormente, foi a vez de DJ Ingrid (D-Edge College) ensinar sobre discotecagem. Mais tarde foi momento para um bate-papo com Pitty, madrinha do WME 2018, com mediação de Claudia Assef.
A noite de shows do primeiro dia ficou por conta de Alice Caymmi. Animou o público, bem como promoveu um momento fofura ao cantar “Princesa” junto às filhas das idealizadoras do projeto. Para encerrar, Far From Alaska, com uma Sala Adoniran Barbosa igualmente lotada e muito rock!
Dia 2 | 17/03
O segundo dia iniciou-se com o painel “Formação de Rede: como plataformas de música voltadas para mulheres podem acelerar o protagonismo feminino no mercado”, com Camila Garófalo (Sêla), Roberta Youssef (Sonora), Lei Di Dai (Gueto pro Gueto), Renata Brandão (Hysteria) e mediação de Roberta Martinelli. Trouxe o debate sobre a união feminina no meio da produção cultural. Em suma, como foi dito por uma das ouvintes: uma leva a outra até que todas cheguemos lá.
Depois, assistimos o painel “SKOL apresenta: A Lei do Retorno”. Adriana Molari (Skol), Karen Cunha, Dai Dias (Festival Bananada), Cris Falcão (CEO Fermata do Brasil) e Daniela Arrais desenvolveram sobre como marcas e projetos podem unir-se para trazer benefícios para a cidade, foi importante ouvir mulheres que conseguiram se destacar no meio.
Na Sala de Ensaio 02 tivemos o workshop “Editais e Leis de Incentivo, por onde e começo?” ministrado por Inti Queiroz (Casa das Caldeiras), que definitivamente desmistificou o tão temido assunto dentro de produção cultural. Em seguida, foi a vez dos shows de Luiza Lian e Flora Matos.
Ademais, vale lembrar que o relatado aqui foram as atividades das quais decidimos participar dentro uma variedade de opções. Concluindo, pode-se dizer que o WME 2018 foi música boa, aprendizado e sororidade!
Sobre o Women’s Music Event
O WME atua como uma plataforma de música, negócios e tecnologia formulado através de uma perspectiva feminina. Foi idealizado pela jornalista Claudia Assef e a produtora musical/advogada Monique Dardenne.
Em suma, tem como objetivo ascender e incluir mulheres no meio da produção musical, ambiente que ainda conta com forte presença masculina. De forma integrativa, promove o evento presencial, bem como um portal recheado com notícias, informações e projetos audiovisuais relacionados à essa segmentação.
Logo após, em 2017, produziu o Women’s Music Event Awards, premiando mulheres que se relacionam com produção musical.