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ENTREVISTAS

[ENTREVISTA] Mulheres vloggers: Preta Pariu

por Rosiane Pacheco · 3 de agosto de 2016
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Por esses dias – glória à deusa – temos ouvido e falado muito sobre representatividade. O mundo mudou bastante depois da internet, mas parece que o mundo digital ainda é uma cópia do mundo anterior quando o assunto é representatividade. As garotas estão invadindo e fazendo sucesso onde antes só homens se destacavam. Representatividade é importante, certo? Então, eu me perguntei: quem são as mulheres vloggers? Que preconceitos elas enfrentam? De onde vieram, como é a vida delas? Em que elas se assemelham e em que elas se diferenciam? Pensando principalmente nessa última pergunta, e indo mais além, todas as mulheres estão sendo vloggers? Ou só as que confirmam o jargão publicitário, falando de moda e beleza?

Pra tentar responder a isso e ansiando por descobrir e continuar empoderando mulheres, hoje trago uma entrevista com uma vlogger muito especial: Sá Ollebar, 29 anos, negra, mãe de quatro e com muita, muita coragem pra desconstruir, discutir e marcar seu espaço no mundo virtual com o Preta Pariu.
Enjoy!

DN- Fale um pouco sobre o seu canal, inscritos, sobre o que ele fala, há quanto tempo existe.
Sá – Meu canal tem 10 meses de vida, antes disto eu articulava minhas coisas no blog e facebook. Atualmente ele tem mais de 10.000 inscritos e nele eu falo sobre moda, empoderamento, maternidade, feminismo negro, questões raciais. Tudo o que eu achar pertinente às mulheres negras.

DN- Por que você foi para o youtube? Quais são as pessoas que tem canais, nas quais se inspirou?
Sá – Vim para o youtube com o propósito de empoderar outras pessoas e representar a mulher negra. Eu sigo vários canais que me inspiram todos os dias: “Negra Vaidosa”, “Jout Jout”, “Kamaleoah” entre outros.

DN – Como mulher, qual o maior desafio sendo vlogger?
Sá – Como mulher negra, gosto sempre de reforçar isto. Meu desafio é organizar o tempo, eu gostaria de poder dedicar todo meu tempo a gravar vídeos, mas eu não posso, sendo mulher, mãe, é um pouco difícil. Esforço-me bastante e produzo de uma forma que me agrada.

DN – Você enfrenta preconceitos como vlogger, por ser mulher?
Sá – Por ser mulher e por ser negra. O tempo todo, recentemente fui alvo de um youtuber que roubou meus vídeos, (que são de minha propriedade) e fez outro vídeo criticando todas as minhas falas. Além de ser um ataque sexista, machista, foi também racista, pois ele tentou descaracterizar toda minha fala. Infelizmente, é corriqueiro este tipo de ataque, por mensagens, por vídeo respostas.

DN- Já sofreu preconceito racial no canal?
Sá – Vários. Como disse anteriormente, as mensagens de haters são constantes. Eu bloqueio todo mundo, internet não é terra de ninguém. Até o momento não tive a necessidade de fazer um b.o, mas se for preciso eu faço.

DN – Você é casada e mãe. Isso impacta sua rotina de vlogger? Como?
Sá – Sim. É aquela coisa do tempo que eu citei. Alguns dos meus vídeos até aparecem os filhos, voz deles.. rsrs é uma loucura. Mas é uma loucura que eu amo. Tenho total apoio do meu companheiro, sempre que estou gravando é ele quem está com as crianças, não temos babá e nem queremos. Então a ajuda deve ser mútua.

DN- O que o seu canal tem de diferente dos outros?
Sá – Diferente eu não sei. Eu optei por falar do que eu acredito e gosto. Sou uma mulher multifacetada, posso ir dos vídeos de make aos vídeos sobre racismo, de maternidade a humor. Talvez isso seja o diferente. Mas tem muita gente boa, cada um com seu diferencial.

DN – Você considera que seu canal empodera as mulheres?
Sá – Sim. É pra isso que ele foi criado. Tenho muito feedback positivo das seguidoras e isto me fortalece demais.

DN – Quais são os desafios que as mulheres vloggers enfrentam?
Sá – As vloggers negras enfrentam a falta de visibilidade. Me fala uma youtuber negra mega famosa no estilo das youtubers brancas? As que se identificam como negras e que falam sobre isto. Não conheço. Não no porte que elas merecem. Eu poderia ficar contando piadas, fazendo desafios, atuando na área de moda somente. Mas quando você opta por falar de algo que a sociedade não quer ouvir, a chance de você ser patrocinada por uma empresa cai e muito. Fora que o mercado publicitário ainda não contempla as mulheres negras, sobretudo as de pele escura e cabelo crespo. Então você pega as youtubers ganhando dinheiro com marcas de produtos para cachos, mas e as que tem cabelo crespo? Fazemos como? São estes os desafios e estamos aqui para quebrar todos eles.

DN – Se você pudesse dar um recado para as mulheres, qual seria?
Sá – Se amem. Do jeito que são. O amor salva, mas é o amor próprio, pois pra tudo na vida você precisa se conhecer, saber suas limitações e ficar confortável com elas. Quando você se ama de verdade, o apagamento, a solidão, as relações abusivas e todas as coisas que nos afetam ficam em segundo plano e conseguimos combatê-las. Por isto enalteço sempre nossa beleza, passamos muito tempo sendo ensinada a nos odiar, a não gostar do corpo, cor, cabelo, então precisamos resgatar isso.

Conheça mais da Preta Pariu:
Site – Facebook – Instagram

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Rosiane Pacheco

Mulher, feminista, formada em Comunicação, pós em Design e Marketing e sonhando com um Mestrado em Cinema. Pinta, borda, lê e pergunta muito, porque resposta acaba, mas pergunta renasce todo dia. Aprendendo a ser mãe. Gosto de gato, de sol e de vinho frisante.

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