A perseguição às minorias já não ocorre por debaixo dos panos, mostrando-se sem nenhum pudor ou disfarce nos diversos meios de comunicação. Quando não incita suas massas eleitoras à violência, o Chefe do Poder Executivo desconversa as tragédias e faz vista grossa às várias milícias e “cidadãos de bem” armados pelo país. O extermínio dos povos tradicionais e comunidades das periferias dá-se através do contínuo descaso das autoridades. As taxas de feminicídio (especialmente aquelas concernentes a mulheres negras) seguem a números alarmantes.
“Minha filha caçula tem sete anos e um jornal tablóide acalenta a ideia de um campo de concentração para pessoas com AIDS. Os soldados da tropa de choque usam visores negros, bem como seus cavalos; e suas unidades móveis têm câmeras de vídeo rotativas instaladas no teto.
O governo expressou o desejo de erradicar a homossexualidade até mesmo como conceito abstrato. Só posso especular sobre qual minoria será alvo dos próximos ataques. Estou pensando em deixar o país com minha família em breve, esta terra está cada vez mais fria e hostil, e eu não gosto mais daqui”.
Pode não parecer, mas o cenário descrito na introdução e no parágrafo acima dizem respeito a dois períodos históricos distintos. O primeiro é um breve relato do Brasil no limiar da década de 2010; o último, uma introdução escrita por Alan Moore, descrevendo o contexto político-social da Inglaterra, quando da ocasião do lançamento de “V de Vingança” (originalmente publicada pela revista “Warrior”, em 1982) pelo selo Vertigo da DC Comics, em 1988. Mais de 30 anos separam as duas situações, cujo ponto em comum mais evidente é o avanço da extrema-direita, com tendências ao fascismo, após longos períodos de crise institucional.
Quando se fala em “V de Vingança”, logo vem à mente a famosa máscara sorridente, representando o revolucionário inglês Guy Fawkes, e seu subsequente uso em protestos políticos mundo afora, em especial pelo grupo hacker-ativista Anonymous. O protagonista “V”, um terrorista anárquico operando secretamente em uma Inglaterra dominada pelo fascismo, tornou-se um símbolo mainstream de luta e revolução. Mas há algo para além das críticas puramente ideológicas. Para que possuísse a força e o realismo que possui até hoje, contudo, a sociedade distópica inglesa do (então) longínquo ano de 1997 é fortemente sustentada pela perseguição às minorias raciais e sexuais, não apenas a dissidentes políticos. E a composição de seus protagonistas, V e Evey Hammond, é uma consequência direta disso.
O futuro do século XX
“V de Vingança” é considerada uma das maiores tramas distópicas do século XX e uma das obras que marcou a chamada “Invasão Britânica” ao público de quadrinhos norte-americanos no início dos anos 80 – isto é, a contribuição de autores britânicos para renovar o cenário de quadrinhos com histórias diferenciadas e a revitalização de personagens conhecidos, cujos nomes de destaque são o próprio Alan Moore (que conheceria grande sucesso comercial e crítico nesta década com “V de Vingança”, “Watchmen” e “Batman – A Piada Mortal”, além de sua elogiada fase na revista “Monstro do Pântano”), Neil Gaiman e Grant Morrison.
Apresentando questões mais maduras e complexas em relação às fórmulas desgastadas que povoavam os quadrinhos de então, Moore e o ilustrador David Lloyd trabalharam os conceitos da história tendo como referencial primário o momento opressivo vivido na Inglaterra desde então, sob o comando da Primeira-Ministra Margaret Thatcher.
Projetando um futuro próximo após a incidência de um holocausto nuclear pelo mundo, após uma Terceira Guerra Mundial, os autores imaginaram um país refém da escassez de insumos, entregue à fome e à miséria, vulnerável à chegada de uma frente fascista ao poder (a chamada “Nórdica Chama”). Controlando a nação com mãos de ferro, o partido elimina paulatinamente quaisquer dissidentes políticos, implanta um sistema de vigilância 24 horas por todas as ruas de Londres, além de construir campos de concentração, a fim de conduzir experimentos nos setores mais “desprezíveis” e “dispensáveis” da sociedade: minorias étnicas e raciais, como negros e imigrantes, além de LGBTs. O restante da população segue em profunda pobreza e racionamento de alimentos, com pouquíssimos indivíduos em situação de privilégios.
O conceito de “fascismo” – do latim “fasces”, um feixe forte e resistente composto de diversas varas frágeis, a união das partes para compor uma sólida – está presente em toda a composição estrutural do governo, decomposto em partes: Dedos (polícia), Olhos (vigilância), Nariz (investigação), Cérebro (sede do poder central) etc., unidos para formar o corpo político completo do regime. Tudo sob as coordenadas do supercomputador Destino, assistido pelo Comandante Adam Susan.
É neste contexto que vive a jovem Evey Hammond, uma adolescente de 16 anos que trabalha nas fábricas de fósforos e cujo salário já não é suficiente para prover sua subsistência. Na noite de 5 de novembro de 1997, a jovem sai de sua casa para se prostituir, sendo encurralada por policiais, os chamados Homens-Dedo. Evey, no entanto, é salva por uma misteriosa figura mascarada, que a conduz até o terraço de um prédio para que assista, em primeira mão, a explosão do relógio Big Ben, seguida de fogos de artifício.
A partir de então, a garota passa a viver sob a proteção da figura, que se identifica apenas como “V”, em sua morada subterrânea chamada Galeria das Sombras. Desejando retribuir seu salvador de alguma forma, Evey se oferece para ajudá-lo em seus planos e estratagemas políticos.
O oprimido por trás da máscara em “V de Vingança”
Junto a Evey, e paralelamente a Eric Finch, investigador do Nariz, responsável pelos casos de terrorismo envolvendo V, a leitora desvenda detalhes do homem por trás da máscara – ou pelo menos aquilo que ele permite mostrar. Logo descobrimos que seu passado se relaciona intimamente ao campo de concentração erigido em Larkhill, quatro anos antes do início da trama, para onde os grupos minoritários perseguidos pelo governo eram enviados, sujeitos a uma série de experimentações não muito distantes daquelas buscadas pelo médico Josef Mengele durante o regime nazista.
Conhecemos a história do “paciente da sala 5” pelas páginas do diário de sua algoz, a doutora Delia Surridge, cujos procedimentos alteraram não apenas sua estrutura física, tornando-o mais ágil e resistente, como também seu psicológico, através de um incremento em seu intelecto e diversas desordens psíquicas. É o único sobrevivente do experimento de Larkhill, tendo escapado com o auxílio de explosivos caseiros.
É importante ressaltar seu passado em Larkhill, não apenas por sua relevância nas motivações atuais de V ou por ter contribuído com muito do que se tornou, mas por nos oferecer evidências de quem V era antes de ser levado até lá. Nas entrevistas concedidas por Moore acerca de qual seria a possível identidade de V, o autor sempre ressaltou que os ideais representados pela personagem são muito mais importantes que o indivíduo por trás da máscara, e que V poderia ser qualquer pessoa. Embora ideias durem muito mais que indivíduos singulares, uma análise atual da obra, à luz dos movimentos de grupos marginalizados, deve resgatar uma questão extremamente provável, dado o contexto da trama: a de que V pertence a um destes grupos perseguidos.
Temos conhecimento de que o campo de Larkhill abrigou homens e mulheres negras, imigrantes e homossexuais, em sua maioria – uma delas, Valerie, recebe especial destaque na segunda parte da trama. Conceber que V pertença a qualquer um destes grupos incrementa ainda mais o valor simbólico que a obra possui na atualidade e parece ser um aspecto bastante interessante a ser abordado em futuras análises.
É esta opressão em comum, compartilhada, que permite a V que se conecte com Evey e a tome como sua pupila. Veremos, contudo, que seu deturpado senso de moralidade perpassa sua empatia para com a jovem, onde demonstrará seus efeitos mais nefastos.
Evey Hammond e o feminino aprisionado do fascismo
Mas não é apenas neste ponto que a narrativa de Moore e Lloyd direciona os grupos oprimidos como partes centrais da trama. Entender como se dá a opressão feminina sob a égide do patriarcado renovado e reforçado, provido pelo regime, é de vital necessidade para a compreensão dos comportamentos e motivações das personagens femininas centrais: a protagonista Evey Hammond e as coadjuvantes Rosemary Almond e Helen Heyer.
Na Londres distópica de 1997, há apenas uma opção às mulheres sobreviventes: resignação. Seja como esposas de poderosos figurões, trabalhadoras da classe mais humilde ou dançarinas noturnas, todas conhecem seus lugares. Mesmo nos locais mais obscuros, como pubs e casas noturnas, perpetua-se o ideal para o corpo e mente femininos: sexualmente disponível, ancorada à imagem viril e militarizada do partido, que alimenta simbolicamente a necessidade da figura de um pai/amante.
Desta forma, viver sem um homem, por pior que seja, é sinônimo de perigo e morte. Aquelas que, por força das circunstâncias, encontram-se sozinhas, como Evey e Rose, veem-se obrigadas a disponibilizar seus corpos a desconhecidos a fim de sobreviver. Não há escolha às mulheres deste mundo senão se sujeitar às vontades masculinas. No primeiro caso, Evey é salva, passando para a proteção de outro homem (V). O segundo, como se verá, tomará uma guinada mais dramática.
Notadamente a mais jovem das três mulheres, Evey cresceu à sombra da perda. A mãe morrera quando a menina contava apenas 10 anos. O acontecimento mais marcante de sua infância, contudo, é seu aniversário de 12 anos, ocasião em que perderia o pai de uma forma diferente desta vez: levado pelo partido por dissidência política, uma vez que este participou de um grupo socialista na juventude. Paira sobre Evey um eterno estado de incerteza acerca do paradeiro do pai, algo que a acompanhará por parte considerável da história: seu pai teria mesmo morrido? Ele conseguiu fugir? Estaria vivo em algum lugar?
Para além destas dúvidas, é notável sua busca inconsciente por uma figura paterna ao longo de toda a história. Quando passa a viver junto de V, a jovem não o entende. No mundo em que vive, Evey aprendeu a encarar os homens sob óticas sexuais e paternais, por vezes as duas ao mesmo tempo. Simbolicamente, V se reveza entre estes dois papéis: de início, ocupa o vácuo deixado pelo pai da garota ao entretê-la com shows de mágica, ursos de pelúcia e histórias de ninar. V, em contrapartida, oculta informações importantes e ignora os (válidos) questionamentos da jovem sobre o que está acontecendo ao seu redor. Após a grande virada da trama que, não por acaso, inicia-se quando a garota tenta se insinuar sobre seu anfitrião, a ambiguidade de V diante de Evey assume contornos mais definidos.
V decide testar a lealdade e resistência de Evey. É quando este retira brutalmente os últimos resquícios de feminilidade, infantilidade, subserviência e hesitação da jovem, sujeitando-na a sofrimentos inimagináveis para que, ao final de sua provação, ela retorne completamente esvaziada dos valores que carregava antes. A narrativa aponta a todos os abusos de ordem física e emocional como um mal necessário, algo infligido para o bem de Evey, para que se torne um ser humano livre das amarras que lhe foram impostas. Na prática, no entanto, V trata a garota como uma tábula rasa, moldando-a de acordo com suas concepções e valores para que, ao fim da provação, Evey se desfaça de todas estas amarras, exceto uma: o apego à sua figura.
Evey, agora mais forte e revitalizada, agradece a seu mentor por ter-lhe “mostrado as grades” da prisão em que antes vivia; mesmo assim, V ainda ignora as perguntas que a garota lhe faz ou as responde com citações e passagens enigmáticas, como parte de seu grande plano final para a derrocada do regime. Continuamente, V toma atitudes paternalistas perante Evey, alcançando as vias do extremo; é evidente que ele se importa com a jovem à sua maneira, nela enxergando seu eu vulnerável e oprimido do passado.
Mas jamais há uma relação de igualdade e mútuo respeito: do início ao fim, o terrorista realiza uma transferência de si sobre a jovem, sem jamais questionar suas necessidades e vontades, posto que toma como certo que a garota não sabe o que quer. Em uma reprodução do velho clichê misógino de “eu sei o que é melhor para você”, V se vale de todos os meios possíveis para torná-la “melhor” e “mais forte”, nem que para isso tenha que recorrer às raias da tortura.
O resultado é dicotômico: uma Evey fortalecida e independente, mas fiel a seu agressor; determinada e com objetivos bem definidos, muito embora todos estes objetivos tenham sido impostos. Ao longo da história, Evey passa de vítima sexualizada e infantilizada para uma extensão de seu mentor. Ainda que algumas de suas características permaneçam (como, por exemplo, sua aversão a matar), é um tanto quanto problemático que a obra trate a transformação de Evey, além dos meios empregados, sob uma luz positiva.
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As mulheres não resgatadas em “V de Vingança”
As demais personagens femininas, Rosemary e Helen, são opostos complementares. Rose, esposa submissa de um figurão do partido, Derek Almond, sofre continuamente com os maus tratos do marido, até a morte deste nas mãos de V; em sua viuvez, Rose representa tudo aquilo que Evey teria se tornado caso V não interviesse em seu auxílio: sem a ajuda do governo para se sustentar, ela se vê obrigada a se relacionar com diversos homens contra a vontade, pela mera perspectiva de segurança, além de sofrer intensa desumanização dançando seminua em uma casa noturna. A decadência da mulher não ocorre isoladamente, contudo, sendo parte importante das maquinações de V, a culminar no clímax da história – atestando o quanto a empatia do terrorista para com a opressão pode ser seletiva, especialmente quando interfere em seus planos.
Helen, também esposa de um figurão (Conard Heyer), é a “vadia” correspondente à passividade quase santificada de Rose. Ambiciosa e desejosa pelo poder, a mulher conhece muito bem seus limites dentro do mundo em que vive, agarrando-se ao papel de operadora por debaixo dos planos, sem jamais hesitar em usar a última arma de que dispõe (sua sexualidade) para manipular os homens ao seu redor. Abusiva para com o marido diminuto, sempre ocultando suas verdadeiras intenções daqueles que acreditam ser seus aliados, Helen é uma mulher poderosa numa sociedade que odeia mulheres, cujos únicos referenciais de ação são a destrutividade masculina. Helen não vê outra escolha senão reproduzir as atitudes do opressor para sobreviver. Por ousar ser tão desprezível e corrupta quanto os homens que a rodeiam, ela é severamente punida por seus atos, por ninguém menos que V.
Nenhuma destas três mulheres mantém interações significativas entre si, adstritas aos homens com que se relacionam. A única personagem que se recusa a se relacionar com outros homens em razão de sua lesbianidade (a atriz Valerie, que integrou o experimento de Larkhill junto com V, deixando-lhe uma carta em que narra a história de sua vida) é cooptada como mártir para o protagonista masculino. Sua vida e morte, ainda que comoventes e significativas, servem como mote e força motriz para que V realize seus planos, apenas possuindo valor na medida em que influenciam as ações de um homem.
Desta forma, ainda que criem um cenário realista e contundente de opressão feminina, Moore e Lloyd não concretizam a crítica, uma vez que a narrativa continuamente retrata as influências e intervenções de V na vida destas mulheres como um mal necessário para o alcance de seu objetivo final. E, ainda que a personalidade do terrorista se apresente sob um viés reconhecidamente amoral, sempre há uma justificativa pragmática, dentro da trama, para as manipulações empregadas.
Antevendo algumas marcas registradas
A despeito destas questões, as marcas próprias de Moore já estão ali: embora retrate seu protagonista sob uma luz simpática em certos momentos, V é marcado de ambiguidade, a caça que escolhe deixar o lugar da vítima para tornar-se o caçador, ainda que frequentemente reproduza os mesmos comportamentos abusivos daquele que pretende combater. A fim de alcançar o que acredita ser o certo, o terrorista se vale de todos os meios necessários, algo que Evey pontua para seu mentor e anfitrião em diversas oportunidades. Utilizando-se de métodos e moral questionáveis em um mundo corrompido, V pertence a uma área cinzenta (quase negra) muito distante daquela ocupada pelos arquétipos ideais dos heróis da Era de Prata dos quadrinhos.
Observa-se, também, o primor e a integração do roteiro de Moore para com as imagens de Lloyd, produzindo uma estética noir seca, infértil e estática, sem sonorização ou onomatopeias sinalizando barulhos ou movimentos. O enquadramento das cenas e o retrato das emoções de V, mesmo por trás da máscara, também mostram-se marcantes.
Um tema recorrente nas histórias do autor, o uso de alucinógenos como veículo de compreensão e autoconhecimento, já aparece por aqui de forma bastante embrionária (para culminar na mística de “Promethea”, anos depois). Para entender melhor as motivações do criminoso que investiga, Eric Finch decide viajar até as ruínas de Larkhill, onde toma quatro pílulas de LSD e experimenta “entrar na cabeça de V”. A experiência de Finch rende uma das cenas mais marcantes e memoráveis da trama, antevendo o potencial de Moore para retratar o extra sensorial e o lisérgico na percepção da realidade em boa parte de suas obras.
O legado distópico de “V de Vingança”
Não é por acaso que “V de Vingança” é uma das obras mais aclamadas das últimas décadas. Originalmente concebida como uma crítica ferrenha à crescente onda de conservadorismo pairando sob o Reino Unido do início dos anos 80, “V” tornou-se um assustador retrato da realidade de diversos países tomados pelas sombras do totalitarismo, razão pela qual sua máscara converteu-se em símbolo de protesto e insatisfação. Mesmo nos países ocidentais ditos democráticos, os sinais anunciados na ficção tomam contornos perigosamente sólidos, especialmente no Brasil de hoje.
Para além das perseguições daqueles ideologicamente contrários aos grupos de extrema-direita no poder, “V de Vingança” acerta em cheio ao endereçar a opressão das mulheres, da comunidade negra e dos grupos LGBTs como o ponto culminante da concretização do regime fascista. A obra intuiu muito bem estas questões, ainda que cometa severos equívocos ao retratar a questão das mulheres, naturalizando os abusos sofridos por Evey (e Rose, em menor escala) como parte de um “plano maior”. Análises mais aprofundadas acerca destas problemáticas certamente são algo do qual uma obra com o peso de “V” poderia se beneficiar.
Ademais, a figura controvertida e problemática de V, para todos os efeitos, é o reflexo sujo e deturpado de uma Inglaterra completamente destituída de valores, o herói tresloucado fabricado pelo próprio regime que visa derrotar. É esta complexidade, para o bem ou para o mal, que garante contínuas leituras e releituras do texto original, mais de 30 anos após seu lançamento original. Infelizmente, ainda se faz necessário revisitá-lo.
Felizmente, contudo, “ideias são à prova de balas”.
Edição realizada por Gabriela Prado e revisão por Isabelle Simões.