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Princess Nokia
MÚSICA 1

[MÚSICA] Princess Nokia: musicalidade com forte empoderamento feminino negro e raízes

por Camille Legrand · 8 de março de 2017

“Eu sou uma mulher forte e de cor. E eu acredito que toda mulher que seja forte e de cor é automaticamente uma feminista, mesmo que ela não se veja assim.” – É assim que Princess Nokia abre sua entrevista à Refinery 29, já especificando a base de seu trabalho musical; e vemos como isso se intensifica, principalmente, em sua música Brujas (que acabou de receber um videoclipe), tratando da força feminina das mulheres não-brancas em conjunto com o significado da religiosidade Íorubá africana.

Em meio a uma era de Jair Bolsonaro, no Brasil, e Donald Trump, nos EUA, torna-se necessário que apareçam figuras na mídia – independente ou não – que tragam e representem o contrário do ódio fomentado pela ignorância que os supracitados representam. No caso dos EUA, uma brisa de ar fresco entre a poluição da ignorância se encontra em Princess Nokia, uma mulher nova-iorquina com raízes latino-americanas, africanas e indígenas.

Princess Nokia

Na prática, Princess Nokia é uma pessoa conhecida como Destiny Frasqueri; mas, musicalmente, Princess Nokia se trata de um alter ego colaborativo de Destiny, em que, segundo ela, pode expressar as diversas facetas musicais que possui, algo que não poderia fazer como Destiny ou como Wavy Spice (seu outro alter ego). Como Princess Nokia, ela procura atingir a diversos tipos de pessoas – “gays do Leste Asiático, meninas-noivas do Oriente Médio, meninas banjee do Harlem” – através de uma musicalidade cósmica, tridimensional e representativa.

Em seu álbum de estreia, Metallic Butterfly (2014), ela já apresenta seu arraigado feminismo entre compassos e batidas retrôs, até fazendo referências musicais a animes, e rimas rápidas e ricas ao longo de suas canções. Já em 1992 (2016), ela muda um pouco seu estilo, tornando-o mais urbano, mas sem perder a característica mística – de afrofuturismo – que traz desde seu debut.

Princess Nokia

Misticismo que é amplamente explorado na música – e videoclipe – de Brujas. O próprio título da canção já dá uma dica sobre qual será assunto tratado ao longo dos pouco mais de 3 minutos de música, mas ouvir (e assistir) propõe uma experiência distinta a quem o faz. Em Brujas, Princess Nokia consegue questionar a apropriação da bruxaria pela cultura europeia e exaltar suas raízes africanas, latinas e indígenas ao mesmo tempo, criando um espaço para mulheres pretas e marrons se sentirem seguras e celebrarem, abraçarem, ou mesmo, conhecerem as suas raízes.

Princess Nokia

Cena de Brujas

Espaço seguro este que vem sendo criado por ela desde seu primeiro álbum. Em Young Girls, por exemplo, vemos justamente a celebração de parcela da diversidade de cores que existe entre as mulheres não-brancas, focando entre as indígenas, as latinas e as africanas, exaltando não apenas sua importância em suas comunidades e no mundo em geral, mas a necessidade de haver respeito às mesmas.

A dedicação que Princess Nokia demonstra em relação a pessoas marginalizadas, especialmente a mulheres, que são mundialmente deixadas de lado, é revigorante e apresenta a necessária representação midiática que estas mesmas pessoas tanto clamam. Talvez seja o fato de estar na cena musical underground o que permite – e encoraja – que Princess Nokia seja tão aberta quanto a suas raízes e posições políticas, mas, com certeza, não é um fato que gostaríamos de corrigir.

Princess Nokia

Princess Nokia, com sua coragem inquebrável e empoderamento intrínseco, é exatamente aquilo que precisamos em meio aos tempos cinzas em que vivemos. Ao trazer um necessário colorido a suas atuações, ela consegue alcançar àqueles marginalizados que são – propositalmente – ignorados, dando força, em forma de representatividade, para que eles consigam achar suas respectivas vozes. Talvez seja o caráter mágico de Princess Nokia que dê força para tal atuação, porém, por sorte, através de suas músicas, ela nos empresta esse caráter, em meio a melodias cósmicas e rimas rápidas, até que o nosso próprio acorde.

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Camille Legrand

Lamia.

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