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DELIRIUM NERD
Quando Margot Encontra Margot
CINEMA

Quando Margot Encontra Margot: proposta interessante com pouco desenvolvimento

por Carol Lucena · 4 de abril de 2019

Em Paris, a jovem Margot de 20 e poucos anos (Agathe Bonitzer) conhece sua versão mais velha em uma festa: uma outra mulher, também chamada Margot, só que 20 anos mais velha (Sandrine Kimberlain). Após conversarem e verem que tem muito mais em comum do que o normal, constatam que são a mesma pessoa em diferentes momentos de suas vidas.

A diretora Sophie Fillières não tem interesse em explicar como o fenômeno temporal ocorre. O foco do filme está no encontro das personagens e na investigação sobre o impacto que as escolhas de hoje podem gerar no futuro.

Margot

A Margot mais velha carrega uma atitude calma e resignada, conformada com a vida, mas vê na outra uma oportunidade de corrigir alguns erros do passado, como o afastamento de sua melhor amiga. Já a jovem demonstra rompantes de rebeldia e ceticismo, demorando inclusive a comprar a ideia de que a mais velha seja realmente ela mesma no futuro. Isso tudo toma a forma de conselhos e dicas que a mais velha vai dando à nova, prevendo coisas que irão acontecer caso ela tome certas atitudes. Quanto mais a Margot de 40 acerta, mais a de 20 vai cedendo e aprendendo a escutar sua versão mais experiente.

Tudo se complica quando surge um ex-namorado da Margot mais velha, que acaba se relacionando com a jovem também. O filme, então, começa a girar em torno do tal homem e passa a definir as duas baseadas em sua relação com ele. Um erro que atua em detrimento do desenvolvimento das próprias personagens, e também da representação feminina, mais uma vez mostrada em função de um personagem masculino.

Margot

Pior ainda fica quando aparece uma gravidez na história, enquadrada como ponto de ligação de Margot ao homem, e não ao que tal evento representa para ela em si e as consequências para sua vida. É uma pena que o filme escolha ir por esse caminho, abrindo mão de se debruçar mais sobre os conflitos existenciais de suas protagonistas.

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Há uma sensação, inclusive, de que pouco acontece no filme. A caracterização mais evidente que liga as duas Margots é sua cleptomania. Tanto a jovem quando a mais velha saem furtando objetos aleatórios por aí. Mas tal comportamento aparece sem um contexto e sem consequências para a narrativa, parecendo apenas um detalhe trivial que a diretora/roteirista decidiu adicionar às personagens.

Nesse sentido, faz falta justamente um senso de propósito ao filme. Por que as Margots tem tanta angústia existencial? Por que carregam tanta insatisfação em suas vidas? O que fez a Margot jovem se tornar resignada como a Margot de 20 anos depois?  

Margot

O mais interessante de fato acontece quando a diretora resolve brincar com alguns elementos narrativos e pôr em dúvida algumas premissas apresentadas antes. Infelizmente isso é algo que aparece muito pouco e não é explorado a fundo, sendo insuficiente para compensar as outras falhas do filme.

“Quando Margot Encontra Margot” tem uma proposta muito interessante, como o trailer demonstra. É uma pena que acabe deixando tanto a desejar no desenvolvimento de uma trama tão promissora.

O filme estreia hoje, 04 de abril, nos cinemas.


Edição realizada por Isabelle Simões.

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Carol Lucena

Cineasta, musicista e apaixonada por astronomia. Formada em Audiovisual, faz de tudo um pouco no cinema, mas sua paixão é direção de atores. Vocalista da banda Noite e compositora nas horas vagas. Também escreve sobre cinema em seu site Cine Medusa, e é co-fundadora do Verberenas.

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