As mães nos jogos são tão reais quanto as que vemos nos dias de hoje e, muitas vezes, são excelentes instrumentos para os desenvolvedores no momento de construir as suas histórias. Elas podem ser protetoras, grandes vilãs ou suportes que deixam o filho sair de casa para se aventurar no mundo, mas, no final do dia, a sua figura familiar se torna importante de inúmeras maneiras.
Hoje, queremos homenagear essas pessoas tão diversas e que ganharam certos destaques em seus jogos, mesmo os protagonistas sendo contra alguns de seus pensamentos. E, a lista a seguir pode não incluir as mais gentis, mas com certeza elas são ótimas personagens.
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Rosalina – Super Mario Galaxy
A história de Rosalina começa quando ela encontra uma nave espacial com uma Luma dentro. Essa pequena estrela estava procurando por sua mãe e a nossa personagem resolve ajudá-la porque entendia como é se sentir sozinha, uma vez que a sua cuidadora morreu.
Então, ela consertou a nave espacial e partiu pela busca, mas elas nunca encontraram quem a Luma procurava. Daquele dia em diante, Rosalina resolveu cuidar da estrela e adotou algumas outras, para que elas tivessem um lar e pudessem escutar histórias para dormir todas as noites.
Rosalina é um ótimo exemplo sobre como a adoção é um ato de amor e que a maternidade não está relacionada às ligações biológicas.
Joyce Price – Life is Strange
Joyce Price é a mãe da protagonista Chloe Price. Ela possui uma relação bastante conturbada com a sua filha, pois está em um relacionamento que ela não aceita, uma vez que é muito apegada ao seu falecido pai.
A personagem é uma mulher trabalhadora e imponente, que não abaixa a cabeça para os clientes do restaurante. Joyce batalha pela sua independência, mostrando para os outros que é possível cultivar novos amores depois de um grande luto.
E, mesmo tendo que enfrentar as brigas que Chloe traz, ela é uma figura materna que sempre se apresentou disposta a ouvir e compreender, mas fica chateada pois a filha não parece aceitar as suas escolhas.
Ana Amari – Overwatch
Ana Amari é uma das fundadoras da Overwatch, possuindo um grande trabalho duplo entre a tarefa materna e as suas funções de agente. A franco-atiradora é mãe de uma outra personagem do jogo, Pharah Amari e podemos ver algumas interações durante os jogos.
Ela defendeu o seu país durante a Crise Ômnica e foi dada como morta depois de um conflito com a Widowmaker, em uma missão de resgate. Entretanto, Ana apenas perdeu o olho esquerdo e se afastou da maioria dos conflitos, passando a lutar apenas para defender pessoas inocentes ao lado de sua filha.
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Sonya Blade – Mortal Kombat
Sonya Blade foi a primeira mulher combatente a ser adicionada na franquia, participando do primeiro Mortal Kombat. Ela é uma capitã orgulhosa e ríspida que possui uma relação conturbada com a sua filha, Cassie Cage, tratando-a como se fosse apenas uma soldado.
Entretanto, com o tempo, percebemos que ela possui muita compaixão e carinho pela Cassie, sendo uma típica mãe durona com um grande coração por dentro.
Sonya é uma representatividade interessante de ser mencionada, pois traz à tona de que mães não precisam demonstrar afeto de “forma clássica” para entendermos as suas preocupações e isso fica muito nítido quando Cassie derrota Shinnok e a personagem diz que está muito orgulhosa do seu feito.
No fim das contas, os sentimentos maternos se materializam de outra forma, mostrando para nós uma outra versão sobre ser mãe.
Kuro e Naru em Ori and The Blind Forest
Kuro e Naru são duas personagens presentes no jogo de Ori and The Blind Forest que mostram dois lados diferentes sobre a maternidade, mas que, por mais que sejam diferentes, conseguem se comunicar e se entender.
Começando por Naru, ela é mais uma representatividade sobre como ser mãe não significa ter laço sanguíneo, pois ela adota Ori durante uma tempestade e começa a cuidar do espírito com todo o seu amor.
Apesar de ter pouco tempo de tela, conseguimos ver a relação dos dois conforme o tempo passa, mostrando como eles constroem o seu lar e se preocupam com a saúde um do outro. Eles deixam suas marcas na pedra, brincam nas árvores e dormem juntos após um lento carinho. É uma relação envolvente de assistir.
Já a história de Kuro é um pouco diferente e só ficamos sabendo dela perto do fim do jogo. Ela é um grande pássaro que recebe o papel de vilã da narrativa, pois está impedindo que a luz da floresta continue se manifestando. Entretanto, entendemos que as suas atitudes são justificadas pelo medo de perder o seu único filho, uma vez que todos os outros morreram através desse mesmo brilho espiritual que Ori procura reviver.
A parte bonita das duas relações maternas é quando Kuro percebe que Naru está preocupada com seu filho, tentando protegê-lo dos perigos que a sua aventura na floresta está proporcionando, assim como as suas ações contra a luz. E o mais bonito é que não precisamos de palavras para entender a cena, pois ela passa a mensagem de forma perfeita, mostrando os diferentes amores que cercam a narrativa do jogo.