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Gatunas
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Gatunas: 5 motivos para assistir a série!

por Aline Garcia · 18 de setembro de 2019

“Trinkets” (“bugigangas”, em inglês, mas que teve o título traduzido como “Gatunas”) é uma das novas séries teen originais da Netflix. A história gira em torno de Elodie (Brianna Hildebrand), Tabitha (Quintessa Swindell) e Moe (Kiana Madeira) como cleptomaníacas que devem comparecer a reuniões anônimas como punição judicial por terem sido pegas. Ainda que frequentem o mesmo colégio, na frente dos outros elas fingem que não se conhecem, mas acabam se aproximando a cada encontro. 

Com protagonismo feminino, representatividade lésbica e outras qualidades, separamos cinco motivos para você correr para assistir a série!

Gatunas

Amizade feminina e combate a relacionamentos abusivos

“Gatunas” começa de uma premissa muito simplória, com os estereótipos de adolescentes em colégios norte-americanos bem enraizados: a popular, a durona e a novata tímida. Apesar de não exatamente fugir dessas categorias, ao longo da temporada as personagens vão se aprofundando, conseguindo ir além das primeiras impressões (umas mais do que outras).

O fato de que elas compartilham o vício em furtos é o pontapé na aproximação entre as três, mas não é o pilar da amizade que desenvolvem. No fim das contas, as garotas precisavam conversar com outras meninas, compartilhar suas angústias e encontrar apoio verdadeiro em alguém da mesma faixa etária. Tabitha não conseguia isso em seu círculo de amizades viciado em aparências, Elodie acabou de se mudar para a cidade e não conhece ninguém e Moe tem o costume de afastar todos ao primeiro sinal de vulnerabilidade.

Netflix

Tabitha e o namorado abusivo, Brady (Brandon Butler) (Imagem: Allyson Riggs/Netflix)

Há uma empatia desenvolvida entre elas – quando Elodie e Moe descobrem que Tabitha sofria agressões de Brady (Brandon Butler), elas tomam as dores da garota e ficam determinadas em mudar a situação. As novas amigas ajudam muito durante o processo, quando até mesmo Lori (Joy Bryant), mãe de Tabitha, acha que ela não deveria terminar com Brady – apesar de que ainda não sabia das agressões, ela considera que as brigas e os términos constantes são algo natural entre casais. Por isso tudo, a situação entre Tabitha e seu namorado abusivo se torna crucial entre as três, culminando em consequências para todas na segunda metade da temporada.

Uma produção inclusiva por trás das telas…

Emily Meyer, Amy Andelson, Brianna Hildebrand e Kirsten Smith

Da esquerda para a direita: Emily Meyer, Amy Andelson, Brianna Hildebrand e Kirsten Smith. Créditos: Jesse Grant/Getty Images.

“Gatunas” foi baseada no livro homônimo, o segundo romance escrito pela roteirista Kirsten “Kiwi” Smith. Ela já havia roteirizado diversos filmes em Hollywood, como “Legalmente Loira” (2001), “10 Coisas Que Eu Odeio Em Você” (1999) e “Ela É O Cara” (2006), dentre muitos outros com protagonistas femininas fortes. Esses filmes, assim como outros da carreira, ela co-escreveu com sua parceira de roteiros, Karen McCullah, com quem trabalha há 25 anos. 

Acostumada a trabalhar com mulheres, com “Gatunas” não podia ser diferente: a série foi criada por Kirsten junto com Amy Andelson e Emily Meyer, roteiristas de “Ela Dança, Eu Danço 3″ (2010) e “Naomi e Ely: A Lista de Quem Não Beijar” (2015). A série também tem oito de seus episódios assinados por mulheres: Sara St. Onge (4 episódios), que dirigiu a série “Eu Tu e Ela”, também da Netflix; a diretora de “Muito Bem Acompanhada” (2005), Clare Kilner (2 episódios); e Hannah Macpherson (2 episódios), diretora das séries “[email protected]” e “Into The Dark”, novidade da Hulu. 

… e diante delas!

Quintessa Swindell, intérprete de Tabitha, aparece em outra série teen, “Euphoria“, da HBO, que também aborda temáticas LGBTQ+. Apesar de interpretar mulheres femininas nas duas produções, pessoalmente Quintessa se identifica como uma pessoa não-binária (que não se identifica exclusivamente como homem ou mulher) e não-conformante de gênero (que não corresponde a normas de gênero masculinas ou femininas) e fala abertamente sobre isso para dar evidência à comunidade. 

Quintessa prefere ser identificade com os pronomes pessoais they, que é o plural em inglês, em vez de her (ela). Em português, pelos pronomes no plural sempre determinarem o gênero junto (eles/elas), a tradução de acordo com a comunidade não-binária costuma ser trocar A e O ao final das palavras por E e trocar os pronomes ele ou ela por elu, com U, mesmo. A presença de Quintessa na indústria do entretenimento contribui com a abordagem mais naturalizada de novas terminologias e a inclusão de mais pessoas não-binárias na mídia mainstream.

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….And that’s a fact. Check out @prism the new @netflix platform highlighting so many other queer peoples in our community. So thankful to not only to speak about my non-binary identity, but rather expound upon it with so many others! #MyPower is my resilience under any and all circumstances 😇✨. Thank you to mia familia @netflix. ❤️

A post shared by QUINTESSA Q. SWINDELL (@q.uintessa) on Jun 5, 2019 at 3:28pm PDT

Já Brianna Hildebrand, mais conhecida como a Negasonic Teenage Warhead (no Brasil, Míssil Adolescente Megassônico) dos filmes do “Deadpool“, é lésbica, mas assumidamente, ao contrário da protagonista Elodie. Desde sua revelação nos filmes do anti-herói, ela sempre é muito vocal sobre as causas LGBTQ+ e faz questão de que as personagens que interpreta tenham uma representação positiva. 

Em “Deadpool 2”, por exemplo, Negasonic tem uma namorada que é identificada como sua parceira com todas as letras. Em filmes, principalmente de super-heróis, como temos visto com a Marvel, há uma hesitação em representar abertamente personagens diversos, muitas vezes deixando suas sexualidades a caráter de interpretação. A constante afirmação de que ela e Yukio (Shiori Kutsuna) são namoradas – e pelo Ryan Reynolds, o protagonista – foi um passo importante na cultura nerd, que ainda pode ser tão misógina e preconceituosa.

Leia também:
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A atuação da Kiana Madeira em “Gatunas”

trinkets

Moe (Kiana) e Noah (Odiseas Georgiadis) como parceiros no laboratório de química (Imagem: Allyson Riggs/Netflix)

Mesmo com um elenco bom de serviço, a Kiana Madeira, que interpreta a Moe, rouba a cena – talvez por ser mais velha do que as outras protagonistas, ela possa ter uma desenvoltura maior diante da câmera. Além disso, a sua linha narrativa na série contribui sendo multifacetada, pois a garota aparentemente durona tem muito com o que lidar, tanto na família quanto nos quesitos acadêmico e romântico, e isso faz com que ela tenha uma variedade emocional maior nas cenas que participa.

A atriz consegue elevar o nível com todos que contracena, até mesmo durante uma curta cena com Larry Sullivan (intérprete de Doug, pai de Elodie), e a química entre ela e Odiseas Georgiadis, que interpreta seu par romântico Noah Simons, é enorme! Os dois conseguem vender o casal para o público, por mais que muitos obstáculos que encontrem sejam apenas resultado da fase adolescente, marcada de desentendimentos por má-comunicação.

Uma trilha sonora fenomenal

Gatunas

As protagonistas no bar Paper Tiger, onde o cleptomaníaco Luka (Henry Zaga) trabalha. (Imagem: Allyson Riggs/Netflix)

Que a Netflix investe tanto nas trilhas sonoras quanto nas histórias de suas produções não é novidade – essa é uma tendência tanto em suas série como em seus filmes originais. Em “Gatunas”, os momentos são embalados por músicas indie ótimas desde o início e, como um dos cenários da história é o bar Paper Tiger, também conta com performances ao vivo. 

Algo que dá para notar é o uso de uma mesma canção através de diferentes cenas, mas de modos distintos; por exemplo, algumas vezes Elodie está ouvindo a música nos fones e esta cessa quando a garota os tira. Em outros casos, a trilha de uma cena passa para a versão acústica em seguida quando notamos que ela está na verdade sendo apresentada ao vivo no bar. São meros detalhes da edição, mas muito agradáveis de tentar notar enquanto estiver assistindo.

Brianna tem uma ótima voz e exibe um pouco dela no sétimo episódio, em uma cena com a personagem Seline, interesse romântico da protagonista. Seline é uma artista não somente em “Gatunas”, mas na vida real ela é interpretada pela cantora Kat Cunning (ou Katrina Cunningham), que performa algumas de suas próprias canções na série. 

Bônus: “Gatunas” tem episódios curtinhos

Seja você alguém que tem costume de maratonar as séries de uma vez só ou prefere ir assistindo aos poucos, um episódio por dia, “Gatunas” se encaixa muito bem em qualquer uma dessas modalidades. Mesmo com todo o drama adolescente (que não deixa de ser envolvente), a série também é muito divertida, servindo como um ótimo momento para relaxar em meio a tanta correria no dia a dia. 

Precisando de um descanso e de se distrair, dê play no primeiro episódio: são apenas 10 episódios na primeira temporada, lançada em junho. Ainda que algumas produções da Netflix costumam ter menos episódios, cada um de “Gatunas” tem somente 20 e poucos minutos. Dá pra ver no ônibus, durante o intervalo de almoço ou antes de dormir, o que preferir!

E a segunda temporada de “Gatunas”?

Gatunas

Elenco de “Gatunas” (Imagem: Allyson Riggs/Netflix)

A adaptação do livro feita pela Netflix termina com muitas perguntas não respondidas, para dizer o mínimo. Apesar de não ter um segundo livro, a série já foi feita usando apenas parte da história original do primeiro. Portanto, a própria Kirsten Smith já avisou que elas têm mais para contar sobre as garotas. 

A boa notícia é que os números da série foram bons e asseguraram o retorno das personagens para uma segunda (e final) temporada. Como todos da produção já estão cientes de que esses episódios serão os últimos, a esperança é de que o desfecho seja bem planejado e responda todas as questões deixadas no finale.

A segunda temporada de “Gatunas” está prevista para 2020. Se quiser, você pode comprar o livro que deu origem à série através desse link. De quebra, você ajuda a equipe do Delirium Nerd com a manutenção do site! Agradecemos seu apoio! 🙂


Edição realizada por Gabriela Prado e revisão por Isabelle Simões.

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Aline Garcia

Recém-graduada em Publicidade e Cinema pela UFMG, se interessa pelos mais diversos assuntos. Comediante por natureza e professora por acaso, se descobriu escritora por necessidade. Sonha em ser uma poliglota fluente, mas não consegue escolher só um idioma para estudar por vez.

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