Disque Amiga Para Matar: a melhor série de humor ácido que exalta amizade feminina

Disque Amiga Para Matar: a melhor série de humor ácido que exalta amizade feminina

Traduzida do título original “Dead to Me“, a série Disque Amiga para Matar é aquela série pouco indicada, mas muito necessária: forte, com atrizes incríveis que amamos, humor ácido e alguns momentos de mistério e outros com assuntos bem sérios.

Pouco falada e talvez um tanto subestimada pelo público brasileiro, Disque Amiga para Matar foi um sucesso nos Estados Unidos, tendo inclusive Christina Applegate – que interpreta Jen Harding na série – indicada para o prêmio Emmy do Primetime como Melhor Comediante Feminina por sua personagem na última temporada.

Disponível na Netflix desde 2019, a série criada por Liz Feldman, sendo o trabalho mais famoso da autora até o momento, teve 3 temporadas, com 10 episódios em cada uma, e uma média de 30 minutos por episódio, o que a tornou muito atraente para maratonar.

Se você ainda está em dúvida se realmente vale a pena assistir, já avisamos que a trama é recheada de reviravoltas durante os episódios e nos finais de cada temporada, que amarram com perfeição a nossa curiosidade. Essa série vai te prender do começo ao fim!

Disque Amiga Para Matar: Temporada 1

Disque amiga para matar - temporada 1
Reprodução: Netflix

Jen Harding (Christina Applegate) é uma mulher de personalidade forte, casada e mãe de dois filhos. Ela trabalha como corretora de imóveis e dona de casa, mas sua vida vira de cabeça para baixo quando perde o marido em um acidente de carro. Em meio às suas tentativas de lidar com o luto, ela se junta a um grupo de apoio, onde conhece Judy (Linda Cardellini), uma mulher de personalidade doce e cativante, que se esforça bastante para fazer amizade com Jen.

A primeira temporada se desenvolve com Jen em busca do culpado pelo atropelamento de seu marido. Enquanto a polícia trabalha na investigação, também acompanhamos os conflitos de Judy, a verdadeira autora do crime, junto com seu marido de caráter duvidoso, Steve Wood – interpretado por James Marsden, nosso eterno Cyclope dos X-Men.

A amizade entre as duas personagens cresce cada vez mais e, com a intimidade criada entre elas, segredos vão sendo revelados. Desde o câncer de Jen até os abortos de Judy, passando pelo relacionamento quase abusivo entre Judy e Steve, além de alguns segredos que Jen descobre sobre o marido falecido.

No meio de tantas revelações, Judy confessa a Jen que foi a responsável pela morte de seu marido. Entre as emoções causadas pela notícia e a investigação policial ainda em andamento, o final da temporada traz um acontecimento surpreendente que complica ainda mais a vida das amigas.

Apesar do clima policial e do luto ser o protagonista desta primeira temporada, os episódios têm seus momentos de humor, que proporcionam um alívio cômico diante de tantas descobertas em um único episódio.

Leia também >> Boys on the Side: desde 1995 mostrando como a amizade feminina pode ser forte

Temporada 2

Disque amiga para matar - temporada 2
Reprodução: Netflix

A segunda temporada de Disque Amiga para Matar já começa com uma quase vingança poética entre as amigas. Jen, em um momento de fúria, acaba assassinando Steve, marido de Judy, fato que quita a dívida da amiga.

Porém, a maior parte da história gira em torno das tentativas das amigas em encobrir o assassinato de Steve, resolver o caso do atropelamento do marido de Jen e lidar com os conflitos familiares, tanto entre Jen e os filhos, quanto entre Judy e a família de Steve, durante o período de luto e investigação das tramoias envolvendo Steve.

A parte mais cativante dessa temporada fica por conta do relacionamento completamente inesperado entre Jen e Ben Wood, irmão gêmeo de Steve, e da bissexualidade de Judy, com seu novo relacionamento com Michelle, pelo qual torcemos muito para que dê certo.

E é claro que o humor ácido e sarcástico continua bem presente, rendendo boas risadas, principalmente para os fãs desse tipo de humor.

Mas é exatamente quando achamos que nada mais pode acontecer que, certamente, a dica para o final da série surge: a descoberta do câncer terminal de Judy, em meio a tantos outros problemas ainda não resolvidos.

Como ela lida com essa doença e como elas enfrentam essa nova etapa juntas é, sem dúvida, uma parte muito bonita e triste ao mesmo tempo, que gera momentos de identificação para o público que já passou por isso.

Além dos problemas enfrentados pelas amigas nesta temporada, Christina Applegate também teve um grande impacto em sua vida pessoal quando descobriu a Esclerose Múltipla, doença que a deixou afastada das gravações por um tempo, mas ela conseguiu retomar para gravar o final da temporada.

Leia também >> Samantha em Sex and the City: o melhor e o pior da personagem

Temporada 3

Disque amiga para matar - temporada 3
Reprodução: Netflix

Com o retorno de Christina às gravações, os fãs vibraram ao vê-la concluir a série com muito amor e força de vontade. É claro que se nota a transformação física de Christina devido à doença e algumas limitações durante as gravações. No entanto, isso apenas realça ainda mais a grandiosidade da atriz em seu trabalho, apesar de ela ter anunciado que este provavelmente seria seu último papel, infelizmente.

Na última temporada, a amizade das nossas protagonistas está mais forte do que nunca. Várias situações são resolvidas, trazendo um ar de tranquilidade e enfatizando que a união de forças entre Judy e Jen fez toda a diferença para o sucesso na conclusão dos acontecimentos.

No entanto, o que mais temíamos realmente acontece: a morte de Judy. Embora este não seja um filme mágico da Disney, ainda nutrimos a esperança de algum tipo de cura para Judy, o que, infelizmente, não se concretiza. Mas o que podemos tirar de toda essa história é que sempre podemos tentar ser pessoas melhores, apesar das circunstâncias e das dificuldades da vida.

Jen aparentemente consegue seguir em frente e retomar sua vida da forma mais tranquila possível, com seus filhos, seu relacionamento com Ben e a chegada de seu novo filho, fruto desse relacionamento.

E assim, seguimos em frente!

Leia também >> Abbott Elementary: a série que você precisa conhecer!

Conclusão –  Disque amiga para matar, vale a pena?

Disque amiga para matar, vale a pena?
Reprodução: Netflix

Mas e aí, vale a pena? Eu diria: com certeza! Se os temas relacionados ao luto, amizade, família, conflitos de relacionamentos e representação da mulher na sociedade são a sua praia, então vá fundo!

Nada superficial e muito real quando se trata da validação dos sentimentos dos personagens, principalmente das mulheres. Os episódios trazem a sensação de que você já sabe o que vai acontecer, mas mesmo assim torcemos o tempo todo para que tudo dê certo.

Mesmo com um final comovente, que vai arrancar algumas lágrimas de você, provavelmente esperaríamos um desfecho feliz em que as protagonistas tivessem um merecido descanso. No entanto, considerando o histórico dos acontecimentos que se desenrolam nos episódios, temos um final justo. Um bom encerramento que não deixa pontas soltas e sim a sensação de fim.

Escrito por:

7 Textos

Produtora de conteúdo para web que combina conhecimento técnico com criatividade e muita nerdice. Contribuindo para a produção, revisão e atualização de artigos.
Veja todos os textos
Follow Me :