Você piscou e metade de 2023 já se foi. Felizmente, esses seis últimos meses trouxeram uma infinidade de boas músicas e álbuns para todos os gostos. Como é impossível listar todos eles, aqui estão 10 álbuns femininos lançados no primeiro semestre de 2023 que valem o play.
1) The Record — Boygenius
O primeiro álbum do Boygenius nasceu maduro, totalmente novo, mas com características já conhecidas nas músicas de Phoebe Bridgers, Lucy Dacus e Julien Baker. É como se as três artistas tivessem extraído o que há de melhor na música de cada uma e criado uma nova e incrível particularidade que pertence somente ao Boygenius.
The Record celebra a conexão de Bridgers, Dacus e Baker com canções carregadas de emoção e vulnerabilidade. Aclamado pela crítica, o disco tem uma riqueza de detalhes que ficam cada vez mais evidentes a cada reprodução.
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2) Did You Know That There’s a Tunnel Under Ocean Blvd — Lana Del Rey
Mais uma vez Lana Del Rey se consagra como uma das maiores compositoras de sua geração. Seu nono álbum de estúdio entrega 16 faixas que revelam um diferente tipo de vulnerabilidade ao explorar a relação de Del Rey com sua família e com a religião.
O álbum também traz referências ao Norman Fucking Rockwell (2019) e parcerias com artistas já presentes na carreira da cantora, como Father John Misty na canção Let The Light In. Outra participação que merece destaque é a do Bleachers — banda de Jack Antonoff, um dos produtores do disco — em Margaret.
3) Red Moon in Venus — Kali Uchis
O terceiro álbum de Kali Uchis é romântico e carnal. Red Moon in Venus tem muitas camadas, mas a principal delas é como o amor tem o poder de moldar a forma como as pessoas enxergam o mundo.
As 15 faixas do disco proporcionam uma experiência imersiva na mente da cantora por meio de letras doces e sensuais. Uchis ainda traz colaborações com Omar Apollo, Don Toliver e Summer Walker. A mistura de características do R&B e do hip-hop com ritmos latinos resultou em um dos melhores discos lançados este ano.
4) My Soft Machine — Arlo Parks
My Soft Machine é o mundo pelos olhos de Arlo Parks, que após um debut aclamado fez seu retorno com um disco que trata de temas como luto, renovação, companheirismo e perda. O nome do disco é inspirado no filme The Souvenir (2019) de Joanna Hogg.
Entre as 12 faixas, o álbum conta apenas com uma parceria: Pegasus. A canção é uma balada em colaboração com Phoebe Bridgers, que é também amiga de Parks. Juntas, as duas cantam sobre a leveza e a inquietação de amar pela primeira vez.
5) Good Riddance — Gracie Abrams
O álbum de estreia de Gracie Abrams, Good Riddance, relata de maneira muito sincera os altos e baixos do início da vida adulta. Além dos conflitos que permeiam esse crescimento, o disco narra o fim de um relacionamento e os desdobramentos do término. Tudo isso através de sua voz angelical e letras comoventes.
Uma curiosidade é que as 12 faixas do Good Riddance foram produzidas por Aaron Dessner do The National, que é também o produtor do folklore (2020) e do evermore (2020) de Taylor Swift.
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6) Desire, I Want to Turn Into You — Caroline Polachek
Movimento, energia e caos. Desire, I Want to Turn Into You é o segundo álbum de estúdio da cantora, compositora e produtora norte-americana Caroline Polachek. Um disco maximalista e lúdico com uma pitada de melancolia.
Apesar de ser apenas o segundo disco da cantora, Polachek é veterana na música e sabe fazer pop como ninguém. O novo trabalho não decepciona e faz jus a reputação de alguém que já trabalhou com artistas como Beyoncé, Charli XCX e várias outras divas.
7) Amor Fati — Mahmundi
Amor Fati, expressão usada por Friedrich Nietzsche, dá nome ao quarto álbum de estúdio de Marcela Vale, a Mahmundi — uma das artistas mais promissoras da música brasileira atualmente. No português a tradução significa “amor ao destino”.
No novo disco, Mahmundi canta sobre o amor e recomeço em dez faixas que passeiam por diferentes melodias e estilos, mas que se completam.
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8) Over the Moon — Lee Chaeyeon
Em seu segundo lançamento como solista, Lee Chaeyeon (ex-Izone), conhecida por ser uma das maiores dançarinas do K-pop, escolheu ir além das coreografias complexas e hipnotizantes. Over the Moon traz melodias energéticas que encaixam como uma luva na voz e personalidade de Chaeyeon.
Em seu segundo lançamento como solista, Lee Chaeyeon (ex-I*zone), conhecida por ser uma das maiores dançarinas do K-pop, escolheu ir além das coreografias complexas e hipnotizantes. Over the Moon traz melodias energéticas que encaixam como uma luva na voz e personalidade de Chaeyeon.
O single Knock é como um elo para as demais faixas, conectando uma a outra, resultando em um trabalho completo e coeso, apesar de se tratar de um mini-álbum.
9) Mañana Será Bonito — Karol G
Mañana Será Bonito representa uma aventura por diferentes emoções e sentimentos vividos por Karol G em um momento de transição de sua vida. Acreditar em um amanhã mais bonito consolidou a cantora como uma das maiores divas do pop latino atualmente.
Entre as 17 faixas que constroem a narrativa do disco, há uma colaboração incrível com Shakira, conterrânea de Karol G e uma clara inspiração.
10) Unforgiven — Le Sserafim
Um ano após a estreia do grupo, o Le Sserafim lançou um álbum completo — algo incomum no K-pop. As treze faixas passeiam por diferentes gêneros, misturando inglês, coreano e japonês. Unforgiven, música que dá título ao álbum, tem produção de Nile Rodgers e leva o sample da música tema do clássico Três Homens em Conflito (The Good, the Bad and the Ugly) de 1966.
Outro destaque é Eve, Psyche & The Bluebeard’s Wife, que fala de quebra de estereótipos e tabus. A faixa leva o nome de Eva, figura bíblica que comeu o fruto proibido, Psique, divindade grega que é a personificação da alma e a esposa do Barba Azul, personagem do conto de fadas francês Barba Azul, que derrota o marido assassino e fica com sua fortuna.
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Colagem em destaque: Isabelle Simões para o Delirium Nerd.
