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DELIRIUM NERD
Batwoman - primeiras impressões
SÉRIES

Batwoman – 1×01: primeiras impressões da nova série da CW

por Aline Garcia · 7 de outubro de 2019
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A primeira super-heroína assumidamente lésbica chegou na TV, mas ainda vai precisar de tempo para se estabelecer. A “Batwoman” Kate Kane, interpretada pela também lésbica Ruby Rose (Orange is the new Black), já havia aparecido no crossover da DC do ano passado, o “Elseworlds”, que aconteceu entre episódios de “Arrow“, “The Flash” e “Supergirl”. Agora ela surge em sua própria série, que cronologicamente antecede o encontro com os outros super-heróis. 

Batwoman ressurge em Gotham após receber a notícia de que sua ex-namorada, a agente Sophie Moore (Meagan Tandy), foi sequestrada por Alice (Rachel Skarsten) e sua gangue de seguidores mascarados. A cidade não pode contar com a ajuda do Batman, desaparecido há três anos, então depende da vigilância da Crow Security, empresa de segurança comandada por ninguém menos que o pai da Batwoman, Jacob Kate (Dougray Scott). 

Com uma queda por não seguir regra alguma e querer fazer justiça com as próprias mãos diante de tanta impunidade, Kate tem os requisitos básicos para vestir o manto (adaptado) do Batman e continuar o legado do vigilante em uma Gotham desesperada por um herói. 

Como não poderia ser diferente, a heroína também tem problemas familiares. Nos quadrinhos que inspiraram a série, a mãe e irmã da Kate Kane morrem nas mãos de sequestradores. Depois, ela se sente inspirada pelo Batman e decide também usar a fortuna dela para ajudar os outros. Já na versão da CW, adaptaram a história para um resgate mal sucedido do Batman após um acidente de carro. 

Por 15 anos, Kate guardou rancor do herói, mas essa animosidade não dura muito no piloto de “Batwoman”. Ao invadir o prédio abandonado do primo e encontrar a bat-caverna, ela descobre que Bruce é o justiceiro e que passou os mesmos 15 anos remoendo o ocorrido, sofrendo e se culpando pela morte da tia e da prima. 

Batwoman traz representatividade lésbica para a cultura nerd 

batwoman comic

Kate Kane nos quadrinhos. (Imagem: reprodução)

A adaptação da CW não “tornou” Kate Kane lésbica: a personagem, introduzida nos quadrinhos em 2006, foi apresentada desde o começo como uma mulher judia lésbica. Desde então, a história chamou a atenção do público e foi bem recebida pela maioria. Infelizmente, com os anúncios da estreia da série, houve alguns ataques online à adaptação, com inúmeras avaliações negativas no site Rotten Tomatoes, focadas na personagem principal ser uma mulher e considerando a história “propaganda esquerdista disfarçada” (sério!). 

Triste é pensar que esse tipo de reação exagerada por parte dos fãs de cultura nerd têm se tornado algo esperado. O mesmo aconteceu com o novo “Ghostbusters“, o anúncio da Doutora em “Doctor Who” e, mais recentemente, o filme da “Capitã Marvel“. Pior ainda é quando o ataque atinge não somente as personagens, mas o elenco em si. Um desses casos foi o da atriz Kelly Marie Tran de Star Wars, que sofreu ataques também racistas, chegando a ter que apagar posts de seu perfil no Instagram.

Batwoman - primeiras impressões

Ruby Rose com o traje completo no pôster promocional de “Batwoman”. (Foto: reprodução)

Leia também:
>> Doctor Who: o que aprendemos com a nova Doutora?
>> Titãs: Um novo caminho para o universo televisivo da DC Comics
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Por mais que “Batwoman” não seja uma obra-prima (ainda mais julgando a partir de apenas um episódio lançado), a mera presença dela no universo DC indica uma abertura promissora a representações mais diversas. Em uma das primeiras cenas no piloto já sabemos que Kate é lésbica, mostrando o relacionamento dela com outra personagem, sem hesitação. Também há um comentário, ainda que superficial, sobre homoafetividade e o ambiente militar, e como Kate foi impedida de seguir sua carreira por causa de sua orientação sexual. 

A showrunner da série, Caroline Dries, fez questão de dizer que “Batwoman” mostrará Kate indo em encontros e namorando, o que demonstra que há certa preocupação em não deixar a identidade de Kate sumir ao longo da temporada. Simplesmente colocar uma personagem lésbica como a principal, mas não dar espaço para que haja uma verdadeira representação no tempo de tela, seria mais uma forma de apagamento (e uma que costuma acontecer bastante). 

Força na ação, fraqueza no diálogo 

O trunfo de “Batwoman” está em alguns detalhes, como a coreografia das cenas de ação que demonstra que Kate é tão humana quanto Bruce, ambos sendo humanos que escolheram lutar e não superpoderosos indestrutíveis. Ela sangra, se machuca e – por mais que não admita com a pose de durona – precisa de ajuda. Os coadjuvantes Camrus Johnson e Nicole Kang cumprem os papéis de ajudantes com louvor, mesmo com pouco tempo de tela. Kang tem muito potencial como Mary, a meia-irmã médica de Kate, e consegue se sobressair além do estereótipo inicial de “garota que fala muito”.

Elenco de Batwoman

Elenco de “Batwoman” da esquerda para direita: Ruby Rose, Rachel Skarsten, Nicole Kang, Camrus Johnson, Meagan Tandy, Elizabeth Anweis e Dougray Scott. (Foto: reprodução)

O restante do elenco, entretanto, não consegue tirar muito do roteiro de “Batwoman”. Ruby Rose tem dificuldade em emocionar durante as cenas com o pai de Kate e a química entre ela e Tandy não é suficiente para vender o ex-casal, por mais que as circunstâncias da separação das duas cause certa comoção. Skarsten tenta ao máximo convencer o quão má é Alice, mas a versão da vilã tem poderes reduzidos em comparação com os quadrinhos, e seus motivos ao final dos 40 minutos do piloto ainda não parecem justificativa suficiente. 

Vale a pena assistir a primeira temporada?

Sophie Moore (Meagan Tandy) e Kate Kane (Ruby Rose)

Flashback das ex-namoradas Sophie Moore (Meagan Tandy) e Kate Kane (Ruby Rose). (Foto: The CW / reprodução)

Apesar dos percalços, o primeiro episódio de “Batwoman” promete. Com a última cena revelando um ponto chave da história, algo que geralmente costuma ser arrastado até metade da temporada, a série aposta nos conflitos interpessoais para fortalecer a narrativa da personagem principal, além das responsabilidades como uma justiceira.

Kate ainda está muito na sombra do primo Bruce, tanto nas questões familiares que a assombram há mais de uma década, quanto no papel que deseja assumir em Gotham. A esperança é que, com mais episódios, seja possível distanciá-la do herói, ganhando autonomia dentro de sua própria história. Portanto, para as primeiras impressões, vale a pena esperar o desenvolvimento da heroína!

Tecnicamente falando, o cronograma do Arrowverse parece permitir que Kate alce voo junto aos outros heróis, sendo integrada nos próximos episódios de crossover em “Supergirl” (5×09), “The Flash” (6×09), “Arrow” (8×08) e “Legends of Tomorrow” (5×01), além do oitavo episódio da própria temporada de “Batwoman”.

Kate e Kara

Kate e Kara se despedindo no último crossover entre as séries. (Gif: reprodução)

Por enquanto, o único aspecto definitivo de “Batwoman” é a abertura das portas no universo televisivo da DC para uma diversidade mais verdadeira (e não todo o queerbaiting em “Supergirl”), assim como uma transição natural para a inclusão de mais heroínas – como Barbara Gordon, a Batgirl, por exemplo. 

“Batwoman” estreou no último dia 6 nos EUA, pelo canal CW. Os episódios vão ao ar aos domingos, antes de “Supergirl”, às 21h (horário de Brasília). Até então, a Warner Brasil, que transmite as outras séries do universo da DC, não divulgou nenhuma previsão da data de estreia da heroína por aqui.


Edição realizada por Isabelle Simões.
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Aline Garcia

Graduada em Publicidade e Cinema pela UFMG, se interessa pelos mais diversos assuntos. Comediante por natureza e professora por acaso, se descobriu escritora por necessidade. Sonha em ser uma poliglota fluente, mas não consegue focar em estudar um só idioma por vez.

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